Autoanticorpos em pacientes com hanseníase, com e sem comprometimento articular, no Estado do Amazonas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro,S.L.E
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Pereira,H.L.A, Silva,N.P, Sato,E.I
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042009000500006
Resumo: OBJETIVOS: Determinar a frequência do fator reumatoide (FR-IgM), anticorpos antipeptídeos citrulinados cíclicos (anti-CCP), antinucleares (AAN), anticitoplasma de neutrófilos (ANCA), anticardiolipina (aCL) e anti-β2 glicoproteína I (anti-β2GPI) em pacientes com hanseníase, com e sem comprometimento articular, avaliando a possível associação entre estes autoanticorpos e as manifestações articulares, a forma clínica, a reação hansênica, o tratamento com poliquimioterapia (PQT) e a alta. PACIENTES E MÉTODOS: 158 pacientes com hanseníase foram distribuídos em dois grupos; 73 pacientes com (Grupo I) e 82 sem comprometimento articular (Grupo II). Compuseram o Grupo III 129 indivíduos saudáveis. MÉTODOS: aglutinação com partículas de látex para FR-IgM, imunofluorescência indireta para AAN e ANCA, e, ELISA para anti-CCP, aCL e anti-β2GPI. RESULTADOS: Dentre 158 pacientes com hanseníase, 56 apresentavam a forma virchowiana (VV). A frequência de anticorpos anti-CCP, FR e AAN nos Grupos I e II foi semelhante à do Grupo III. ANCA não foi detectado em nenhum dos grupos. Anticorpos aCL foram mais frequentes nos pacientes com hanseníase (Grupos I e II) que em controles sadios (15,8% vs. 3,1%; P < 0,001), não sendo observada diferença entre Grupos I e II (P = 0,67). Anticorpos anti-β2GPI também foram mais frequentes nos pacientes que nos controles (46,2% vs. 9,4; P < 0,001), sem diferença significativa entre os Grupos I e II. Houve predomínio do isotipo IgM com relação ao IgG tanto para aCL (88% vs. 16%, P = 0,001), quanto para anti-β2GPI (97,3% vs. 12,3%, P < 0,001). Nenhum paciente apresentou manifestações sugestivas de trombose vascular. CONCLUSÃO: A frequência de anticorpos aCL e anti-β2GPI foi significativamente maior nos pacientes com hanseníase que nos controles saudáveis. Entretanto, a positividade dos demais autoanticorpos foi semelhante à dos controles. Não foi observada associação entre autoanticorpos e comprometimento articular, episódios reacionais, tratamento com PQT ou alta, nem com a forma clínica da hanseníase, exceto para anticorpos aCL que foram mais frequentes na forma clínica VV.
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