Diversidade e uso de recursos medicinais do carrasco na APA da Serra da Ibiapaba, Piauí, Nordeste do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de plantas medicinais (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722012000300009 |
Resumo: | O presente estudo foi realizado na Área de Proteção Ambiental da Serra da Ibiapaba no município de Cocal, Piauí. Objetivou-se realizar o levantamento das plantas utilizadas pela comunidade, das partes usadas, das indicações, das formas de uso e de administração dessas plantas. Foram realizadas 80 entrevistas com 100% dos moradores de notório saber, residentes no município que utilizavam e/ou comercializavam plantas de uso medicinal. Para definição da amostra utilizou-se o método de bola de neve. Em incursões guiadas por membros da comunidade, foram coletadas as etnoespécies citadas. Após essa etapa, as espécies foram identificadas em laboratório e calculado o Fator de Consenso dos Informantes (FCI) para cada categoria de doença. O material foi incorporado ao acervo do Herbário Graziela Barroso (TEPB/UFPI). Foram identificadas 76 espécies, distribuídas em 61 gêneros e 36 famílias. Sobresairam-se Leguminosae com 22 espécies (28,9%), seguida por Euphorbiaceae com 6 (7,8%), e Solanaceae 4 (5,2%). Os gêneros Croton L. e Hymenaea L. obtiveram o maior destaque, somando 8 (10,5%) do total de espécies. As espécies mais presentes nas indicações de uso foram Ximenia americana com 14 (5,9%), Tabebuia impetiginosa com 9 (3,9%) e Anacardium occidentale com 7 (2,9%). Observou-se que 80,5% dos entrevistados tinham mais de 50 anos e residiam no município a mais de 20 anos, sendo que 70% possuíam apenas ensino fundamental incompleto e 20 % eram analfabetos. Houve maior consenso entre os informantes para tratamento das doenças do sistema respiratório (0,66) e do aparelho digestório (0,65). A maioria das indicações de usos 81 (34,17%) relatados para 28 (36,8%) das espécies visavam curar males do sistema respiratório, tais como asma, bronquite, gripe, inflamação na garganta, pneumonia e sinusite. Para o preparo dos remédios, as partes mais utilizadas foram as cascas (30,5%), as folhas (29,4%) e as raízes (12,6%). As preparações mais comuns foram os chás, garrafadas e lambedores, administrados por via oral. Os resultados sinalizaram para a importância do potencial bioativo da vegetação do carrasco. |
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