Etiologia de exantema em crianças em uma área endêmica de dengue
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Jornal de Pediatria (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572006000600008 |
Resumo: | OBJETIVO: Estudar a etiologia dos casos de exantema com ou sem febre em crianças atendidas no pronto-socorro de um hospital de uma zona endêmica para dengue. MÉTODOS: No período de 21/09/2001 a 20/09/2002, foram inscritas no estudo 95,9% (71/74) das crianças atendidas no pronto-socorro do Hospital Universitário de Campo Grande (MS) que apresentassem exantema (percentual de recusa de 4,1%). Após preenchimento do protocolo com os dados das crianças, as mesmas foram submetidas a exame físico seguido da coleta de amostras de sangue para realizar hemograma com contagem de plaquetas e sorologias (IgM e IgG); inicialmente para dengue, rubéola e toxoplasmose e, posteriormente, naqueles casos com resultado negativo, realizou-se sorologia para parvovirose, herpes vírus tipo 6 e sarampo. RESULTADOS: O diagnóstico laboratorial foi confirmado através da pesquisa de anticorpo IgM em 88,7% dos casos investigados: dengue (77,5%), herpes vírus tipo 6 (8,4%), parvovirose (2,8%) e diagnóstico inconclusivo em oito pacientes (11,3%). Não foi evidenciada sorologia positiva (IgM) para sarampo, rubéola ou toxoplasmose naquela ocasião. As manifestações clínicas mais freqüentes nos pacientes com dengue foram: febre, prurido, prostração, mialgia e prova do laço positiva. Nos pacientes cujo diagnóstico foi dengue, a prova do laço foi positiva em 58,4% (32/55) dos casos, demonstrando diferença estatisticamente significativa quando comparada com o grupo cujo diagnóstico não foi dengue. CONCLUSÕES: Nas crianças com exantema, dengue pode ser a principal enfermidade causal, atentando-se para a epidemiologia do local. É necessário um controle constante da vigilância epidemiológica e sorológica das doenças exantemáticas. |
id |
SBPE-1_f5cbd58c5e498eea83b225769df3528e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0021-75572006000600008 |
network_acronym_str |
SBPE-1 |
network_name_str |
Jornal de Pediatria (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Etiologia de exantema em crianças em uma área endêmica de dengueExantemacriançasdengueOBJETIVO: Estudar a etiologia dos casos de exantema com ou sem febre em crianças atendidas no pronto-socorro de um hospital de uma zona endêmica para dengue. MÉTODOS: No período de 21/09/2001 a 20/09/2002, foram inscritas no estudo 95,9% (71/74) das crianças atendidas no pronto-socorro do Hospital Universitário de Campo Grande (MS) que apresentassem exantema (percentual de recusa de 4,1%). Após preenchimento do protocolo com os dados das crianças, as mesmas foram submetidas a exame físico seguido da coleta de amostras de sangue para realizar hemograma com contagem de plaquetas e sorologias (IgM e IgG); inicialmente para dengue, rubéola e toxoplasmose e, posteriormente, naqueles casos com resultado negativo, realizou-se sorologia para parvovirose, herpes vírus tipo 6 e sarampo. RESULTADOS: O diagnóstico laboratorial foi confirmado através da pesquisa de anticorpo IgM em 88,7% dos casos investigados: dengue (77,5%), herpes vírus tipo 6 (8,4%), parvovirose (2,8%) e diagnóstico inconclusivo em oito pacientes (11,3%). Não foi evidenciada sorologia positiva (IgM) para sarampo, rubéola ou toxoplasmose naquela ocasião. As manifestações clínicas mais freqüentes nos pacientes com dengue foram: febre, prurido, prostração, mialgia e prova do laço positiva. Nos pacientes cujo diagnóstico foi dengue, a prova do laço foi positiva em 58,4% (32/55) dos casos, demonstrando diferença estatisticamente significativa quando comparada com o grupo cujo diagnóstico não foi dengue. CONCLUSÕES: Nas crianças com exantema, dengue pode ser a principal enfermidade causal, atentando-se para a epidemiologia do local. É necessário um controle constante da vigilância epidemiológica e sorológica das doenças exantemáticas.Sociedade Brasileira de Pediatria2006-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572006000600008Jornal de Pediatria v.82 n.5 2006reponame:Jornal de Pediatria (Online)instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)instacron:SBPE10.1590/S0021-75572006000600008info:eu-repo/semantics/openAccessCampagna,Delmina de S.Miagostovich,Marize P.Siqueira,Marilda M.Cunha,Rivaldo V. dapor2007-02-23T00:00:00Zoai:scielo:S0021-75572006000600008Revistahttp://www.jped.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||jped@jped.com.br1678-47820021-7557opendoar:2007-02-23T00:00Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Etiologia de exantema em crianças em uma área endêmica de dengue |
title |
Etiologia de exantema em crianças em uma área endêmica de dengue |
spellingShingle |
Etiologia de exantema em crianças em uma área endêmica de dengue Campagna,Delmina de S. Exantema crianças dengue |
title_short |
Etiologia de exantema em crianças em uma área endêmica de dengue |
title_full |
Etiologia de exantema em crianças em uma área endêmica de dengue |
title_fullStr |
Etiologia de exantema em crianças em uma área endêmica de dengue |
title_full_unstemmed |
Etiologia de exantema em crianças em uma área endêmica de dengue |
title_sort |
Etiologia de exantema em crianças em uma área endêmica de dengue |
author |
Campagna,Delmina de S. |
author_facet |
Campagna,Delmina de S. Miagostovich,Marize P. Siqueira,Marilda M. Cunha,Rivaldo V. da |
author_role |
author |
author2 |
Miagostovich,Marize P. Siqueira,Marilda M. Cunha,Rivaldo V. da |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Campagna,Delmina de S. Miagostovich,Marize P. Siqueira,Marilda M. Cunha,Rivaldo V. da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Exantema crianças dengue |
topic |
Exantema crianças dengue |
description |
OBJETIVO: Estudar a etiologia dos casos de exantema com ou sem febre em crianças atendidas no pronto-socorro de um hospital de uma zona endêmica para dengue. MÉTODOS: No período de 21/09/2001 a 20/09/2002, foram inscritas no estudo 95,9% (71/74) das crianças atendidas no pronto-socorro do Hospital Universitário de Campo Grande (MS) que apresentassem exantema (percentual de recusa de 4,1%). Após preenchimento do protocolo com os dados das crianças, as mesmas foram submetidas a exame físico seguido da coleta de amostras de sangue para realizar hemograma com contagem de plaquetas e sorologias (IgM e IgG); inicialmente para dengue, rubéola e toxoplasmose e, posteriormente, naqueles casos com resultado negativo, realizou-se sorologia para parvovirose, herpes vírus tipo 6 e sarampo. RESULTADOS: O diagnóstico laboratorial foi confirmado através da pesquisa de anticorpo IgM em 88,7% dos casos investigados: dengue (77,5%), herpes vírus tipo 6 (8,4%), parvovirose (2,8%) e diagnóstico inconclusivo em oito pacientes (11,3%). Não foi evidenciada sorologia positiva (IgM) para sarampo, rubéola ou toxoplasmose naquela ocasião. As manifestações clínicas mais freqüentes nos pacientes com dengue foram: febre, prurido, prostração, mialgia e prova do laço positiva. Nos pacientes cujo diagnóstico foi dengue, a prova do laço foi positiva em 58,4% (32/55) dos casos, demonstrando diferença estatisticamente significativa quando comparada com o grupo cujo diagnóstico não foi dengue. CONCLUSÕES: Nas crianças com exantema, dengue pode ser a principal enfermidade causal, atentando-se para a epidemiologia do local. É necessário um controle constante da vigilância epidemiológica e sorológica das doenças exantemáticas. |
publishDate |
2006 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2006-10-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572006000600008 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572006000600008 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0021-75572006000600008 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Pediatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Pediatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
Jornal de Pediatria v.82 n.5 2006 reponame:Jornal de Pediatria (Online) instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) instacron:SBPE |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) |
instacron_str |
SBPE |
institution |
SBPE |
reponame_str |
Jornal de Pediatria (Online) |
collection |
Jornal de Pediatria (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||jped@jped.com.br |
_version_ |
1752122316401147904 |