Ensaios preliminares em ratas wistar com extrato hidroetanólico de calunga (Simaba ferruginea St. Hil.) v.o., nas fases gestacionais de implantação, organogênese e período fetal: interferências na prole

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VANZELER,M.L.A.
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: BARROS,W.M., NASELLO,A.G., LOPES,L.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de plantas medicinais (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722015000300454
Resumo: RESUMO A susceptibilidade dos conceptos a agentes químicos varia muito em cada estágio do desenvolvimento. Devido a isto, a maioria dos países passou a exigir a análise do potencial para afetar todos os aspectos da reprodução (espermatogênese, acasalamento, prenhez, parto e lactação) para o desenvolvimento de novos medicamentos e fitoterápicos. O presente trabalho objetivou avaliar o efeito do extrato hidroetanólico de Simaba ferruginea St. Hil (calunga) (EHSF) v.o., em ratas da linhagem Wistar tratadas durante a prenhez e verificar a interferência no desenvolvimento intra-uterino da prole. As ratas foram tratadas com EHSF 50 e 100 mg Kg-1 ou água destilada, do seguinte modo: a) do 1º ao 6º dia de prenhez (período da formação do blastocisto e implantação); b) do 8º ao 16º dia de prenhez (fase embrionária de organogênese); c) do 15º ao 19º dia de prenhez (fase do desenvolvimento fetal). O tratamento do 1º ao 6º dia, mostrou redução no número de fetos com ambas doses e não alterou o peso do útero / ovário nem peso corporal das mães. Quando as ratas foram tratadas na fase da organogênese verificou-se, redução estatisticamente significante do número de fetos vivos com a dose 50 mg Kg-1, e o aparecimento de fetos mortos em 30% das fêmeas tratadas com EHSF 50 mg Kg-1 e em 20% nas fêmeas tratadas com a dose de 100 mg Kg-1, não houve alteração no peso do útero / ovário nem no peso corporal das matrizes. Finalmente, o tratamento no período fetal não afetou o número de filhotes vivos, não provocou malformações anatômicas visíveis a olho nu, nem reabsorção fetal; porém, observou-se que 10% das mães tratadas com 50 mg Kg-1 apresentaram 2 fetos mortos e 20% das mães tratadas com 100 mg Kg-1 apresentaram, em média, 4 fetos mortos. Com estes dados, pode ser concluído que o EHSF apresenta baixa ou nenhuma toxicidade materna para ratas Wistar, embora seja letal para alguns descendentes, independente da fase da prenhez em que foram realizados os tratamentos maternos, sendo mais evidente nas fases precoces. Por este motivo, recomenda-se que esta planta não seja utilizada por mulheres grávidas
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