Níveis séricos de homocisteína em crianças e adolescentes com comprometimento da saúde óssea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rehackova,Petra
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Skalova,Sylva, Kutilek,Stepan
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042013000600004
Resumo: INTRODUÇÃO: Foi documentada uma associação entre níveis séricos elevados de homocisteína (S-Hci) e baixa densidade mineral óssea (DMO) e aumento do risco de fratura em mulheres na pós-menopausa. São escassos os dados concernentes à S-Hci e à saúde óssea em crianças. OBJETIVO: Avaliar S-Hci em crianças e adolescentes com comprometimento da saúde óssea e procurar por relações com dados clínicos e laboratoriais. PACIENTES E MÉTODOS: Avaliamos os níveis de S-Hci em 37 crianças e adolescentes (22 meninos e 15 meninas; média de idade, 13,9 ± 3,5 anos) com fraturas prevalentes por trauma de baixa energia (média 3,3 ± 2,3 por paciente) e/ou baixa DMO espinhal/L1-L4 (escore Z abaixo de -2 DP; DXA Lunar GE). Também avaliamos S-ALP, CrossLaps sérico (S-Hci-CrossLaps), osteocalcina (S-OC), altura, peso corporal, índice de massa corporal (IMC) e níveis séricos de folato e vitamina B12. Por ocasião da avaliação, as crianças não estavam tomando qualquer medicação que sabidamente influenciasse o metabolismo ósseo. Os parâmetros dependentes de idade foram expressos como escores Z ± DP. RESULTADOS: O escore Z para S-Hci foi significativamente mais alto (1,3 ± 1,5; P < 0,0001) e o escore Z de para DMO/L1-L4 foi significativamente mais baixo (-1,7 ± 1,3; P < 0,0001), respectivamente, em comparação com os valores de referência. S-ALP não diferiu dos valores de referência (P = 0,88), enquanto S-CrossLaps e S-osteocalcina foram mais elevados (1,2 ± 1,8 e 0,4 ± 0,5; P = 0,0001 e P = 0,001, respectivamente). S-Hci estava inversamente correlacionada com DMO/L1-L4 (r = -0,33; P = 0,05) e S-ALP (r = -0,36; P = 0,04) não tendo relação com o número de fraturas prevalentes (r = 0,01), S-osteocalcina (r = -0,22) ou S-CrossLaps (r = 0,003). CONCLUSÃO: Esses resultados sugerem aumento na remodelação óssea e uma influência negativa da S-Hci elevada na formação óssea e na DMO em crianças e adolescentes com fraturas recorrentes.
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