Ciclofosfamida: eficaz no tratamento do quadro cutâneo grave da esclerose sistêmica
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042009000300008 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A esclerose sistêmica (ES) é uma doença reumatológica caracterizada por inflamação autoimune, vasculopatia e fibrose da pele e de vários órgãos. Poucos tratamentos são considerados eficazes para a doença com intenso envolvimento de pele como a ES na forma difusa. Portanto, avaliamos a eficácia da ciclofosfamida no tratamento de pacientes com ES difusa grave. PACIENTES E MÉTODOS: Nove pacientes com ES difusa (Critérios do Colégio Americano de Reumatologia [ACR]) com escore de Rodnan de pele modificado (ERM) > 30 (0-51) foram submetidos ao tratamento com ciclofosfamida (CFM) EV na dose de 0,5 a 1,0 g/m² mensal por 18 meses, totalizando 18 pulsos. Além da realização do ERM a cada seis meses, exames laboratoriais e avaliação de efeitos adversos foram também analisados. Pacientes com doença pulmonar e envolvimento cardíaco foram excluídos. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era do sexo feminino (77%), com média de idade de 41,7 anos e tempo de doença de 2,2 anos. Observou-se redução significativa do ERM de 37,7 ± 4,08 para 29,1 ± 8,13 após 12 meses de tratamento (P = 0,009). Sete pacientes completaram 18 meses de CFM e com redução persistente do ERM (média ERM = 26,4; P = 0,01). Houve também uma redução da proteína C-reativa (PCR) (média inicial PCR = 8,9 mg/dL) quando comparada com valores após 18 meses de tratamento (média PCR = 3,09 mg/dL; P = 0,04). Não foram observadas infecções, alterações urinárias e/ou quadro hematológico importante durante todo o tratamento. CONCLUSÃO: Nesta amostra de pacientes, o tratamento com a CFM foi eficaz e pode ser considerado como terapia alternativa para pacientes com ES e envolvimento cutâneo grave. |
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