Óbitos atribuídos à tuberculose no Estado do Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132004000400006 |
Resumo: | INTRODUÇÃO:Em 1998, o Rio de Janeiro era o estado de maior incidência e mortalidade por tuberculose do Brasil. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação em Tuberculose (SINAN-TB-RJ) não era confiável. OBJETIVO: Utilizar o estudo dos óbitos por tuberculose como instrumento de avaliação do programa de controle de tuberculose. MÉTODO: Foram realizados estudos descritivos do SINAN-TB-RJ e do Sistema de Informação de Mortalidade em tuberculose do Rio de Janeiro (SIM-TB-RJ) e os dois bancos de dados foram cruzados utilizando-se o programa Reclink. Foi também realizado um estudo baseado em prontuários dos cinco hospitais onde ocorreu o maior número de óbitos por tuberculose. RESULTADOS: Em 1998 foram registrados no SINAN-TB-RJ 16.567 casos de tuberculose em maiores de 14 anos. A forma pulmonar estava presente em 13.989 (84,5%) casos, dos quais 8.223 (56,8%) tiveram baciloscopia positiva. A sorologia anti-HIV, recomendada para todos os pacientes com tuberculose, foi solicitada em apenas 4.141 (25%) casos. No SIM-TB-RJ foram registrados 1.146 óbitos, dos quais 478 (41,7%) casos haviam sido notificados no SINAN-TB-RJ, entre 1995 e 1998. Dos 302 prontuários estudados, em 154 (50,9%) o período de internação foi inferior a 10 dias. O tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico foi superior a 60 dias em 143 (47,3%) pacientes. Dos 125 pacientes em re-tratamento, para apenas 43 (34,4%) foi prescrito o esquema RHZE recomendado pelo Ministério da Saúde. CONCLUSÃO: O estudo demonstra que a tuberculose é sub-notificada, o diagnóstico é tardio, a utilização dos exames laboratoriais recomendados é baixa e as normas do Ministério da Saúde não são cumpridas. |
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