Fracionamento e cinética da degradação in vitro dos carboidratos constituintes da cana-de-açúcar com diferentes ciclos de produção em três idades de corte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes,Alberto Magno
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Queiroz,Augusto César de, Pereira,José Carlos, Lana,Rogério de Paula, Barbosa,Marcio Henrique Pereira, Fonseca,Dilermando Miranda da, Detmann,Edenio, Cabral,Luciano da Silva, Pereira,Elzânia Sales, Vittori,Andréa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Zootecnia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982003000700028
Resumo: Este trabalho foi conduzido com o objetivo de determinar as frações e as taxas de degradação dos carboidratos em cultivares de cana-de-açúcar, com dois ciclos de produção: precoce e intermediário, em três idades de corte (426, 487 e 549 dias). No fracionamento, foram calculados os carboidratos totais (CT), carboidratos não-fibrosos (CNF) e as frações potencialmente degradável (B2) e não-degradável (C) da fibra em detergente neutro (FDN), corrigida para cinzas e proteína (FDNcp). Os parâmetros cinéticos dos CNF e fração B2 foram estimados a partir da técnica da produção de gás in vitro. Os teores de CT e fração B2 não diferiram entre os ciclos de produção, porém as precoces apresentaram maiores teores da fração C e menores dos CNF. Estabelecendo uma relação entre concentração de lignina obtida e fração C observada, por meio de ajuste de equação de regressão linear simples, sem intercepto, obteve-se o valor de 4,38, que diferiu de 2,4, sugerido pelo sistema Cornell. Portanto, para cana-de-açúcar, a fração C pode ser mais precisamente estimada a partir da lignina multiplicada por 4,38. O avanço da idade de corte causou aumento da fração C e redução da B2, sem interagir com a maturação; embora tenha sido linear, o incremento foi pequeno, de apenas 6% da fração C, quando comparado a outras gramíneas tropicais com a mesma idade de corte. Os parâmetros cinéticos não apresentaram diferenças entre variedades; entretanto, as taxas de degradação dos CNF foram inferiores às sugeridas pelo sistema Cornell. O ajuste da curva de produção cumulativa de gás (sistema bicompartimental) mostrou-se adequado, pois a cana-de-açúcar tem frações de carboidratos disponíveis muito distintas quanto à taxa de digestão (CNF e B2). Por apresentar elevado teor de CNF e baixa taxa de degradação da fração B2, pesquisas com diferentes fontes de N para suplementar dietas à base de cana-de-açúcar são necessárias.
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