Alterações oftalmológicas decorrentes do tratamento do lúpus eritematoso sistêmico juvenil
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042011000600003 |
Resumo: | OBJETIVO: Avaliar retrospectivamente as alterações oftalmológicas de crianças e adolescentes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ) em um serviço de reumatologia pediátrica terciário. MÉTODOS: Avaliamos 117 pacientes com LESJ (85,5% do gênero feminino, 60,7% não caucasoides) com média de idade de 10,4 anos e média de tempo de evolução da doença de 5,4 anos que preenchiam no mínimo quatro critérios de classificação do LES de acordo com o American College of Rheumatology de 1997. Aplicamos um protocolo que continha dados clínicos e demográficos, queixas e alterações oftalmológicas, idade do início, tempo de uso e dose cumulativa das medicações. RESULTADOS: Dos 117 pacientes, 24 (20,5%) apresentaram alterações oftalmológicas. Destes, 16 apresentaram alteração de fundo de olho associada a hipertensão arterial sistêmica e/ou uso de cloroquina, quatro apresentaram catarata, dois apresentaram glaucoma e dois apresentaram catarata e glaucoma. A média de idade do aparecimento das alterações oftalmológicas foi de 14,1 anos. Os pacientes com alterações oftalmológicas receberam, estatisticamente, maiores doses e tempos de pulsoterapia de glicocorticoide em relação aos pacientes sem alterações oftalmológicas [1,5 (0,4-1,6) versus 1 (0,2-1,6) mg/kg, P = 0,003; 25,7 (2-99) versus 17,8 (1-114) meses, P = 0,0001; respectivamente]. CONCLUSÃO: Verificamos alta prevalência de alterações oftalmológicas relacionadas principalmente ao tratamento do LESJ, o que demonstra a necessidade de avaliações regulares mesmo em pacientes assintomáticos, visando ao diagnóstico e intervenção precoces e à diminuição da morbidade ocular relacionada a essa doença. |
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