Mecanismos moleculares de ação anti-inflamatória e antioxidante de polifenóis de uvas e vinho tinto na aterosclerose

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Séfora-Sousa,M.
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: De Angelis-Pereira,M.C.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de plantas medicinais (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722013000400020
Resumo: Este trabalho visa investigar os possíveis mecanismos moleculares de ação dos polifenóis de uvas e vinho tinto contra os processos oxidativos e inflamatórios envolvidos na aterosclerose. Trata-se de um estudo de revisão de literatura realizado por meio de buscas nas bases de dados PubMed e ScienceDirect utilizando os seguintes descritores: vinho tinto, uva, polifenóis, resveratrol, aterosclerose, LDL-oxidada, inflamação, estresse oxidativo, NF-kB, AP-1, Nrf2, SIRT-1, MicroRNA. Embora tais mecanismos ainda não estejam totalmente esclarecidos, os estudos indicam que compostos fenólicos presentes em uvas podem se complexar com metais (como ferro e cobre) que provocam peroxidação dos lipídios, aumentam a atividade antioxidante do plasma, associam-se com a LDL-c aumentando sua resistência à oxidação, preservam a atividade da enzima paraoxonase, neutralizam radicais livres, e ativam fatores de transcrição como o Nrf2, que aumenta a expressão de genes que codificam proteínas importantes na defesa antioxidante, como a superóxido dismutase e a glutationa peroxidase. Além disso, os polifenóis inibem a fosforilação de MAP quinases, inibindo assim os fatores de transcrição NF-kB e AP-1 e, consequentemente, reduzindo a síntese do TNF-á, interleucinas, moléculas de adesão e quimiocinas. Também inibem a atividade das enzimas cicloxigenase e lipoxigenase. Outro mecanismo proposto é a ação do resveratrol sobre a atividade de deacetilases de histonas, como a SITR-1. Estas ações em conjunto reduzem a oxidação da LDL-c e o processo inflamatório, atenuando o processo aterogênico.
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