Características clínicas e fatores associados à asma grave em Salvador, Brasil
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132020000300203 |
Resumo: | RESUMO Objetivo Descrever características clínicas e identificar fatores associados a maior gravidade da asma, em uma amostra de pacientes acompanhados em um centro de referência em Salvador. Métodos Estudo transversal de 473 adultos, acompanhados regularmente no Programa para Controle da Asma na Bahia (ProAR), reavaliados de forma sistemática entre 2013 e 2015. Os pacientes foram admitidos por preencher critérios anteriores de asma grave e reclassificados de acordo com a definição mais atual, proposta por um documento conjunto da European Respiratory Society/American Thoracic Society (ERS/ATS 2014). Resultados Foram reclassificados como portadores de asma grave pelos critérios da ATS/ERS (AG-ERS/ATS) 88/473 (18%). Destes, 87% eram mulheres, 48% obesos, com mediana do índice de massa corporal (IMC) de 29 kg/m2 (IQ 26-34), 99% tinham sintomas de rinite crônica e 83%, sintomas de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Nenhum se declarou fumante atual. Os principais corticosteroides inalatórios utilizados foram beclometasona (88%) e budesonida (69%). A maioria relatou adequada adesão (77%) e a minoria das avaliações (0,6%) revelou erros graves na técnica inalatória. A mediana do volume expiratório forçado no primeiro segundo pós-broncodilatador (VEF1pós-BD) foi 67% do predito (IQ 55-80). A mediana do número de eosinófilos no sangue periférico foi menor nos pacientes com AG-ERS/ATS [209 células/mm3 (IQ 116-321)] do que nos demais pacientes estudados [258 células/mm3 (IQ 154-403)]. Sintomas de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) foram associados a mais gravidade [OR = 2,2; IC95% (1,2-4,2)]. Conclusões Neste grupo de pacientes, sintomas de RGE foram associados a AG-ERS/ATS e contagem de eosinófilos > 260 células/mm3 esteve associada a 42% menos chance de AG-ERS/ATS. |
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