Análise da associação da fadiga com variáveis clínicas e psicológicas em uma série de 371 pacientes brasileiros com artrite reumatoide

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bianchi,Washington A.
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Elias,Fernanda R., Pinheiro,Geraldo da Rocha Castelar, Gayer,Carlos Roberto Machado, Carneiro,Claudio, Grynzpan,Rachel, Hamdan,Paulo, Carneiro,Sueli
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042014000300200
Resumo: Objetivos: A fadiga é um sintoma altamente subjetivo e extremamente comum em pacientes com artrite reumatoide, embora seja difícil de caracterizar e definir. O objetivo desse estudo foi avaliar a fadiga em uma coorte de pacientes brasileiros e analisar a relação entre fadiga e variáveis específicas da doença. Métodos: Foram prospectivamente investigados 371 pacientes brasileiros diagnosticados com artrite reumatoide, de acordo com os critérios de classificação do Colégio Americano de Reumatologia de 1987. Dados demográficos, clínicos e laboratoriais foram obtidos dos registros clínicos. Foram registrados o número de articulações dolorosas, índice de massa corporal, duração da doença, qualidade de vida, capacidade funcional, ansiedade e depressão. A fadiga foi avaliada com o uso da subescala específica da escala Fatigue Assessment of Chronic Illness Therapy (FACIT-FATIGUE). Resultados: O escore mediano para fadiga foi 42 (10), negativamente correlacionado com a capacidade funcional (-0,507; p < 0,001), ansiedade e depressão (-0,542 e -0,545; p < 0,001, respectivamente) e predominantemente com o domínio físico do questionário Short Form-36 para qualidade de vida (SF-36P: 0,584; p < 0,001). Não houve correlação entre os escores e a velocidade de sedimentação das hemácias (-0,118; p <0,05), proteína C reativa (-0,089; p < 0,05), atividade da doença (-0,250;p < 0,001) ou número de articulações dolorosas (-0,135; p < 0,01). Para todas as medidas foi aplicado um intervalo de confiança de 95%. Conclusões: Nesta série de pacientes brasileiros com artrite reumatoide, sugerimos um novo significado para as queixas de fadiga como um parâmetro independente não relacionado com o número de articulações dolorosas ou escores de atividade inflamatória. Parece haver maior relação entre transtornos psicológicos e funcionais com a fadiga. Seriam importantes novos estudos e uso rotineiro de medidas padronizadas para a monitorização das queixas de fadiga.
id SBR-1_ede31955ca3112ee1663ffd1a1f71838
oai_identifier_str oai:scielo:S0482-50042014000300200
network_acronym_str SBR-1
network_name_str Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
repository_id_str
spelling Análise da associação da fadiga com variáveis clínicas e psicológicas em uma série de 371 pacientes brasileiros com artrite reumatoideArtrite reumatoideFadigaAtividade da doençaQualidade de vidaDor Objetivos: A fadiga é um sintoma altamente subjetivo e extremamente comum em pacientes com artrite reumatoide, embora seja difícil de caracterizar e definir. O objetivo desse estudo foi avaliar a fadiga em uma coorte de pacientes brasileiros e analisar a relação entre fadiga e variáveis específicas da doença. Métodos: Foram prospectivamente investigados 371 pacientes brasileiros diagnosticados com artrite reumatoide, de acordo com os critérios de classificação do Colégio Americano de Reumatologia de 1987. Dados demográficos, clínicos e laboratoriais foram obtidos dos registros clínicos. Foram registrados o número de articulações dolorosas, índice de massa corporal, duração da doença, qualidade de vida, capacidade funcional, ansiedade e depressão. A fadiga foi avaliada com o uso da subescala específica da escala Fatigue Assessment of Chronic Illness Therapy (FACIT-FATIGUE). Resultados: O escore mediano para fadiga foi 42 (10), negativamente correlacionado com a capacidade funcional (-0,507; p < 0,001), ansiedade e depressão (-0,542 e -0,545; p < 0,001, respectivamente) e predominantemente com o domínio físico do questionário Short Form-36 para qualidade de vida (SF-36P: 0,584; p < 0,001). Não houve correlação entre os escores e a velocidade de sedimentação das hemácias (-0,118; p <0,05), proteína C reativa (-0,089; p < 0,05), atividade da doença (-0,250;p < 0,001) ou número de articulações dolorosas (-0,135; p < 0,01). Para todas as medidas foi aplicado um intervalo de confiança de 95%. Conclusões: Nesta série de pacientes brasileiros com artrite reumatoide, sugerimos um novo significado para as queixas de fadiga como um parâmetro independente não relacionado com o número de articulações dolorosas ou escores de atividade inflamatória. Parece haver maior relação entre transtornos psicológicos e funcionais com a fadiga. Seriam importantes novos estudos e uso rotineiro de medidas padronizadas para a monitorização das queixas de fadiga. Sociedade Brasileira de Reumatologia2014-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042014000300200Revista Brasileira de Reumatologia v.54 n.3 2014reponame:Revista Brasileira de Reumatologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)instacron:SBR10.1016/j.rbr.2013.11.001info:eu-repo/semantics/openAccessBianchi,Washington A.Elias,Fernanda R.Pinheiro,Geraldo da Rocha CastelarGayer,Carlos Roberto MachadoCarneiro,ClaudioGrynzpan,RachelHamdan,PauloCarneiro,Suelipor2015-08-27T00:00:00Zoai:scielo:S0482-50042014000300200Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0482-5004&lng=pt&nrm=isoONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbre@terra.com.br1809-45700482-5004opendoar:2015-08-27T00:00Revista Brasileira de Reumatologia (Online) - Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)false
dc.title.none.fl_str_mv Análise da associação da fadiga com variáveis clínicas e psicológicas em uma série de 371 pacientes brasileiros com artrite reumatoide
title Análise da associação da fadiga com variáveis clínicas e psicológicas em uma série de 371 pacientes brasileiros com artrite reumatoide
spellingShingle Análise da associação da fadiga com variáveis clínicas e psicológicas em uma série de 371 pacientes brasileiros com artrite reumatoide
Bianchi,Washington A.
Artrite reumatoide
Fadiga
Atividade da doença
Qualidade de vida
Dor
title_short Análise da associação da fadiga com variáveis clínicas e psicológicas em uma série de 371 pacientes brasileiros com artrite reumatoide
title_full Análise da associação da fadiga com variáveis clínicas e psicológicas em uma série de 371 pacientes brasileiros com artrite reumatoide
title_fullStr Análise da associação da fadiga com variáveis clínicas e psicológicas em uma série de 371 pacientes brasileiros com artrite reumatoide
title_full_unstemmed Análise da associação da fadiga com variáveis clínicas e psicológicas em uma série de 371 pacientes brasileiros com artrite reumatoide
title_sort Análise da associação da fadiga com variáveis clínicas e psicológicas em uma série de 371 pacientes brasileiros com artrite reumatoide
author Bianchi,Washington A.
author_facet Bianchi,Washington A.
Elias,Fernanda R.
Pinheiro,Geraldo da Rocha Castelar
Gayer,Carlos Roberto Machado
Carneiro,Claudio
Grynzpan,Rachel
Hamdan,Paulo
Carneiro,Sueli
author_role author
author2 Elias,Fernanda R.
Pinheiro,Geraldo da Rocha Castelar
Gayer,Carlos Roberto Machado
Carneiro,Claudio
Grynzpan,Rachel
Hamdan,Paulo
Carneiro,Sueli
author2_role author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Bianchi,Washington A.
Elias,Fernanda R.
Pinheiro,Geraldo da Rocha Castelar
Gayer,Carlos Roberto Machado
Carneiro,Claudio
Grynzpan,Rachel
Hamdan,Paulo
Carneiro,Sueli
dc.subject.por.fl_str_mv Artrite reumatoide
Fadiga
Atividade da doença
Qualidade de vida
Dor
topic Artrite reumatoide
Fadiga
Atividade da doença
Qualidade de vida
Dor
description Objetivos: A fadiga é um sintoma altamente subjetivo e extremamente comum em pacientes com artrite reumatoide, embora seja difícil de caracterizar e definir. O objetivo desse estudo foi avaliar a fadiga em uma coorte de pacientes brasileiros e analisar a relação entre fadiga e variáveis específicas da doença. Métodos: Foram prospectivamente investigados 371 pacientes brasileiros diagnosticados com artrite reumatoide, de acordo com os critérios de classificação do Colégio Americano de Reumatologia de 1987. Dados demográficos, clínicos e laboratoriais foram obtidos dos registros clínicos. Foram registrados o número de articulações dolorosas, índice de massa corporal, duração da doença, qualidade de vida, capacidade funcional, ansiedade e depressão. A fadiga foi avaliada com o uso da subescala específica da escala Fatigue Assessment of Chronic Illness Therapy (FACIT-FATIGUE). Resultados: O escore mediano para fadiga foi 42 (10), negativamente correlacionado com a capacidade funcional (-0,507; p < 0,001), ansiedade e depressão (-0,542 e -0,545; p < 0,001, respectivamente) e predominantemente com o domínio físico do questionário Short Form-36 para qualidade de vida (SF-36P: 0,584; p < 0,001). Não houve correlação entre os escores e a velocidade de sedimentação das hemácias (-0,118; p <0,05), proteína C reativa (-0,089; p < 0,05), atividade da doença (-0,250;p < 0,001) ou número de articulações dolorosas (-0,135; p < 0,01). Para todas as medidas foi aplicado um intervalo de confiança de 95%. Conclusões: Nesta série de pacientes brasileiros com artrite reumatoide, sugerimos um novo significado para as queixas de fadiga como um parâmetro independente não relacionado com o número de articulações dolorosas ou escores de atividade inflamatória. Parece haver maior relação entre transtornos psicológicos e funcionais com a fadiga. Seriam importantes novos estudos e uso rotineiro de medidas padronizadas para a monitorização das queixas de fadiga.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042014000300200
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042014000300200
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1016/j.rbr.2013.11.001
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Reumatologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Reumatologia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Reumatologia v.54 n.3 2014
reponame:Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)
instacron:SBR
instname_str Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)
instacron_str SBR
institution SBR
reponame_str Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
collection Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Reumatologia (Online) - Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)
repository.mail.fl_str_mv ||sbre@terra.com.br
_version_ 1750318050590064640