Dengue e dengue hemorrágico: aspectos do manejo na unidade de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Singhi,Sunit
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Kissoon,Niranjan, Bansal,Arun
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572007000300004
Resumo: OBJETIVOS: Descrever a epidemiologia, as características clínicas e o tratamento do dengue e das síndromes do choque associadas ao dengue. FONTES DOS DADOS: Para esta revisão de literatura, foi feita uma pesquisa no Pubmed e nos websites da Organização Mundial da Saúde (OMS) e OPAS usando os termos dengue e síndrome do choque associada ao dengue. A informação foi complementada com a experiência pessoal dos autores. SÍNTESE DOS DADOS: O dengue é a mais importante doença viral transmitida por artrópodos em seres humanos. A doença se manifesta de diversas formas, variando desde uma síndrome viral não-diferenciada até febre hemorrágica e choque grave. O dengue é uma enfermidade autolimitada, não específica, caracterizada por febre, cefaléia, mialgia, e sintomas constitucionais. As formas mais graves (febre hemorrágica e síndrome do choque) podem levar a um comprometimento multissistêmico e ao óbito. O diagnóstico precoce e um acompanhamento contínuo do agravamento e da resposta ao tratamento são necessários em todos os casos. A OMS recomenda uma abordagem escalonada para o manejo, adequada para as formas mais leves e para o choque precoce. Nas formas mais graves, é preciso uma abordagem agressiva de reanimação com fluidos e de suporte à falência de órgãos em pacientes em estado crítico. As pesquisas sobre as diferenças fisiopatológicas entre o choque do dengue e o choque séptico, seleção de fluidos, agentes inotrópicos e técnicas de suporte a órgãos podem beneficiar os pacientes em estado crítico. CONCLUSÕES: Não há uma terapia específica para infecções causadas pelo dengue. Um bom tratamento de suporte pode salvar vidas mas, em última análise, as iniciativas de controle do vetor e de prevenção contra picadas do mosquito podem trazer os maiores benefícios.
id SBPE-1_bf376b676daa43a1bd57dc3b831a93bf
oai_identifier_str oai:scielo:S0021-75572007000300004
network_acronym_str SBPE-1
network_name_str Jornal de Pediatria (Online)
repository_id_str
spelling Dengue e dengue hemorrágico: aspectos do manejo na unidade de terapia intensivaFebre denguesepsechoquechoque hemorrágicoinfusão de líquidosOBJETIVOS: Descrever a epidemiologia, as características clínicas e o tratamento do dengue e das síndromes do choque associadas ao dengue. FONTES DOS DADOS: Para esta revisão de literatura, foi feita uma pesquisa no Pubmed e nos websites da Organização Mundial da Saúde (OMS) e OPAS usando os termos dengue e síndrome do choque associada ao dengue. A informação foi complementada com a experiência pessoal dos autores. SÍNTESE DOS DADOS: O dengue é a mais importante doença viral transmitida por artrópodos em seres humanos. A doença se manifesta de diversas formas, variando desde uma síndrome viral não-diferenciada até febre hemorrágica e choque grave. O dengue é uma enfermidade autolimitada, não específica, caracterizada por febre, cefaléia, mialgia, e sintomas constitucionais. As formas mais graves (febre hemorrágica e síndrome do choque) podem levar a um comprometimento multissistêmico e ao óbito. O diagnóstico precoce e um acompanhamento contínuo do agravamento e da resposta ao tratamento são necessários em todos os casos. A OMS recomenda uma abordagem escalonada para o manejo, adequada para as formas mais leves e para o choque precoce. Nas formas mais graves, é preciso uma abordagem agressiva de reanimação com fluidos e de suporte à falência de órgãos em pacientes em estado crítico. As pesquisas sobre as diferenças fisiopatológicas entre o choque do dengue e o choque séptico, seleção de fluidos, agentes inotrópicos e técnicas de suporte a órgãos podem beneficiar os pacientes em estado crítico. CONCLUSÕES: Não há uma terapia específica para infecções causadas pelo dengue. Um bom tratamento de suporte pode salvar vidas mas, em última análise, as iniciativas de controle do vetor e de prevenção contra picadas do mosquito podem trazer os maiores benefícios.Sociedade Brasileira de Pediatria2007-05-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572007000300004Jornal de Pediatria v.83 n.2 suppl.0 2007reponame:Jornal de Pediatria (Online)instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)instacron:SBPE10.1590/S0021-75572007000300004info:eu-repo/semantics/openAccessSinghi,SunitKissoon,NiranjanBansal,Arunpor2007-06-25T00:00:00Zoai:scielo:S0021-75572007000300004Revistahttp://www.jped.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||jped@jped.com.br1678-47820021-7557opendoar:2007-06-25T00:00Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)false
dc.title.none.fl_str_mv Dengue e dengue hemorrágico: aspectos do manejo na unidade de terapia intensiva
title Dengue e dengue hemorrágico: aspectos do manejo na unidade de terapia intensiva
spellingShingle Dengue e dengue hemorrágico: aspectos do manejo na unidade de terapia intensiva
Singhi,Sunit
Febre dengue
sepse
choque
choque hemorrágico
infusão de líquidos
title_short Dengue e dengue hemorrágico: aspectos do manejo na unidade de terapia intensiva
title_full Dengue e dengue hemorrágico: aspectos do manejo na unidade de terapia intensiva
title_fullStr Dengue e dengue hemorrágico: aspectos do manejo na unidade de terapia intensiva
title_full_unstemmed Dengue e dengue hemorrágico: aspectos do manejo na unidade de terapia intensiva
title_sort Dengue e dengue hemorrágico: aspectos do manejo na unidade de terapia intensiva
author Singhi,Sunit
author_facet Singhi,Sunit
Kissoon,Niranjan
Bansal,Arun
author_role author
author2 Kissoon,Niranjan
Bansal,Arun
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Singhi,Sunit
Kissoon,Niranjan
Bansal,Arun
dc.subject.por.fl_str_mv Febre dengue
sepse
choque
choque hemorrágico
infusão de líquidos
topic Febre dengue
sepse
choque
choque hemorrágico
infusão de líquidos
description OBJETIVOS: Descrever a epidemiologia, as características clínicas e o tratamento do dengue e das síndromes do choque associadas ao dengue. FONTES DOS DADOS: Para esta revisão de literatura, foi feita uma pesquisa no Pubmed e nos websites da Organização Mundial da Saúde (OMS) e OPAS usando os termos dengue e síndrome do choque associada ao dengue. A informação foi complementada com a experiência pessoal dos autores. SÍNTESE DOS DADOS: O dengue é a mais importante doença viral transmitida por artrópodos em seres humanos. A doença se manifesta de diversas formas, variando desde uma síndrome viral não-diferenciada até febre hemorrágica e choque grave. O dengue é uma enfermidade autolimitada, não específica, caracterizada por febre, cefaléia, mialgia, e sintomas constitucionais. As formas mais graves (febre hemorrágica e síndrome do choque) podem levar a um comprometimento multissistêmico e ao óbito. O diagnóstico precoce e um acompanhamento contínuo do agravamento e da resposta ao tratamento são necessários em todos os casos. A OMS recomenda uma abordagem escalonada para o manejo, adequada para as formas mais leves e para o choque precoce. Nas formas mais graves, é preciso uma abordagem agressiva de reanimação com fluidos e de suporte à falência de órgãos em pacientes em estado crítico. As pesquisas sobre as diferenças fisiopatológicas entre o choque do dengue e o choque séptico, seleção de fluidos, agentes inotrópicos e técnicas de suporte a órgãos podem beneficiar os pacientes em estado crítico. CONCLUSÕES: Não há uma terapia específica para infecções causadas pelo dengue. Um bom tratamento de suporte pode salvar vidas mas, em última análise, as iniciativas de controle do vetor e de prevenção contra picadas do mosquito podem trazer os maiores benefícios.
publishDate 2007
dc.date.none.fl_str_mv 2007-05-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572007000300004
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572007000300004
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0021-75572007000300004
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv Jornal de Pediatria v.83 n.2 suppl.0 2007
reponame:Jornal de Pediatria (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
instacron:SBPE
instname_str Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
instacron_str SBPE
institution SBPE
reponame_str Jornal de Pediatria (Online)
collection Jornal de Pediatria (Online)
repository.name.fl_str_mv Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
repository.mail.fl_str_mv ||jped@jped.com.br
_version_ 1752122316761858048