Capilaroscopia periungueal pode sugerir atividade de doença pulmonar na esclerose sistêmica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bredemeier,Markus
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Xavier,Ricardo Machado, Capobianco,Karina Gatz, Restelli,Vicente Gregório, Rohde,Luis Eduardo Paim, Pinotti,Antônio Fernando Furlan, Pitrez,Eduardo Hennemann, Vieira,Marcelo Vasconcelos, Fontoura,Maria Ângela, Brenol,João Carlos Tavares
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042004000100006
Resumo: OBJETIVO: Estudar a associação entre alterações capilaroscópicas e lesões em órgãos-alvo na esclerose sistêmica (ES). MÉTODOS: Noventa e um pacientes com ES foram avaliados através de entrevista, exame físico, capilaroscopia periungueal (CPU), sorologia, provas de função pulmonar, cintilografia de trânsito esofágico, ecocardiografia com Doppler e tomografia computadorizada de alta resolução pulmonar (TCAR). A deleção capilar na CPU foi avaliada usando o escore de deleção vascular de Lee; consideraram-se alterações severas na CPU um escore médio de deleção &gt;1 ou número médio de megacapilares por dedo &gt;1 para fins de análise. Hipertensão arterial pulmonar (HAP) foi definida como pressão sistólica na artéria pulmonar &gt;40 mmHg. RESULTADOS: Pacientes com alterações capilaroscópicas severas apresentaram maior prevalência de áreas de opacidades em vidro-fosco (OVF) (P=0,016), redução da capacidade difusional pulmonar (P=0,026) e disfunção esofágica (P=0,001). HAP ocorreu somente em pacientes com alterações severas na CPU (P=0,114). Naqueles com duração de doença <5 anos, OVF estavam presentes em 14 de 19 pacientes com alterações severas na CPU, mas não estavam presentes nos 8 pacientes com alterações capilaroscópicas leves ou ausentes (P<0,001). Nesse subgrupo, nenhuma outra variável clínica ou laboratorial associou-se à presença de OVF. O uso de curvas ROC mostrou uma boa capacidade da CPU em discriminar pacientes com e sem o desfecho combinado de HAP ou doença intersticial pulmonar em pacientes com duração de doença < 5 anos. CONCLUSÕES: A severidade das anormalidades da CPU está associada com dano em órgãos-alvo na ES. A CPU pode indicar a presença de doença pulmonar ativa (representada por áreas de opacidades em vidro-fosco na TCAR) na ES de duração relativamente curta.
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