Bronquiolite obliterante pós-infecciosa: aspectos clínicos e exames complementares de 48 crianças

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,Rosaly Vieira dos
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Rosário,Nelson A., Ried,Carlos Antônio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132004000100006
Resumo: INTRODUÇÃO: A evolução clínica da bronquiolite obliterante pós infecciosa é variável. OBJETIVO: Verificar as características clínicas, a evolução e os exames complementares de 48 pacientes com bronquiolite obliterante (BO) pós-infecciosa. MÉTODO: Estudo observacional e retrospecitvo. O diagnóstico de bronquiolite obliterante foi baseado em critérios clínicos, tomográficos e pela exclusão de outras doenças. Avaliou-se a história prévia ao diagnóstico e exames complementares. A saturação arterial foi avaliada pela primeira e última medidas. RESULTADOS: A média da idade dos pacientes (32 do sexo masculino e 16 do feminino) no quadro agudo da doença infecciosa foi de 9,6 meses e na primeira consulta de 30,5 meses, com um tempo médio de acompanhamento de 3,3 anos. Todos foram internados no quadro agudo, sendo que 14 (29%) em UTI.Quatro pacientes faleceram dois anos após o quadro de bronquiolite aguda. Na evolução, todos necessitaram de consultas de emergência por exacerbação do quadro pulmonar e 24 (50%) de hospitalização, dos quais 2 em UTI. A maioria persistiu com tosse, sibilos e estertores, porém em menor intensidade. A média da saturação arterial inicial foi de 89% e a final de 92%. Na cultura de escarro, os agentes infecciosos mais comuns foram: H. influenzae, S. pneumoniae e M. catarrhalis. As imunoglobulinas séricas M e G encontravam-se elevadas em 9 e 7 pacientes, respectivamente. Os achados mais freqüentes na tomografia axial computadorizada de tórax foram: perfusão em mosaico, bronquiectasias, aprisionamento de ar, atelectasia e espessamento brônquico. CONCLUSÃO: A BO pós-infecciosa é uma doença crônica e grave, com sintomas contínuos, que geralmente compromete lactentes. A microbiologia de escarro e as imunoglubulinas séricas aumentadas refletem um processo infeccioso e inflamatório crônico persitente.
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