Prevalência das manifestações clínicas iniciais da granulomatose de Wegener no Brasil: relato de seis casos e revisão da literatura
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042010000200005 |
Resumo: | OBJETIVOS: Descrever as manifestações clínicas iniciais da Granulomatose de Wegener (GW) diagnosticada no Brasil. PACIENTES E MÉTODOS: Análise retrospectiva de seis prontuários do Serviço de Reumatologia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), assim como a realização de um levantamento bibliográfico dos casos de GW descritos no Brasil obtidos dos bancos de dados LILACS, SciELO e MEDLINE. RESULTADOS: O estudo identificou 49 pacientes; 15 (31%) do sexo masculino e 34 (69%) do sexo feminino. A forma sistêmica ocorreu em 35 pacientes (73%): 28 adultos, cinco crianças e dois adolescentes. A doença limitada ocorreu em 13 adultos e uma criança. A média da idade adulta no início da doença foi de 42,2 anos (18 a 65 anos). O quadro clínico agudo, com sintomas há menos de três meses do diagnóstico, ocorreu em 41% (20/49) da casuística e a forma insidiosa, em 59% (29/49) dos pacientes. A prevalência das manifestações clínicas iniciais nos adultos com doença sistêmica (n = 28) foi 64% (18/28) das vias aéreas superiores (VAS), 36% (10/28) pulmonares, 18% (5/28) renais, 25% (7/28) oculares, 11% (3/28) cutâneas, 25% (7/28) musculoesqueléticas e 7% (2/28) neurológicas. Na forma limitada do adulto (n = 13), os sintomas prevalentes foram 84% (11/13) VAS, 23% (3/13) oculares e 15% (2/13) pulmonares. CONCLUSÃO: No Brasil, a prevalência das manifestações clínicas iniciais da GW foi semelhante aos resultados da literatura. A falta de especificidade dos sintomas pode retardar o diagnóstico na forma insidiosa da doença e aumentar a morbimortalidade das formas agudas. |
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