Características clínicas e epidemiológicas do adulto contagiante da criança com tuberculose

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima,João AB
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Icaza,Edgar Enrique Sarria, Menegotto,Beatriz G., Fischer,Gilberto Bueno, Barreto,Sérgio Saldanha Menna
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132004000300010
Resumo: INTRODUÇÃO: A tuberculose em crianças geralmente está associada ao convívio com um adulto contagiante. OBJETIVO: Descrever o perfil do adulto contagiante da criança com tuberculose identificada na rede pública de saúde. MÉTODO: Estudo de casos. Incluiram-se todas as crianças menores de quatorze anos com diagnóstico de tuberculose em tratamento na rede pública de saúde de Porto Alegre (RS). Foram feitas entrevistas com questionário estruturado com dados demográficos e da doença na criança e no contagiante. RESULTADOS: No período de 21 de julho de 2001 a 10 de agosto de 2002 foram selecionadas 50 crianças (96% dos diagnósticos em crianças no período) com média de idade de 76 meses, 60% do sexo feminino. As formas pulmonares clássicas (consolidação ou cavitação) foram observadas em 38% das crianças. A maioria dos pacientes fez o diagnóstico em nível hospitalar, vivia em famílias com seis pessoas em média, e com renda familiar inferior a dois salários mínimos regionais. A co-infecção pelo vírus da imunodeficiência humana foi identificada em 25% dos pacientes que realizaram o teste de ELISA. As crianças freqüentavam regularmente outro local além de sua residência. O contagiante foi identificado em 78% dos casos, sendo 56% do sexo masculino, com idade média de 32 anos e na maioria das vezes era um parente (79%), geralmente pai ou mãe. Neste grupo de adultos, a co-infecção pelo vírus da imunodeficiência humana foi identificada em 43% dos indivíduos testados. CONCLUSÃO: O contato intradomiciliar com adulto tuberculoso continua a ser a mais importante fonte de contágio para a criança. A co-infecção pelo vírus da imunodeficiência humana é um importante achado tanto na criança quanto no adulto. Enfatiza-se a necessidade de se investigar a criança contato e se buscar o caso índice em toda criança com diagnóstico de tuberculose.
id SBPT-1_94c8a9bd018c526a15185787f40cf706
oai_identifier_str oai:scielo:S1806-37132004000300010
network_acronym_str SBPT-1
network_name_str Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
repository_id_str
spelling Características clínicas e epidemiológicas do adulto contagiante da criança com tuberculoseTuberculose/epidemiologiaCriançaDoenças transmissíveis/etiologiaINTRODUÇÃO: A tuberculose em crianças geralmente está associada ao convívio com um adulto contagiante. OBJETIVO: Descrever o perfil do adulto contagiante da criança com tuberculose identificada na rede pública de saúde. MÉTODO: Estudo de casos. Incluiram-se todas as crianças menores de quatorze anos com diagnóstico de tuberculose em tratamento na rede pública de saúde de Porto Alegre (RS). Foram feitas entrevistas com questionário estruturado com dados demográficos e da doença na criança e no contagiante. RESULTADOS: No período de 21 de julho de 2001 a 10 de agosto de 2002 foram selecionadas 50 crianças (96% dos diagnósticos em crianças no período) com média de idade de 76 meses, 60% do sexo feminino. As formas pulmonares clássicas (consolidação ou cavitação) foram observadas em 38% das crianças. A maioria dos pacientes fez o diagnóstico em nível hospitalar, vivia em famílias com seis pessoas em média, e com renda familiar inferior a dois salários mínimos regionais. A co-infecção pelo vírus da imunodeficiência humana foi identificada em 25% dos pacientes que realizaram o teste de ELISA. As crianças freqüentavam regularmente outro local além de sua residência. O contagiante foi identificado em 78% dos casos, sendo 56% do sexo masculino, com idade média de 32 anos e na maioria das vezes era um parente (79%), geralmente pai ou mãe. Neste grupo de adultos, a co-infecção pelo vírus da imunodeficiência humana foi identificada em 43% dos indivíduos testados. CONCLUSÃO: O contato intradomiciliar com adulto tuberculoso continua a ser a mais importante fonte de contágio para a criança. A co-infecção pelo vírus da imunodeficiência humana é um importante achado tanto na criança quanto no adulto. Enfatiza-se a necessidade de se investigar a criança contato e se buscar o caso índice em toda criança com diagnóstico de tuberculose.Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia2004-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132004000300010Jornal Brasileiro de Pneumologia v.30 n.3 2004reponame:Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)instacron:SBPT10.1590/S1806-37132004000300010info:eu-repo/semantics/openAccessLima,João ABIcaza,Edgar Enrique SarriaMenegotto,Beatriz G.Fischer,Gilberto BuenoBarreto,Sérgio Saldanha Mennapor2004-09-02T00:00:00Zoai:scielo:S1806-37132004000300010Revistahttp://www.jornaldepneumologia.com.br/default.aspONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||jbp@jbp.org.br|| jpneumo@jornaldepneumologia.com.br1806-37561806-3713opendoar:2004-09-02T00:00Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online) - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)false
dc.title.none.fl_str_mv Características clínicas e epidemiológicas do adulto contagiante da criança com tuberculose
title Características clínicas e epidemiológicas do adulto contagiante da criança com tuberculose
spellingShingle Características clínicas e epidemiológicas do adulto contagiante da criança com tuberculose
Lima,João AB
Tuberculose/epidemiologia
Criança
Doenças transmissíveis/etiologia
title_short Características clínicas e epidemiológicas do adulto contagiante da criança com tuberculose
title_full Características clínicas e epidemiológicas do adulto contagiante da criança com tuberculose
title_fullStr Características clínicas e epidemiológicas do adulto contagiante da criança com tuberculose
title_full_unstemmed Características clínicas e epidemiológicas do adulto contagiante da criança com tuberculose
title_sort Características clínicas e epidemiológicas do adulto contagiante da criança com tuberculose
author Lima,João AB
author_facet Lima,João AB
Icaza,Edgar Enrique Sarria
Menegotto,Beatriz G.
Fischer,Gilberto Bueno
Barreto,Sérgio Saldanha Menna
author_role author
author2 Icaza,Edgar Enrique Sarria
Menegotto,Beatriz G.
Fischer,Gilberto Bueno
Barreto,Sérgio Saldanha Menna
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Lima,João AB
Icaza,Edgar Enrique Sarria
Menegotto,Beatriz G.
Fischer,Gilberto Bueno
Barreto,Sérgio Saldanha Menna
dc.subject.por.fl_str_mv Tuberculose/epidemiologia
Criança
Doenças transmissíveis/etiologia
topic Tuberculose/epidemiologia
Criança
Doenças transmissíveis/etiologia
description INTRODUÇÃO: A tuberculose em crianças geralmente está associada ao convívio com um adulto contagiante. OBJETIVO: Descrever o perfil do adulto contagiante da criança com tuberculose identificada na rede pública de saúde. MÉTODO: Estudo de casos. Incluiram-se todas as crianças menores de quatorze anos com diagnóstico de tuberculose em tratamento na rede pública de saúde de Porto Alegre (RS). Foram feitas entrevistas com questionário estruturado com dados demográficos e da doença na criança e no contagiante. RESULTADOS: No período de 21 de julho de 2001 a 10 de agosto de 2002 foram selecionadas 50 crianças (96% dos diagnósticos em crianças no período) com média de idade de 76 meses, 60% do sexo feminino. As formas pulmonares clássicas (consolidação ou cavitação) foram observadas em 38% das crianças. A maioria dos pacientes fez o diagnóstico em nível hospitalar, vivia em famílias com seis pessoas em média, e com renda familiar inferior a dois salários mínimos regionais. A co-infecção pelo vírus da imunodeficiência humana foi identificada em 25% dos pacientes que realizaram o teste de ELISA. As crianças freqüentavam regularmente outro local além de sua residência. O contagiante foi identificado em 78% dos casos, sendo 56% do sexo masculino, com idade média de 32 anos e na maioria das vezes era um parente (79%), geralmente pai ou mãe. Neste grupo de adultos, a co-infecção pelo vírus da imunodeficiência humana foi identificada em 43% dos indivíduos testados. CONCLUSÃO: O contato intradomiciliar com adulto tuberculoso continua a ser a mais importante fonte de contágio para a criança. A co-infecção pelo vírus da imunodeficiência humana é um importante achado tanto na criança quanto no adulto. Enfatiza-se a necessidade de se investigar a criança contato e se buscar o caso índice em toda criança com diagnóstico de tuberculose.
publishDate 2004
dc.date.none.fl_str_mv 2004-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132004000300010
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132004000300010
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S1806-37132004000300010
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
dc.source.none.fl_str_mv Jornal Brasileiro de Pneumologia v.30 n.3 2004
reponame:Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
instacron:SBPT
instname_str Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
instacron_str SBPT
institution SBPT
reponame_str Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
collection Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online) - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
repository.mail.fl_str_mv ||jbp@jbp.org.br|| jpneumo@jornaldepneumologia.com.br
_version_ 1750318341237506048