Pneumonia associada à ventilação mecânica: epidemiologia e impacto na evolução clínica de pacientes em uma unidade de terapia intensiva
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132009001100005 |
Resumo: | OBJETIVO: Apesar de representar uma das principais causas de infecção nosocomial, o papel da pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) no prognóstico ainda permanece indefinido. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto dessa doença na evolução clínica dos pacientes. MÉTODOS: Estabeleceu-se uma coorte prospectiva de 233 pacientes sob ventilação mecânica (grupo PAV, n = 64; grupo controle, n = 169). Os desfechos primários foram tempo de ventilação mecânica (TVM), tempo de permanência na UTI (TUTI), tempo de permanência hospitalar (TH) e mortalidade na UTI. Os desfechos secundários foram mortalidade hospitalar, perfil microbiológico, uso prévio de antibióticos e fatores de risco para PAVM. RESULTADOS: Os desfechos dos grupos controle e PAVM foram, respectivamente, os seguintes: mediana do TVM (dias), 9 (intervalo interquartílico [II]: 5-15) e 23 (II: 15-37; p < 0,0001); mediana do TUTI (dias), 12 (II: 8-21) e 27 (II: 17-42; p < 0,0001); mediana do TH (dias), 33 (II: 18-64) e 46 (II: 25-90; p = 0,02); e mortalidade na UTI, 38% (IC95%: 31-45) e 55% (IC95%: 42-67; p = 0,02). A PAVM foi um preditor de mortalidade na UTI (OR = 3,40; IC95%: 1,54-1,78). O TVM (OR = 2,27; IC95%: 1,05-4,87) e o uso prévio de antibióticos (OR = 1,07; IC95%: 1,04-1,10) foram fatores de risco para PAVM. A PAVM não afetou a mortalidade hospitalar. Acinetobacter spp. foi o isolado mais frequente (28%). Antibioticoterapia empírica inadequada foi administrada em 48% dos casos. CONCLUSÕES: No presente estudo, houve uma alta incidência de bactérias resistentes e de antibioticoterapia inicial inadequada. TVM longo e o uso prévio de antibióticos são fatores de risco para PAVM. |
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Pneumonia associada à ventilação mecânica: epidemiologia e impacto na evolução clínica de pacientes em uma unidade de terapia intensivaPneumonia associada à ventilação mecânicaInfecção hospitalarUnidades de terapia intensivaMortalidade hospitalarFatores de riscoOBJETIVO: Apesar de representar uma das principais causas de infecção nosocomial, o papel da pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) no prognóstico ainda permanece indefinido. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto dessa doença na evolução clínica dos pacientes. MÉTODOS: Estabeleceu-se uma coorte prospectiva de 233 pacientes sob ventilação mecânica (grupo PAV, n = 64; grupo controle, n = 169). Os desfechos primários foram tempo de ventilação mecânica (TVM), tempo de permanência na UTI (TUTI), tempo de permanência hospitalar (TH) e mortalidade na UTI. Os desfechos secundários foram mortalidade hospitalar, perfil microbiológico, uso prévio de antibióticos e fatores de risco para PAVM. RESULTADOS: Os desfechos dos grupos controle e PAVM foram, respectivamente, os seguintes: mediana do TVM (dias), 9 (intervalo interquartílico [II]: 5-15) e 23 (II: 15-37; p < 0,0001); mediana do TUTI (dias), 12 (II: 8-21) e 27 (II: 17-42; p < 0,0001); mediana do TH (dias), 33 (II: 18-64) e 46 (II: 25-90; p = 0,02); e mortalidade na UTI, 38% (IC95%: 31-45) e 55% (IC95%: 42-67; p = 0,02). A PAVM foi um preditor de mortalidade na UTI (OR = 3,40; IC95%: 1,54-1,78). O TVM (OR = 2,27; IC95%: 1,05-4,87) e o uso prévio de antibióticos (OR = 1,07; IC95%: 1,04-1,10) foram fatores de risco para PAVM. A PAVM não afetou a mortalidade hospitalar. Acinetobacter spp. foi o isolado mais frequente (28%). Antibioticoterapia empírica inadequada foi administrada em 48% dos casos. CONCLUSÕES: No presente estudo, houve uma alta incidência de bactérias resistentes e de antibioticoterapia inicial inadequada. TVM longo e o uso prévio de antibióticos são fatores de risco para PAVM.Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia2009-11-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132009001100005Jornal Brasileiro de Pneumologia v.35 n.11 2009reponame:Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)instacron:SBPT10.1590/S1806-37132009001100005info:eu-repo/semantics/openAccessRodrigues,Pedro Mendes de AzambujaCarmo Neto,Edgard doSantos,Luiz Rodrigo de CarneiroKnibel,Marcos Freitaspor2009-12-08T00:00:00Zoai:scielo:S1806-37132009001100005Revistahttp://www.jornaldepneumologia.com.br/default.aspONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||jbp@jbp.org.br|| jpneumo@jornaldepneumologia.com.br1806-37561806-3713opendoar:2009-12-08T00:00Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online) - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)false |
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