Efeitos da Insulação Escrotal sobre a Biometria Testicular e Parâmetros Seminais em Carneiros da Raça Santa Inês Criados no Estado do Ceará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira,Emerson Pinto
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Moura,Arlindo de Alencar Araripe, Araújo,Airton Alencar de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Zootecnia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982001000700007
Resumo: Um estudo foi conduzido com a finalidade de avaliar o efeito do estresse térmico sobre parâmetros seminais e biometria testicular em carneiros Santa Inês. Oito animais adultos foram submetidos à insulação escrotal por sete dias. Realizaram-se duas avaliações antes da insulação e, após este período, doze coletas durante 118 dias. A insulação escrotal não causou variações no volume dos ejaculados, mas o pH seminal apresentou valores elevados oito dias após a insulação, retornando à normalidade após 15 dias. Ocorreu redução na concentração espermática oito dias após a insulação e os animais apresentaram azoospermia entre 33 e 50 dias. Depois de 79 dias, a concentração espermática retornou aos padrões observados antes da insulação. A circunferência escrotal (26,4 cm) reduziu para 22,4 cm oito dias após o término do tratamento e para 21 cm aos 21 dias, mas retornou a valores próximos à normalidade (24,9 cm) aos 50 dias. Foi observado decréscimo na motilidade e vigor espermático a partir da retirada da bolsa e o retorno destes parâmetros à normalidade ocorreu somente após 90 dias. Antes da insulação, 1,7% dos espermatozóides apresentaram-se com defeitos maiores e 9,9 %, com defeitos menores. Na primeira coleta após a insulação, 3,6% das células apresentaram defeitos maiores e 43,4 %, defeitos menores; aos oito dias, estes valores foram de 8,4 e 60,4%, respectivamente. Entre 15 e 60 dias após a insulação, a percentagem de defeitos maiores variou entre 27,3 e 16,8%, enquanto a de defeitos menores permaneceu em torno de 39%. Aos 118 dias após a insulação, os defeitos maiores representaram somente 0,7%, mas o número de células com defeitos menores continuou elevado (24,4 %). Portanto, o estresse térmico causou interrupção temporária do processo de produção espermática e os parâmetros relativos à motilidade e defeitos menores apresentaram maior susceptibilidade.
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