Influência de diferentes extratos aquosos de plantas medicinais no desenvolvimento de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliforme
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de plantas medicinais (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722014000400016 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência dos extratos aquosos das plantas medicinais alecrim, alho, cravo-da-índia, sálvia, capim-limão, orégano ou pimenta-do-reino no desenvolvimento in vitro de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliforme. Os extratos foram obtidos pela infusão de 60 g de cada planta medicinal em 200 mL de água fervente. Cada extrato aquoso foi fracionado em concentrações de 0, 5, 10 e 20% (p:v) e incorporado ao meio de cultivo BDA (batata-dextrose-ágar) antes da esterilização em autoclave. Posteriormente, um disco de 8 mm de diâmetro de micélio fúngico de cada patógeno foi transferido para o centro de placas de Petri. Após 24, 48 e 96 horas de incubação em câmara de crescimento a 22 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12 horas avaliou-se o crescimento micelial de F. moniliforme e de C. gloesporioides. No último período de incubação, também se quantificou o número de conídios de cada fungo. Para o teste de germinação adicionou-se nas cavidades de placas de teste Elisa, uma alíquota de 40 µL de cada extrato nas concentrações de 0, 5, 10 e 20%, e outra alíquota, da suspensão de conídios de cada patógeno. Após 24 horas a 22 ± 2 ºC, no escuro, a germinação dos conídios foi paralisada com a adição de 20 µL de lactofenol; avaliou-se então a porcentagem de germinação de conídios. Os experimentos foram conduzidos no delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 7 x 4 (extratos de plantas medicinais x concentrações) com quatro repetições. Para ambos os patógenos o extrato aquoso de alho e cravo-da-índia apresentaram maior ou total inibição do crescimento micelial, respectivamente, quando comparado com os demais extratos. Para C. gloeosporioides, o extrato de cravo-da-índia apresentou menor número de conídios em todas as concentrações testadas, e para o extrato de alho a 20%, também não foi observada a germinação de conídios. O extrato de alho foi eficiente em reduzir o número e a germinação dos conídios de F. moniliforme na concentração de 20%. Os extratos de alecrim, cravo-da-índia, orégano e pimenta-do-reino, nas maiores concentrações, tiveram efeito positivo na redução da produção de conídios deste mesmo fungo. |
id |
SBPM-1_59cbdd5c85ac46a887bf35718cb0f20e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1516-05722014000400016 |
network_acronym_str |
SBPM-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de plantas medicinais (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Influência de diferentes extratos aquosos de plantas medicinais no desenvolvimento de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliformecontrole alternativofungos patogênicosagricultura orgânicaO objetivo deste trabalho foi avaliar a influência dos extratos aquosos das plantas medicinais alecrim, alho, cravo-da-índia, sálvia, capim-limão, orégano ou pimenta-do-reino no desenvolvimento in vitro de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliforme. Os extratos foram obtidos pela infusão de 60 g de cada planta medicinal em 200 mL de água fervente. Cada extrato aquoso foi fracionado em concentrações de 0, 5, 10 e 20% (p:v) e incorporado ao meio de cultivo BDA (batata-dextrose-ágar) antes da esterilização em autoclave. Posteriormente, um disco de 8 mm de diâmetro de micélio fúngico de cada patógeno foi transferido para o centro de placas de Petri. Após 24, 48 e 96 horas de incubação em câmara de crescimento a 22 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12 horas avaliou-se o crescimento micelial de F. moniliforme e de C. gloesporioides. No último período de incubação, também se quantificou o número de conídios de cada fungo. Para o teste de germinação adicionou-se nas cavidades de placas de teste Elisa, uma alíquota de 40 µL de cada extrato nas concentrações de 0, 5, 10 e 20%, e outra alíquota, da suspensão de conídios de cada patógeno. Após 24 horas a 22 ± 2 ºC, no escuro, a germinação dos conídios foi paralisada com a adição de 20 µL de lactofenol; avaliou-se então a porcentagem de germinação de conídios. Os experimentos foram conduzidos no delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 7 x 4 (extratos de plantas medicinais x concentrações) com quatro repetições. Para ambos os patógenos o extrato aquoso de alho e cravo-da-índia apresentaram maior ou total inibição do crescimento micelial, respectivamente, quando comparado com os demais extratos. Para C. gloeosporioides, o extrato de cravo-da-índia apresentou menor número de conídios em todas as concentrações testadas, e para o extrato de alho a 20%, também não foi observada a germinação de conídios. O extrato de alho foi eficiente em reduzir o número e a germinação dos conídios de F. moniliforme na concentração de 20%. Os extratos de alecrim, cravo-da-índia, orégano e pimenta-do-reino, nas maiores concentrações, tiveram efeito positivo na redução da produção de conídios deste mesmo fungo.Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais2014-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722014000400016Revista Brasileira de Plantas Medicinais v.16 n.4 2014reponame:Revista brasileira de plantas medicinais (Online)instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:SBPM10.1590/1983-084X/12_113info:eu-repo/semantics/openAccessMarcondes,M.M.Martins Marcondes,M.Baldin,I.Maia,A.J.Leite,C.D.Faria,C.M.D.Rpor2014-12-01T00:00:00Zoai:scielo:S1516-05722014000400016Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1516-0572&lng=en&nrm=isoPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rbpm.sbpm@gmail.com1983-084X1516-0572opendoar:2014-12-01T00:00Revista brasileira de plantas medicinais (Online) - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Influência de diferentes extratos aquosos de plantas medicinais no desenvolvimento de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliforme |
title |
Influência de diferentes extratos aquosos de plantas medicinais no desenvolvimento de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliforme |
spellingShingle |
Influência de diferentes extratos aquosos de plantas medicinais no desenvolvimento de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliforme Marcondes,M.M. controle alternativo fungos patogênicos agricultura orgânica |
title_short |
Influência de diferentes extratos aquosos de plantas medicinais no desenvolvimento de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliforme |
title_full |
Influência de diferentes extratos aquosos de plantas medicinais no desenvolvimento de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliforme |
title_fullStr |
Influência de diferentes extratos aquosos de plantas medicinais no desenvolvimento de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliforme |
title_full_unstemmed |
Influência de diferentes extratos aquosos de plantas medicinais no desenvolvimento de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliforme |
title_sort |
Influência de diferentes extratos aquosos de plantas medicinais no desenvolvimento de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliforme |
author |
Marcondes,M.M. |
author_facet |
Marcondes,M.M. Martins Marcondes,M. Baldin,I. Maia,A.J. Leite,C.D. Faria,C.M.D.R |
author_role |
author |
author2 |
Martins Marcondes,M. Baldin,I. Maia,A.J. Leite,C.D. Faria,C.M.D.R |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Marcondes,M.M. Martins Marcondes,M. Baldin,I. Maia,A.J. Leite,C.D. Faria,C.M.D.R |
dc.subject.por.fl_str_mv |
controle alternativo fungos patogênicos agricultura orgânica |
topic |
controle alternativo fungos patogênicos agricultura orgânica |
description |
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência dos extratos aquosos das plantas medicinais alecrim, alho, cravo-da-índia, sálvia, capim-limão, orégano ou pimenta-do-reino no desenvolvimento in vitro de Colletotrichum gloeosporioides e de Fusarium moniliforme. Os extratos foram obtidos pela infusão de 60 g de cada planta medicinal em 200 mL de água fervente. Cada extrato aquoso foi fracionado em concentrações de 0, 5, 10 e 20% (p:v) e incorporado ao meio de cultivo BDA (batata-dextrose-ágar) antes da esterilização em autoclave. Posteriormente, um disco de 8 mm de diâmetro de micélio fúngico de cada patógeno foi transferido para o centro de placas de Petri. Após 24, 48 e 96 horas de incubação em câmara de crescimento a 22 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12 horas avaliou-se o crescimento micelial de F. moniliforme e de C. gloesporioides. No último período de incubação, também se quantificou o número de conídios de cada fungo. Para o teste de germinação adicionou-se nas cavidades de placas de teste Elisa, uma alíquota de 40 µL de cada extrato nas concentrações de 0, 5, 10 e 20%, e outra alíquota, da suspensão de conídios de cada patógeno. Após 24 horas a 22 ± 2 ºC, no escuro, a germinação dos conídios foi paralisada com a adição de 20 µL de lactofenol; avaliou-se então a porcentagem de germinação de conídios. Os experimentos foram conduzidos no delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 7 x 4 (extratos de plantas medicinais x concentrações) com quatro repetições. Para ambos os patógenos o extrato aquoso de alho e cravo-da-índia apresentaram maior ou total inibição do crescimento micelial, respectivamente, quando comparado com os demais extratos. Para C. gloeosporioides, o extrato de cravo-da-índia apresentou menor número de conídios em todas as concentrações testadas, e para o extrato de alho a 20%, também não foi observada a germinação de conídios. O extrato de alho foi eficiente em reduzir o número e a germinação dos conídios de F. moniliforme na concentração de 20%. Os extratos de alecrim, cravo-da-índia, orégano e pimenta-do-reino, nas maiores concentrações, tiveram efeito positivo na redução da produção de conídios deste mesmo fungo. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722014000400016 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722014000400016 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/1983-084X/12_113 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Plantas Medicinais v.16 n.4 2014 reponame:Revista brasileira de plantas medicinais (Online) instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:SBPM |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
SBPM |
institution |
SBPM |
reponame_str |
Revista brasileira de plantas medicinais (Online) |
collection |
Revista brasileira de plantas medicinais (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de plantas medicinais (Online) - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||rbpm.sbpm@gmail.com |
_version_ |
1750318028879298560 |