Síndrome antissintetase: anti-PL-7, anti-PL-12 e anti-EJ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza,Fernando Henrique Carlos de
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Cruellas,Marcela Gran Pina, Levy-Neto,Mauricio, Shinjo,Samuel Katsuyuki
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042013000400007
Resumo: OBJETIVOS: Devido à escassez de trabalhos na literatura, realizamos análise de uma série de pacientes com síndrome antissintetase (SAS) do tipo anti-PL-7, PL-12 e EJ. MÉTODOS: Estudo de coorte, retrospectivo, envolvendo 20 pacientes com SAS (8 com anti-PL-7, 6 com PL-12, 6 com EJ), em acompanhamento em nosso serviço, entre 1982 e 2012. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes ao início da doença foi de 38,5 ± 12,9 anos, e a duração da doença de 4,5 ± 6,4 anos. Setenta por cento dos pacientes eram brancos e 85% eram mulheres. Sintomas constitucionais ocorreram em 90% dos casos. Todos apresentavam fraqueza muscular objetiva dos membros; ao diagnóstico, 30% encontravam-se acamados e 65% com disfagia alta. Envolvimento articular, pulmonar e fenômeno de Raynaud ocorreram, respectivamente, em 50%, 40% e 65% dos casos; mais da metade dos pacientes apresentava pneumopatia incipiente, opacidade em vidro-fosco e/ou fibrose pulmonar. Não houve casos de envolvimento neurológico e/ou cardíaco. Todos receberam prednisona e, como poupadores dessa medicação, diferentes imunossupressores, dependendo da tolerância, efeitos colaterais e/ou refratariedade da doença. De relevância, os pacientes com anti-EJ apresentaram maiores taxas de recidiva. Dois pacientes evoluíram para óbito ao longo do seguimento, e um paciente teve neoplasia mamária na ocasião do diagnóstico da doença. CONCLUSÕES: A SAS (anti-PL-7, PL-12 e EJ) afetou predominantemente mulheres brancas. Embora os autoanticorpos descritos no presente estudo estejam mais relacionados com o acometimento pulmonar comparativamente ao articular, nossos pacientes apresentaram uma porcentagem significativa de ambos e com percentagem alta de miopatia. Além disso, houve menor taxa de mortalidade.
id SBR-1_32019877d1fdb4411d5b5c97597695cf
oai_identifier_str oai:scielo:S0482-50042013000400007
network_acronym_str SBR-1
network_name_str Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
repository_id_str
spelling Síndrome antissintetase: anti-PL-7, anti-PL-12 e anti-EJAminoacil-tRNA sintetasesMiopatia inflamatóriaMiositeSíndrome antissintetaseOBJETIVOS: Devido à escassez de trabalhos na literatura, realizamos análise de uma série de pacientes com síndrome antissintetase (SAS) do tipo anti-PL-7, PL-12 e EJ. MÉTODOS: Estudo de coorte, retrospectivo, envolvendo 20 pacientes com SAS (8 com anti-PL-7, 6 com PL-12, 6 com EJ), em acompanhamento em nosso serviço, entre 1982 e 2012. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes ao início da doença foi de 38,5 ± 12,9 anos, e a duração da doença de 4,5 ± 6,4 anos. Setenta por cento dos pacientes eram brancos e 85% eram mulheres. Sintomas constitucionais ocorreram em 90% dos casos. Todos apresentavam fraqueza muscular objetiva dos membros; ao diagnóstico, 30% encontravam-se acamados e 65% com disfagia alta. Envolvimento articular, pulmonar e fenômeno de Raynaud ocorreram, respectivamente, em 50%, 40% e 65% dos casos; mais da metade dos pacientes apresentava pneumopatia incipiente, opacidade em vidro-fosco e/ou fibrose pulmonar. Não houve casos de envolvimento neurológico e/ou cardíaco. Todos receberam prednisona e, como poupadores dessa medicação, diferentes imunossupressores, dependendo da tolerância, efeitos colaterais e/ou refratariedade da doença. De relevância, os pacientes com anti-EJ apresentaram maiores taxas de recidiva. Dois pacientes evoluíram para óbito ao longo do seguimento, e um paciente teve neoplasia mamária na ocasião do diagnóstico da doença. CONCLUSÕES: A SAS (anti-PL-7, PL-12 e EJ) afetou predominantemente mulheres brancas. Embora os autoanticorpos descritos no presente estudo estejam mais relacionados com o acometimento pulmonar comparativamente ao articular, nossos pacientes apresentaram uma porcentagem significativa de ambos e com percentagem alta de miopatia. Além disso, houve menor taxa de mortalidade.Sociedade Brasileira de Reumatologia2013-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042013000400007Revista Brasileira de Reumatologia v.53 n.4 2013reponame:Revista Brasileira de Reumatologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)instacron:SBR10.1590/S0482-50042013000400007info:eu-repo/semantics/openAccessSouza,Fernando Henrique Carlos deCruellas,Marcela Gran PinaLevy-Neto,MauricioShinjo,Samuel Katsuyukipor2013-11-06T00:00:00Zoai:scielo:S0482-50042013000400007Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0482-5004&lng=pt&nrm=isoONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbre@terra.com.br1809-45700482-5004opendoar:2013-11-06T00:00Revista Brasileira de Reumatologia (Online) - Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)false
dc.title.none.fl_str_mv Síndrome antissintetase: anti-PL-7, anti-PL-12 e anti-EJ
title Síndrome antissintetase: anti-PL-7, anti-PL-12 e anti-EJ
spellingShingle Síndrome antissintetase: anti-PL-7, anti-PL-12 e anti-EJ
Souza,Fernando Henrique Carlos de
Aminoacil-tRNA sintetases
Miopatia inflamatória
Miosite
Síndrome antissintetase
title_short Síndrome antissintetase: anti-PL-7, anti-PL-12 e anti-EJ
title_full Síndrome antissintetase: anti-PL-7, anti-PL-12 e anti-EJ
title_fullStr Síndrome antissintetase: anti-PL-7, anti-PL-12 e anti-EJ
title_full_unstemmed Síndrome antissintetase: anti-PL-7, anti-PL-12 e anti-EJ
title_sort Síndrome antissintetase: anti-PL-7, anti-PL-12 e anti-EJ
author Souza,Fernando Henrique Carlos de
author_facet Souza,Fernando Henrique Carlos de
Cruellas,Marcela Gran Pina
Levy-Neto,Mauricio
Shinjo,Samuel Katsuyuki
author_role author
author2 Cruellas,Marcela Gran Pina
Levy-Neto,Mauricio
Shinjo,Samuel Katsuyuki
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Souza,Fernando Henrique Carlos de
Cruellas,Marcela Gran Pina
Levy-Neto,Mauricio
Shinjo,Samuel Katsuyuki
dc.subject.por.fl_str_mv Aminoacil-tRNA sintetases
Miopatia inflamatória
Miosite
Síndrome antissintetase
topic Aminoacil-tRNA sintetases
Miopatia inflamatória
Miosite
Síndrome antissintetase
description OBJETIVOS: Devido à escassez de trabalhos na literatura, realizamos análise de uma série de pacientes com síndrome antissintetase (SAS) do tipo anti-PL-7, PL-12 e EJ. MÉTODOS: Estudo de coorte, retrospectivo, envolvendo 20 pacientes com SAS (8 com anti-PL-7, 6 com PL-12, 6 com EJ), em acompanhamento em nosso serviço, entre 1982 e 2012. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes ao início da doença foi de 38,5 ± 12,9 anos, e a duração da doença de 4,5 ± 6,4 anos. Setenta por cento dos pacientes eram brancos e 85% eram mulheres. Sintomas constitucionais ocorreram em 90% dos casos. Todos apresentavam fraqueza muscular objetiva dos membros; ao diagnóstico, 30% encontravam-se acamados e 65% com disfagia alta. Envolvimento articular, pulmonar e fenômeno de Raynaud ocorreram, respectivamente, em 50%, 40% e 65% dos casos; mais da metade dos pacientes apresentava pneumopatia incipiente, opacidade em vidro-fosco e/ou fibrose pulmonar. Não houve casos de envolvimento neurológico e/ou cardíaco. Todos receberam prednisona e, como poupadores dessa medicação, diferentes imunossupressores, dependendo da tolerância, efeitos colaterais e/ou refratariedade da doença. De relevância, os pacientes com anti-EJ apresentaram maiores taxas de recidiva. Dois pacientes evoluíram para óbito ao longo do seguimento, e um paciente teve neoplasia mamária na ocasião do diagnóstico da doença. CONCLUSÕES: A SAS (anti-PL-7, PL-12 e EJ) afetou predominantemente mulheres brancas. Embora os autoanticorpos descritos no presente estudo estejam mais relacionados com o acometimento pulmonar comparativamente ao articular, nossos pacientes apresentaram uma porcentagem significativa de ambos e com percentagem alta de miopatia. Além disso, houve menor taxa de mortalidade.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-08-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042013000400007
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042013000400007
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0482-50042013000400007
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Reumatologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Reumatologia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Reumatologia v.53 n.4 2013
reponame:Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)
instacron:SBR
instname_str Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)
instacron_str SBR
institution SBR
reponame_str Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
collection Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Reumatologia (Online) - Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)
repository.mail.fl_str_mv ||sbre@terra.com.br
_version_ 1750318050490449920