Baixa prevalência de PPD reativo prévia ao uso de infliximabe: estudo comparativo em população amostral do Hospital Geral de Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Callado,Maria Roseli Monteiro
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Lima,José Rubens Costa, Nobre,Christiane Aguiar, Vieira,Walber Pinto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042011000100004
Resumo: OBJETIVO: Identificar infecção tuberculosa em pacientes reumatológicos em uso de infliximabe, através do PPD realizado como pré-requisito ao início da terapia. MÉTODOS: Foram estudados 157 pacientes em uso de infliximabe e 734 outros pacientes sob triagem de infecção tuberculosa, procedentes de diversas clínicas. O PPD foi realizado pela técnica de Mantoux e considerado reator a partir de 5 mm. RESULTADOS: No grupo infliximabe, o PPD foi reator em 13% e, entre os outros pacientes, a reatividade foi de 27% (χ2 = 13; P = 0,0003). Estes foram subdivididos em adultos portadores de doenças crônicas, com 22% de reatividade ao PPD e demais controles com 31% de positividade, demonstrando heterogeneidade de resposta nessa população (χ2 = 7; P < 0,009). No grupo infliximabe, subdividido por patologias, Artrite Reumatoide (AR), EspondiliteAnquilosante (EA) eArtrite Psoriásica (AP), observaram-se reatividades dissemelhantes, sendo a reatividade na AR sempre menor (AR x EA: OR = 0,13; IC: 0,03-0,47; χ2 = 12; P = 0,0004) e (AR x AP: OR = 0,16; IC: 0,02-1,04; χ2corrigido de Yates = 3,6; P = 0,05). O PPD reator em AR (4%) também foi menor quando comparado com o grupo dos usuários crônicos (22%) (OR = 0,16; IC: 0,05-0,49; χ2 = 14; P = 0,0002), mesmo quando reclassificados em quatro subgrupos: reumatologia (OR = 0,19; IC: 0,04-0,72), transplante renal (OR = 0,16; IC: 0,05-0,51), infectologia (OR = 0,21; IC: 0,05-0,75) e outras clínicas (OR = 0,13; IC: 0,04-0,44). CONCLUSÃO: A baixa prevalência do PPD reativo nessa população brasileira, principalmente em pacientes crônicos, com pior desempenho em AR, mostrou que o teste tem valor limitado para o diagnóstico de infecção tuberculosa em candidatos à terapia com infliximabe
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