Viabilidade da mensuração de marcadores de remodelação óssea em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042015000200133 |
Resumo: | Objetivo: Investigar a viabilidade dos marcadores de remodelação óssea (MRO) na avaliação do metabolismo ósseo em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES), de acordo com as diretrizes da International Osteoporosis Foundation e da International Federation of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine. Métodos: O estudo incluiu 43 pacientes do sexo feminino com LES. Foram medidos os níveis séricos de propeptídeo N-terminal do procolágeno tipo I (PINP), telopeptídeo C-terminal do colágeno tipo I (CTX), osteocalcina, HPT, 25(OH)D, anticorpos anticardiolipina, antidsDNA e antinucleossomo. Resultados: Os níveis de PINP e CTX estavam elevados em pacientes com LES com idade > 45, em comparação com aqueles com idade < 45 anos, embora com significância estatística limítrofe (p = 0,05). Foram encontradas correlações entre os MRO: a mais forte foi entre o PINP e a osteocalcina (τ = 0,69, p < 0,05). Encontrou-se que o PINP e a osteocalcina estão correlacionados com o HPT (τ = 0,3, τ = 0,29, respectivamente, p < 0,05). A idade estava correlacionada com o PINP (τ = 0,23, p < 0,05). Valores elevados de PINP foram encontrados em maior frequência do que valores elevados de osteocalcina ou CTX, tanto em pacientes com idade < 45 (p = 0,001) quanto > 45 (p < 0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa nos níveis de PINP, osteocalcina ou CTX com relação à estação do ano, nem em todo o grupo de pacientes com LES, nem naqueles com mais ou menos de 45 anos. O uso prévio de glucocorticoides não esteve associado a diferenças nos MRO. Conclusões: O aumento nos MRO no LES parece refletir predominantemente o padrão de remodelação óssea relacionado com a idade. Pode-se esperar que o PINP aumentado seja o desfecho mais comumente encontrado entre os MRO. É necessário incluir melhores diagnósticos de distúrbios ósseos com MRO, feitos de acordo com as normas internacionais de referência, na abordagem de pacientes com LES, além de avaliar a densidade mineral óssea. |
id |
SBR-1_805c20bff3bc933a57ab2e0c83ff9d2e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0482-50042015000200133 |
network_acronym_str |
SBR-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Viabilidade da mensuração de marcadores de remodelação óssea em mulheres com lúpus eritematoso sistêmicoRemodelação ósseaLúpus eritematoso sistêmicoProcolágenoOsteocalcinaVitamina D Objetivo: Investigar a viabilidade dos marcadores de remodelação óssea (MRO) na avaliação do metabolismo ósseo em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES), de acordo com as diretrizes da International Osteoporosis Foundation e da International Federation of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine. Métodos: O estudo incluiu 43 pacientes do sexo feminino com LES. Foram medidos os níveis séricos de propeptídeo N-terminal do procolágeno tipo I (PINP), telopeptídeo C-terminal do colágeno tipo I (CTX), osteocalcina, HPT, 25(OH)D, anticorpos anticardiolipina, antidsDNA e antinucleossomo. Resultados: Os níveis de PINP e CTX estavam elevados em pacientes com LES com idade > 45, em comparação com aqueles com idade < 45 anos, embora com significância estatística limítrofe (p = 0,05). Foram encontradas correlações entre os MRO: a mais forte foi entre o PINP e a osteocalcina (τ = 0,69, p < 0,05). Encontrou-se que o PINP e a osteocalcina estão correlacionados com o HPT (τ = 0,3, τ = 0,29, respectivamente, p < 0,05). A idade estava correlacionada com o PINP (τ = 0,23, p < 0,05). Valores elevados de PINP foram encontrados em maior frequência do que valores elevados de osteocalcina ou CTX, tanto em pacientes com idade < 45 (p = 0,001) quanto > 45 (p < 0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa nos níveis de PINP, osteocalcina ou CTX com relação à estação do ano, nem em todo o grupo de pacientes com LES, nem naqueles com mais ou menos de 45 anos. O uso prévio de glucocorticoides não esteve associado a diferenças nos MRO. Conclusões: O aumento nos MRO no LES parece refletir predominantemente o padrão de remodelação óssea relacionado com a idade. Pode-se esperar que o PINP aumentado seja o desfecho mais comumente encontrado entre os MRO. É necessário incluir melhores diagnósticos de distúrbios ósseos com MRO, feitos de acordo com as normas internacionais de referência, na abordagem de pacientes com LES, além de avaliar a densidade mineral óssea. Sociedade Brasileira de Reumatologia2015-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042015000200133Revista Brasileira de Reumatologia v.55 n.2 2015reponame:Revista Brasileira de Reumatologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)instacron:SBR10.1016/j.rbr.2014.10.004info:eu-repo/semantics/openAccessBogaczewicz,JaroslawKarczmarewicz,ElzbietaPludowski,PawelZabek,JakubKowalski,JanLukaszkiewicz,JacekWozniacka,Annapor2015-09-01T00:00:00Zoai:scielo:S0482-50042015000200133Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0482-5004&lng=pt&nrm=isoONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbre@terra.com.br1809-45700482-5004opendoar:2015-09-01T00:00Revista Brasileira de Reumatologia (Online) - Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Viabilidade da mensuração de marcadores de remodelação óssea em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico |
title |
Viabilidade da mensuração de marcadores de remodelação óssea em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico |
spellingShingle |
Viabilidade da mensuração de marcadores de remodelação óssea em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico Bogaczewicz,Jaroslaw Remodelação óssea Lúpus eritematoso sistêmico Procolágeno Osteocalcina Vitamina D |
title_short |
Viabilidade da mensuração de marcadores de remodelação óssea em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico |
title_full |
Viabilidade da mensuração de marcadores de remodelação óssea em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico |
title_fullStr |
Viabilidade da mensuração de marcadores de remodelação óssea em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico |
title_full_unstemmed |
Viabilidade da mensuração de marcadores de remodelação óssea em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico |
title_sort |
Viabilidade da mensuração de marcadores de remodelação óssea em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico |
author |
Bogaczewicz,Jaroslaw |
author_facet |
Bogaczewicz,Jaroslaw Karczmarewicz,Elzbieta Pludowski,Pawel Zabek,Jakub Kowalski,Jan Lukaszkiewicz,Jacek Wozniacka,Anna |
author_role |
author |
author2 |
Karczmarewicz,Elzbieta Pludowski,Pawel Zabek,Jakub Kowalski,Jan Lukaszkiewicz,Jacek Wozniacka,Anna |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bogaczewicz,Jaroslaw Karczmarewicz,Elzbieta Pludowski,Pawel Zabek,Jakub Kowalski,Jan Lukaszkiewicz,Jacek Wozniacka,Anna |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Remodelação óssea Lúpus eritematoso sistêmico Procolágeno Osteocalcina Vitamina D |
topic |
Remodelação óssea Lúpus eritematoso sistêmico Procolágeno Osteocalcina Vitamina D |
description |
Objetivo: Investigar a viabilidade dos marcadores de remodelação óssea (MRO) na avaliação do metabolismo ósseo em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES), de acordo com as diretrizes da International Osteoporosis Foundation e da International Federation of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine. Métodos: O estudo incluiu 43 pacientes do sexo feminino com LES. Foram medidos os níveis séricos de propeptídeo N-terminal do procolágeno tipo I (PINP), telopeptídeo C-terminal do colágeno tipo I (CTX), osteocalcina, HPT, 25(OH)D, anticorpos anticardiolipina, antidsDNA e antinucleossomo. Resultados: Os níveis de PINP e CTX estavam elevados em pacientes com LES com idade > 45, em comparação com aqueles com idade < 45 anos, embora com significância estatística limítrofe (p = 0,05). Foram encontradas correlações entre os MRO: a mais forte foi entre o PINP e a osteocalcina (τ = 0,69, p < 0,05). Encontrou-se que o PINP e a osteocalcina estão correlacionados com o HPT (τ = 0,3, τ = 0,29, respectivamente, p < 0,05). A idade estava correlacionada com o PINP (τ = 0,23, p < 0,05). Valores elevados de PINP foram encontrados em maior frequência do que valores elevados de osteocalcina ou CTX, tanto em pacientes com idade < 45 (p = 0,001) quanto > 45 (p < 0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa nos níveis de PINP, osteocalcina ou CTX com relação à estação do ano, nem em todo o grupo de pacientes com LES, nem naqueles com mais ou menos de 45 anos. O uso prévio de glucocorticoides não esteve associado a diferenças nos MRO. Conclusões: O aumento nos MRO no LES parece refletir predominantemente o padrão de remodelação óssea relacionado com a idade. Pode-se esperar que o PINP aumentado seja o desfecho mais comumente encontrado entre os MRO. É necessário incluir melhores diagnósticos de distúrbios ósseos com MRO, feitos de acordo com as normas internacionais de referência, na abordagem de pacientes com LES, além de avaliar a densidade mineral óssea. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-04-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042015000200133 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042015000200133 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1016/j.rbr.2014.10.004 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Reumatologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Reumatologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Reumatologia v.55 n.2 2015 reponame:Revista Brasileira de Reumatologia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) instacron:SBR |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) |
instacron_str |
SBR |
institution |
SBR |
reponame_str |
Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Reumatologia (Online) - Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) |
repository.mail.fl_str_mv |
||sbre@terra.com.br |
_version_ |
1750318050972794880 |