O vídeo-EEG dia no diagnóstico de eventos paroxísticos na infância

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas,Alessandra
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Fiore,Lia A., Gronich,Gary, Valente,Kette D.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572003000300013
Resumo: OBJETIVO: este estudo tem como objetivo investigar o valor do vídeo-EEG dia numa população pediátrica, com queixas clínicas diversas, verificando os benefícios e as limitações deste método. CASUÍSTICA E MÉTODOS: um protocolo prospectivo, desenvolvido na Universidade de São Paulo, analisou 38 pacientes consecutivos (quatro meses a 17 anos; média 6,9 anos). Todos os pacientes foram encaminhados para elucidação do seu quadro clínico. Estes foram classificados, segundo sua queixa clínica principal, em: dúvidas sobre a classificação das crises/ síndromes epilépticas em 22 pacientes (grupo I); diagnóstico diferencial entre eventos epilépticos e não epilépticos em oito (grupo II); e diagnóstico diferencial entre declínio cognitivo e estado de mal epiléptico (EME) não convulsivo em oito pacientes (grupo III). RESULTADOS: episódios clínicos foram registrados em 36 pacientes (94,7%). No grupo I, as crises epilépticas foram reclassificadas em 11/22 (50%) pacientes e confirmadas em oito (36,4%). Deste grupo, um paciente apresentou distúrbio do sono, e dois não apresentaram eventos clínicos durante a monitorização. A classificação sindrômica foi modificada em nove pacientes (40,9%). No grupo II, quatro pacientes (50%) apresentaram eventos epilépticos. A deterioração cognitiva estava associada com EME em cinco crianças (62,5%) do grupo III. Mudanças na conduta terapêutica e diagnóstica, como conseqüência da monitorização, ocorreram em 21/38 (55,3%) pacientes. CONCLUSÃO: em nossa série, o vídeo-EEG dia estabeleceu o diagnóstico na maioria dos pacientes, relacionando os dados clínicos com os eletrencefalográficos. Este procedimento foi bem tolerado pelas crianças, incluindo lactentes e aquelas com doenças psiquiátricas.
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