Sequelas pós-intubação e traqueostomia cirúrgica aberta: devemos sempre fazer a istmectomia?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima,Alexandre Garcia de
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Marques,Ariovaldo, Toro,Ivan Felizardo Contrera
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132009000300006
Resumo: OBJETIVO: Avaliar a influência da equipe cirúrgica (cirurgia geral ou cirurgia torácica) e da técnica operatória utilizada (com ou sem istmectomia) sobre a incidência de injúrias pós-intubação nas vias aéreas em pacientes traqueostomizados. MÉTODOS: Foram prospectivamente incluídos neste estudo 164 pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva para adultos do Hospital Estadual Sumaré e que ficaram sob intubação traqueal por mais de 24 h, no período entre 1º de janeiro e 31 de agosto de 2007. Quando foi necessária a realização de traqueostomia, os pacientes foram aleatorizados para as equipes de cirurgia geral e torácica. Todos os pacientes foram submetidos à traqueoscopia flexível para a decanulação e/ou a avaliação tardia da via aérea. RESULTADOS: Dos 164 pacientes no estudo, 90 (54,88%) faleceram (sem relação com o procedimento), 67 (40,85%) completaram o seguimento e 7 (4,27%) tiveram seguimento parcial. Dos 67 pacientes com seguimento completo, 32 foram traqueostomizados (21 pela equipe de cirurgia geral e 11 pela equipe de cirurgia torácica). A istmectomia foi realizada em 22 pacientes (11 pela equipe de cirurgia geral e 11 pela equipe de cirurgia torácica). Não houve diferença entre o índice de complicações estomais quando se comparou as equipes, mas sim quando se comparou as técnicas (com e sem istmectomia). CONCLUSÕES: A não realização da istmectomia paralelamente à traqueostomia faz com que o cirurgião realize o óstio traqueal mais distalmente do que supõe. Nestes casos, houve um maior índice de complicações do estoma traqueal.
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