Comunicantes domiciliares jovens de pacientes com TB pulmonar na região da grande Vitória (ES): um estudo de coorte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maciel,Ethel Leonor Noia
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Vieira,Luiza Werner Heringer, Molina,Lucília Pereira Dutra, Alves,Rosana, Prado,Thiago Nascimento do, Dietze,Reynaldo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132009000400010
Resumo: OBJETIVO: Comparar aspectos clínicos, radiológicos e laboratoriais de contatos domiciliares, menores de 15 anos, de pacientes com cultura positiva para Mycobacterium tuberculosis. MÉTODOS: Realizou-se um estudo de coorte comparando crianças e adolescentes (< 15 anos) que eram contatos domiciliares de casos de TB com baciloscopia e cultura positiva (grupo exposto, n = 100) ou com baciloscopia negativa e cultura positiva (grupo não-exposto, n = 55). Todos os contatos foram avaliados no período de julho de 2003 a dezembro de 2006, no programa de controle da TB de um hospital universitário na cidade de Vitória (ES). RESULTADOS: Das 155 contatos avaliados, 87 (56,1%) eram do sexo feminino e 68 (43,9%) do masculino. Do total, 28 (18%) eram menores de 5 anos; 62 (40%), entre 5-9 anos; e 65 (42%), entre 10-15 anos. Foi detectada a presença de sintomas de TB em 17 (17%) dos 100 contatos no grupo exposto e em 9 (16%) dos 55 no grupo não-exposto (p = 0,86). A radiografia de tórax apresentou alterações em 20 (21%) e 2 (4%) dos contatos nos grupos exposto e não-exposto, respectivamente (RR = 6,9; p = 0,004). Nos grupos exposto e não-exposto, respectivamente, 35 (38%) e 10 (18%) dos contatos apresentaram prova tuberculínica positiva (RR = 2,8; p = 0,01). No total, 5 contatos (5%) do grupo exposto foram diagnosticados com TB, ao passo que não houve diagnóstico de TB no grupo não-exposto (p = 0,08). CONCLUSÕES: Apesar desta pesquisa não ter encontrado diferença significativa no surgimento de casos de TB entre os comunicantes dos grupos estudados, deve-se ressaltar que quanto maior a carga bacilar do caso índice, maior é a chance dos seus contatos virem a se infectar por M. tuberculosis.
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