Aspiração de corpo estranho por menores de 15 anos: experiência de um centro de referência do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa,Sílvia Teresa Evangelista Vidotto de
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Ribeiro,Valdinar Sousa, Menezes Filho,José Mário de, Santos,Alcione Miranda dos, Barbieri,Marco Antonio, Figueiredo Neto,José Albuquerque de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132009000700006
Resumo: OBJETIVO: Descrever as características clínicas, radiológicas e endoscópicas da aspiração de corpo estranho por menores de 15 anos em um centro de referência em São Luís, MA. MÉTODOS:Estudo descritivo realizado a partir de dados de prontuários dos pacientes atendidos no Hospital Universitário Materno Infantil devido à aspiração de corpo estranho entre 1995 e 2005. Avaliamos 72 casos confirmados de aspiração de corpo estranho em relação à procedência, variáveis biológicas, clínico-radiológicas e endoscópicas. Para verificar se as frequências observadas das variáveis em estudo foram estatisticamente significantes, utilizamos o teste do qui-quadrado. RESULTADOS: A maioria do pacientes era procedente das cidades do interior (55,6%). As maiores frequências das diferentes variáveis estudadas foram as seguintes: faixa etária de 0-3 anos (81,9%); sexo masculino (63,9%); tempo de evolução > 24 h (66,7%); hipotransparência na radiografia de tórax (57,7%); localização do corpo estranho no pulmão direito (41,2%) ou na laringe (20.5%); natureza orgânica do corpo estranho (83,3%); complicação como processo inflamatório localizado (59,4%); edema de glote como complicação do exame endoscópico (47,6%); e sementes (46,6%), espinha de peixe (28,3%) e plásticos (25,5%) como tipos mais frequentes de corpos estranhos aspirados. Não houve óbitos. CONCLUSÕES: Cuidados preventivos devem priorizar crianças menores de três anos de idade, do sexo masculino, provenientes de cidades do interior. O acesso dessas crianças às substâncias com risco potencial para aspiração, incluindo os alimentos, deve ser evitado. Exames radiológicos simples e de fácil acesso à população são subutilizados, o que compromete a qualidade do primeiro atendimento.
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