Indicadores relacionados ao retardo no diagnóstico e na instituição das precauções para aerossóis entre pacientes com tuberculose pulmonar bacilífera em um hospital terciário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Resende,Mariângela Ribeiro
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Sinkoc,Verônica Maria, Garcia,Márcia Teixeira, Moraes,Eliane Oliveira de, Kritski,Afrânio Lineu, Papaiordanou,Priscila Maria de Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132005000300008
Resumo: INTRODUÇÃO: Há risco de transmissão de tuberculose em instituições de cuidados à saúde. OBJETIVO: Avaliar indicadores relacionados ao risco de transmissão entre pacientes com tuberculose pulmonar bacilífera atendidos em um hospital universitário. MÉTODO: Estudo retrospectivo, descritivo, de 01/1997 a 09/1999. Foram estudados os pacientes internados com tuberculose pulmonar bacilífera no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Foram avaliados três intervalos: entre admissão e coleta da pesquisa de BAAR no escarro; entre admissão e instituição das precauções para aerossóis; entre coleta do escarro e início do tratamento. RESULTADOS: Foram incluídos 63 casos. Associação ao vírus da imunodeficiência humana ocorreu em 31,7%. Quarenta pacientes foram admitidos pelo pronto-socorro (63,5%). Suspeita de tuberculose esteve presente na admissão em 42 pacientes (66,7%). O intervalo entre admissão e coleta de escarro excedeu 12 horas em 27,5% dos casos admitidos pelo pronto-socorro e em 30,4% dos internados nas enfermarias (p = 0,803). Retardo no isolamento respiratório ocorreu em 31 casos (49,2%). Os fatores associados ao retardo de isolamento foram ausência de tuberculose no diagnóstico de admissão (p < 0,000) e carga bacilar mais baixa no escarro (p = 0,032). Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (p = 0,530), enfermaria de hospitalização (p = 0,284) e presença de co-morbidades (p = 0,541) não foram associados ao retardo de isolamento. O intervalo entre coleta e início de tratamento foi superior a 24 horas em 15,9% dos casos. CONCLUSÃO: Observou-se retardo de isolamento em muitos casos. São necessárias políticas de educação continuada, sobretudo nas áreas de maior risco.
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