Avaliação da função pulmonar na obesidade graus I e II

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rasslan,Zied
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Saad Junior,Roberto, Stirbulov,Roberto, Fabbri,Renato Moraes Alves, Lima,Carlos Alberto da Conceição
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132004000600004
Resumo: INTRODUÇÃO: A obesidade pode afetar o tórax, diafragma e músculos abdominais, determinando alterações na função respiratória. OBJETIVO: Avaliar os efeitos da obesidade e correlacionar o índice de massa corporal (IMC) e a circunferência abdominal com os valores espirométricos em individuos obesos. MÉTODO: Foram estudados 48 indivíduos não obesos e 48 indivíduos com obesidade graus I e II, não fumantes, ambos os sexos, idade variando entre 18 e 75 anos, IMC entre 30 e 40kg/m² e ausência de história progressa de morbidade. Foram realizadas espirometria e medidas da circunferência abdominal. RESULTADOS: Não houve diferenças significativas quando se comparou valores espirométricos de homens com obesidade graus I e II com de não obesos. Nas mulheres obesas, a capacidade vital forçada e o volume expirado forçado no primeiro segundo foram significativamente menores que nas não obesas. Homens e mulheres obesos apresentaram volumes de reserva expiratório significativamente menores que não obesos. Embora a capacidade inspiratória tenha sido maior em homens e mulheres obesos, esse aumento foi significativo apenas em homens. Em homens obesos houve correlação negativa e significativa entre o IMC e circunferência abdominal e o volume de reserva expiratório, e também correlação negativa e significativa entre a circunferência abdominal e o volume expirado forçado no primeiro segundo, o que não ocorreu entre as mulheres. CONCLUSÃO: Mulheres com obesidade graus I e II apresentaram alterações na função pulmonar. Esta não é influenciada pelo IMC em homens obesos. No entanto, observou-se que eles apresentaram correlação negativa e significativa entre o IMC e o volume de reserva expiratório. A função pulmonar é influenciada pelos valores da circunferência abdominal em homens com obesidade graus I e II.
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