Angiografia como método de diagnóstico da síndrome do desfiladeiro torácico neurovascular: a propósito de um caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz,Margarida
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Matos,António Alves de, Saldanha,Tiago, Branco,Jaime C.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042003000400012
Resumo: O termo síndrome do desfiladeiro torácico (SDT) é usado para descrever o quadro clínico atribuível à compressão do plexo braquial, artéria e veia subclávias na região designada por desfiladeiro torácico. Até hoje, nenhum exame foi considerado gold standard para o diagnóstico. Os autores descrevem o caso de uma adolescente de 16 anos observada na consulta de Reumatologia por omalgia direita com 3 meses de evolução, acompanhada de disestesias do antebraço e mão homolaterais, desencadeadas por movimentos de abdução do ombro. Na observação, a manobra de hiperabdução do membro superior direito desencadeava os sintomas e um enfraquecimento significativo do pulso radial e da pressão arterial, que não sucediam no membro superior contralateral, tendo sido diagnosticada síndrome do desfiladeiro torácico à direita. Foi realizada tomografia axial computorizada (TAC) da região torácica, que não revelou massas infra-claviculares nem axilares à direita. O ecodoppler do membro superior mostrou uma onda trifásica na artéria subclávia, realizou-se também angiografia das artérias subclávia e axilar do membro superior direito. Esta apresentou-se normal em posição neutra, mas, com o braço em abdução máxima, observou-se uma redução do contraste no interior da artéria axilar. Os autores propõem que, quando a clínica for sugestiva de SDT e existir uma suspeita de compressão vascular, deve ser realizada angiografia das artérias subclávia e axilar, para localizar e caracterizar a compressão. A SDT dessa paciente foi atribuída a uma hipotonia muscular do ombro, que foi ultrapassada após fisioterapia com exercícios de reforço dos músculos elevadores do ombro.
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