Avaliação da função pulmonar de recém-nascidos com síndrome do desconforto respiratório em diferentes pressões finais expiratórias positivas
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Jornal de Pediatria (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572002000500011 |
Resumo: | RESUMO ABSTRACT Objetivo: verificar as alterações da função pulmonar: complacência dinâmica (Cdyn), volume corrente inspiratório (V Tinsp), pressão arterial de dióxido de carbono (PaCO2), em recém-nascidos pré-termo com síndrome do desconforto respiratório. Pacientes e Métodos: estudo de caso controle, incluindo 11 pré-termos com idade gestacional < 35 semanas, e com peso de nascimento < 2.500 gramas, todos com diagnóstico de síndrome do desconforto respiratório, tratados com 120 mg/kg de surfactante porcino. A PEEP inicial foi de 3cm H2O. Para a avaliação da função pulmonar, foi utilizado um pneumotacógrafo com monitor gráfico. Após cada aumento da PEEP (4 e 6 cm de H2O), aguardava-se 20 minutos para se aferir os dados da função pulmonar e gases arteriais. Resultados: dos 11 pacientes estudados com síndrome do desconforto respiratório, três eram do sexo masculino e oito do sexo feminino (1:2,7). A idade gestacional foi de 30,78 ± 2,05 semanas, com uma variação de 26 a 34 semanas. O aumento da PEEP de 3 para 6cm de H2O ocasionou queda significativa do V Tinsp (6,46 ± 3,43 para 4,20 ± 2,35, p = 0,0262). Com o aumento da PEEP de 4 para 6 cmH2O, também ocorreu queda do V Tinsp (5,98 ± 3,33 para 4,20 ± 2,35, p = 0,0044). Em relação à Cdyn, quando o aumento da PEEP foi de 3 para 6cm de H2O, a diminuição foi estatisticamente significante (0,58 ± 0,27 para 0,46 ± 0,25, p = 0,0408), e quando foi de 4 para 6cm de H2O, a diminuição da Cdyn também foi importante (0,77 ± 0,27 para 0,46 ± 0,25, p = 0,0164). Aumentos da PEEP de 4 para 6cm de H2O provocaram aumentos nas PaCO2 (52,81 ± 15,49 para 64,90 ± 12,69, p = 0,0141). Um aumento mais acentuado foi observado quando a PEEP foi aumentada de 3 para 6cm de H2O (41,45 ± 7,87 para 64,90 ± 12,69, p = 0,0033). Conclusões: o estudo evidenciou que PEEP de 3 e 4 cmH2O produzem melhores resultados em termos de Cdyn e menores efeitos colaterais em termos de acidose respiratória e hiperinsuflação pulmonar, com diminuição da ventilação alveolar, evidenciados pelo aumento da PaCO2 e diminuição do V Tinsp. |
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Avaliação da função pulmonar de recém-nascidos com síndrome do desconforto respiratório em diferentes pressões finais expiratórias positivasPEEPcomplacência dinâmicavolume corrente inspiratórioPaCO2SDRrecém-nascido pré-termoRESUMO ABSTRACT Objetivo: verificar as alterações da função pulmonar: complacência dinâmica (Cdyn), volume corrente inspiratório (V Tinsp), pressão arterial de dióxido de carbono (PaCO2), em recém-nascidos pré-termo com síndrome do desconforto respiratório. Pacientes e Métodos: estudo de caso controle, incluindo 11 pré-termos com idade gestacional < 35 semanas, e com peso de nascimento < 2.500 gramas, todos com diagnóstico de síndrome do desconforto respiratório, tratados com 120 mg/kg de surfactante porcino. A PEEP inicial foi de 3cm H2O. Para a avaliação da função pulmonar, foi utilizado um pneumotacógrafo com monitor gráfico. Após cada aumento da PEEP (4 e 6 cm de H2O), aguardava-se 20 minutos para se aferir os dados da função pulmonar e gases arteriais. Resultados: dos 11 pacientes estudados com síndrome do desconforto respiratório, três eram do sexo masculino e oito do sexo feminino (1:2,7). A idade gestacional foi de 30,78 ± 2,05 semanas, com uma variação de 26 a 34 semanas. O aumento da PEEP de 3 para 6cm de H2O ocasionou queda significativa do V Tinsp (6,46 ± 3,43 para 4,20 ± 2,35, p = 0,0262). Com o aumento da PEEP de 4 para 6 cmH2O, também ocorreu queda do V Tinsp (5,98 ± 3,33 para 4,20 ± 2,35, p = 0,0044). Em relação à Cdyn, quando o aumento da PEEP foi de 3 para 6cm de H2O, a diminuição foi estatisticamente significante (0,58 ± 0,27 para 0,46 ± 0,25, p = 0,0408), e quando foi de 4 para 6cm de H2O, a diminuição da Cdyn também foi importante (0,77 ± 0,27 para 0,46 ± 0,25, p = 0,0164). Aumentos da PEEP de 4 para 6cm de H2O provocaram aumentos nas PaCO2 (52,81 ± 15,49 para 64,90 ± 12,69, p = 0,0141). Um aumento mais acentuado foi observado quando a PEEP foi aumentada de 3 para 6cm de H2O (41,45 ± 7,87 para 64,90 ± 12,69, p = 0,0033). Conclusões: o estudo evidenciou que PEEP de 3 e 4 cmH2O produzem melhores resultados em termos de Cdyn e menores efeitos colaterais em termos de acidose respiratória e hiperinsuflação pulmonar, com diminuição da ventilação alveolar, evidenciados pelo aumento da PaCO2 e diminuição do V Tinsp.Sociedade Brasileira de Pediatria2002-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572002000500011Jornal de Pediatria v.78 n.5 2002reponame:Jornal de Pediatria (Online)instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)instacron:SBPE10.1590/S0021-75572002000500011info:eu-repo/semantics/openAccessConsolo,Luiz C.T.Palhares,Durval B.Consolo,Lourdes Z.Z.por2003-06-11T00:00:00Zoai:scielo:S0021-75572002000500011Revistahttp://www.jped.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||jped@jped.com.br1678-47820021-7557opendoar:2003-06-11T00:00Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)false |
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RESUMO ABSTRACT Objetivo: verificar as alterações da função pulmonar: complacência dinâmica (Cdyn), volume corrente inspiratório (V Tinsp), pressão arterial de dióxido de carbono (PaCO2), em recém-nascidos pré-termo com síndrome do desconforto respiratório. Pacientes e Métodos: estudo de caso controle, incluindo 11 pré-termos com idade gestacional < 35 semanas, e com peso de nascimento < 2.500 gramas, todos com diagnóstico de síndrome do desconforto respiratório, tratados com 120 mg/kg de surfactante porcino. A PEEP inicial foi de 3cm H2O. Para a avaliação da função pulmonar, foi utilizado um pneumotacógrafo com monitor gráfico. Após cada aumento da PEEP (4 e 6 cm de H2O), aguardava-se 20 minutos para se aferir os dados da função pulmonar e gases arteriais. Resultados: dos 11 pacientes estudados com síndrome do desconforto respiratório, três eram do sexo masculino e oito do sexo feminino (1:2,7). A idade gestacional foi de 30,78 ± 2,05 semanas, com uma variação de 26 a 34 semanas. O aumento da PEEP de 3 para 6cm de H2O ocasionou queda significativa do V Tinsp (6,46 ± 3,43 para 4,20 ± 2,35, p = 0,0262). Com o aumento da PEEP de 4 para 6 cmH2O, também ocorreu queda do V Tinsp (5,98 ± 3,33 para 4,20 ± 2,35, p = 0,0044). Em relação à Cdyn, quando o aumento da PEEP foi de 3 para 6cm de H2O, a diminuição foi estatisticamente significante (0,58 ± 0,27 para 0,46 ± 0,25, p = 0,0408), e quando foi de 4 para 6cm de H2O, a diminuição da Cdyn também foi importante (0,77 ± 0,27 para 0,46 ± 0,25, p = 0,0164). Aumentos da PEEP de 4 para 6cm de H2O provocaram aumentos nas PaCO2 (52,81 ± 15,49 para 64,90 ± 12,69, p = 0,0141). Um aumento mais acentuado foi observado quando a PEEP foi aumentada de 3 para 6cm de H2O (41,45 ± 7,87 para 64,90 ± 12,69, p = 0,0033). Conclusões: o estudo evidenciou que PEEP de 3 e 4 cmH2O produzem melhores resultados em termos de Cdyn e menores efeitos colaterais em termos de acidose respiratória e hiperinsuflação pulmonar, com diminuição da ventilação alveolar, evidenciados pelo aumento da PaCO2 e diminuição do V Tinsp. |
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