Citocinas pró-inflamatórias e dor
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042006000300007 |
Resumo: | Este artigo revisa a interação entre citocinas, células da glia e o mecanismo de dor. O ser vivo é capaz de identificar um estímulo agressivo e memorizá-lo para sua defesa diante de uma nova ameaça, através de fenômenos motores de retirada e ativação do sistema nervoso simpático. Como as células da glia possuem os mesmos sistemas de receptores e de transdutores do sinal que os neurônios, há interação dinâmica entre essas células na amplificação da resposta neuronal à agressão periférica ou central. Em ambas, a lesão tissular ativa as células endoteliais, a micróglia e os astrócitos, com conseqüente infiltração de células do sistema imune no local da agressão, e a produção de citocinas e de quimiocinas. De forma que, na persistência do estímulo agressivo local, as propriedades auto-regulatórias da resposta glial não seriam mais capazes de manter adequadamente a homeostase bioquímica, evoluindo o neurônio para disfunção celular e morte programada. Por outro lado, em doenças que cursam com processo inflamatório agudo ou crônico, é possível que as citocinas induzam o organismo a criar uma série de respostas na tentativa de acelerar as reações enzimáticas defensivas, reduzir a replicação de patógenos, aumentar a proliferação de células imune, imobilizar a área que foi lesada e conservar energia. Desse modo, as citocinas podem ser reconhecidas por neurônios e utilizadas para desencadear diversas reações intracelulares que irão determinar alterações na atividade elétrica do nervo por tempo indefinido. |
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