Parâmetros genéticos para as produções de leite no dia do controle e da primeira lactação de vacas da raça Holandesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo,Cláudio Manoel Rodrigues de
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Packer,Irineu Umberto, Costa,Cláudio Nápolis, Machado,Paulo Fernando
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Zootecnia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982005000300011
Resumo: Foram utilizados 263.390 registros de produção de leite no dia do controle (PDC) de 32.448 primeiras lactações de vacas da raça Holandesa com parto no período de 1991 a 2001, para estimar componentes de variância e parâmetros genéticos utilizando um modelo animal e a metodologia REML. Os dados de produção foram coletados pelo Serviço de Controle Leiteiro da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa e suas afiliadas estaduais e disponibilizados pela Embrapa Gado de Leite. O modelo para ajuste da produção de leite até 305 dias (P305) incluiu os efeitos fixos de rebanho-ano de parto, época do parto e idade da vaca ao parto, com termos linear e quadrático, e os efeitos aleatórios de animal e erro. Os mesmos efeitos foram incluídos no modelo para as produções de leite no dia do controle (PDC) tanto sob modelo uni- e bi-caráter como sob modelo de repetibilidade (MRS), exceto para o efeito fixo de grupo contemporâneo, definido por rebanho-ano-mês do controle. Alternativamente, ajustou-se um segundo modelo de repetibilidade (MRF), que além dos efeitos presentes no MRS, incluiu as covariáveis que descrevem a curva da lactação: dias em lactação (DEL)/305 e ln(305/DEL) com termos linear e quadrático. As estimativas de h² para as PDC, com MRS e MRF foram 0,43 e 0,30, respectivamente. As estimativas de herdabilidade (h²) para as PDC variaram de 0,22 (PDC1) a 0,36 (PDC4) com o modelo uni-caráter. Para o modelo bi-caráter, as estimativas variaram de 0,23 (PDC1) a 0,33 (PDC3 e PDC4). Em ambos os modelos, observaram-se valores inferiores de h² no início e no fim do período de lactação. A estimativa h² para a P305 com o modelo uni-caráter foi 0,27, enquanto, pelo modelo bi-caráter, estas estimativas variaram de 0,27 a 0,30. As correlações genéticas (r g) entre as PDC e a P305 foram altas, variando de 0,86 (PDC1 e P305) a 0,99 (PDC3 e P305). Estimativas de herdabilidade maiores para as PDC que para a P305 e a alta correlação com a mesma indicam potencial de uso das PDC nas avaliações genéticas de animais da raça Holandesa no Brasil. Embora predominantemente altas, as estimativas de r g entre as PDC não foram homogêneas (0,64-1,0); entretanto as maiores freqüências foram para valores próximos ou iguais a 1. Assim, modelos de regressão aleatória devem ser também avaliados para se concluir sobre a melhor utilização das PDC da raça Holandesa no Brasil.
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