Fatores de risco associados à osteoporose em uma população de mulheres brasileiras residentes em São José do Rio Pardo, estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Parisi Júnior,Paulo Domingos
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Chahade,Wiliam Habib
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042007000100005
Resumo: OBJETIVOS: verificar os principais fatores de risco associados à baixa massa óssea e propor algoritmos para a indicação de avaliação da densidade óssea em uma população de mulheres, residentes em São José do Rio Pardo, Estado de São Paulo. MÉTODOS: foram estudadas 324 mulheres com média de idade de 60 anos. Foi enviado pelo correio um questionário contendo perguntas a respeito de diversos fatores de risco para osteoporose, incluindo histórico pessoal e materno de fraturas. A densidade mineral óssea foi medida utilizando-se a densitometria óssea por densitômetro DXA, sendo analisados os sítios coluna lombar (L2-L4) e/ou fêmur proximal (colo femoral); todas as mulheres foram classificadas de acordo com os critérios da OMS. A análise estatística empregou Análise de Variância (Anova), segundo um critério de classificação e teste "post-hoc" de comparação múltipla, aos pares, de Student - Newman - Keuls; tabelas de contingência 2 x 2 e k x r; teste do Qui-quadrado. Por meio de regressões múltiplas foram estabelecidas as variáveis mais eficientes na identificação de mulheres com baixa massa óssea. Foram também aplicados dois algoritmos descritos em literatura, denominados Osteorisk e Osiris. RESULTADOS: o grupo Normal ficou constituído por 88 (27,2%) indivíduos, o grupo Osteopênico por 160 (49,4%) e o grupo Osteoporótico por 76 (23,5%). A média de idade dos grupos foi: Normal, 56 anos; Osteopenia, 60 anos; e Osteoporose, 65 anos. O peso e a estatura foram, respectivamente, para o grupo Normal 69,5 kg e 1,60 m; Osteopenia, 64,9 kg e 1,59 m; e Osteoporose, 62,1 kg e 1,57 m. Todos esses valores mostraram significância estatística. Outras variáveis que mostraram diferenças significantes foram: número de anos decorridos desde a menopausa, maior no grupo Osteoporose; uso de anticoncepcionais e de terapia de reposição hormonal, que foi menos freqüente no grupo Osteoporose do que nos demais; e a menopausa, sendo que 100% das mulheres do grupo Osteoporose estavam na pós-menopausa, contra 86% das mulheres dos outros grupos. No histórico pessoal de fraturas, as do grupo Osteoporose relatavam maior número de fraturas prévias do que as demais e isso foi estatisticamente significante. A partir da identificação das principais variáveis, por meio de regressões múltiplas, chegou-se a uma equação envolvendo idade, peso e estatura que se mostrou o melhor modelo como preditor de osteoporose. Fez-se, então, uma comparação entre esse modelo, dois algoritmos descritos em literatura, Osteorisk e Osiris, e as variáveis idade e peso isoladamente. CONCLUSÃO: dentre as variáveis estudadas, idade e peso foram as que mostraram maior significância; sua combinação em um único algoritmo mostra desempenho melhor do que a utilização dessas variáveis individualmente. A inclusão de outras variáveis não melhora o desempenho na identificação de mulheres com osteoporose. A utilização de um algoritmo com critérios objetivos possibilita a seleção de candidatos à realização de densitometria óssea.
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