O transtorno de personalidade borderline na Daseinsanalyse de Alice Holzhey-Kunz:

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Evangelista, Paulo Eduardo Rodrigues Alves
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicopatologia Fenomenológica Contemporânea
Texto Completo: https://www.revistapfc.com.br/rpfc/article/view/983
Resumo: A primeira geração da Daseinsanalyse é conhecida. Inaugurada por Ludwig Binswanger, que assume a descrição da existência (Dasein) feita por Heidegger em Ser e tempo, para interpretar as psicopatologias como projetos de mundo, é desenvolvida por Medard Boss, com ajuda do próprio filósofo, nos Seminários de Zollikon. Este artigo objetiva apresentar reformulações propostas pela daseinsanalista suíça Alice Holzhey-Kunz (1943 – ), ex-aluna de Boss, que interpreta as psicopatologias como modos de “sofrer do próprio ser”, ou seja, modos nos quais o existir irrompe e revela-se a condição existencial. Ou seja, em experiências psicopatológicas, o entendimento ontológico do próprio ser (pré-inclusão ontológica), costumeiramente encoberto na ocupação, torna a existência cotidiana inviável, exigindo “manobras ônticas” – comportamentos e mecanismos que visam neutralizar caracteres ontológicos, de início fadados ao fracasso. Para melhor ilustrar, apresento e discuto a interpretação de Holzhey-Kunz para o Transtorno da Personalidade Borderline, recorrendo a um caso clínico.
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