Efeito da cor do ambiente sobre o estresse social em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Zootecnia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982004000400002 |
Resumo: | Estudaram-se as respostas comportamentais e fisiológicas de juvenis de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) submetidos a diferentes cores de ambientes e situações sociais. Os animais foram mantidos isolados em aquários recobertos com papel-cartão colorido, compondo cinco tratamentos (preto, verde, marrom, azul e branco).Utilizando-se filmagens semanais realizadas em etapas distintas e alternadas (isolamento e presença de um espelho), registraram-se os seguintes parâmetros: distribuição na coluna d'água, coloração, atividade locomotora, confrontos agonísticos, posição da nadadeira dorsal e postura. Para quantificação dos níveis plasmáticos de glicose, triglicerídeos, proteínas totais e cortisol, coletaram-se amostras de sangue após cada filmagem. As médias obtidas foram analisadas estatisticamente pelo método não-paramétrico de Kruskal-Wallis. Os peixes mantidos nos ambientes preto e verde apresentaram baixas freqüências de confrontos agonísticos, enquanto aqueles mantidos no ambiente branco, altas freqüências, porém com redução do padrão ameaça e não alterando sua locomoção. Animais submetidos às cores marrom e azul apresentaram as mais altas freqüências de comportamentos agonísticos e maior atividade locomotora. Os peixes permaneceram em todos os tratamentos com a coloração clara, ocupando, com maior freqüência, a região inferior da coluna d'água. Não foram observadas diferenças significativas para as concentrações de glicose, triglicerídeos e proteínas totais entre os tratamentos, porém obteve-se elevado nível de cortisol para os animais mantidos nos ambientes azul e marrom, quando submetidos à reflexão da própria imagem em espelho. Estes resultados mostraram que existe influência da cor do ambiente sobre o estresse social, em particular nas interações agonísticas entre coespecíficos e na concentração do hormônio cortisol. Concluiu-se que as cores verde e preta são recomendadas à manutenção da espécie, por amenizarem as interações agonísticas e o estresse, enquanto a marrom e azul devem ser evitadas por estimularem estas respostas. |
id |
SBZ-1_ed3db49bea8880ee39e7ccedab698551 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1516-35982004000400002 |
network_acronym_str |
SBZ-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Zootecnia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Efeito da cor do ambiente sobre o estresse social em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus)agressividadecomportamentocor do ambienteestresse socialmetabolismoOreochromis niloticusEstudaram-se as respostas comportamentais e fisiológicas de juvenis de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) submetidos a diferentes cores de ambientes e situações sociais. Os animais foram mantidos isolados em aquários recobertos com papel-cartão colorido, compondo cinco tratamentos (preto, verde, marrom, azul e branco).Utilizando-se filmagens semanais realizadas em etapas distintas e alternadas (isolamento e presença de um espelho), registraram-se os seguintes parâmetros: distribuição na coluna d'água, coloração, atividade locomotora, confrontos agonísticos, posição da nadadeira dorsal e postura. Para quantificação dos níveis plasmáticos de glicose, triglicerídeos, proteínas totais e cortisol, coletaram-se amostras de sangue após cada filmagem. As médias obtidas foram analisadas estatisticamente pelo método não-paramétrico de Kruskal-Wallis. Os peixes mantidos nos ambientes preto e verde apresentaram baixas freqüências de confrontos agonísticos, enquanto aqueles mantidos no ambiente branco, altas freqüências, porém com redução do padrão ameaça e não alterando sua locomoção. Animais submetidos às cores marrom e azul apresentaram as mais altas freqüências de comportamentos agonísticos e maior atividade locomotora. Os peixes permaneceram em todos os tratamentos com a coloração clara, ocupando, com maior freqüência, a região inferior da coluna d'água. Não foram observadas diferenças significativas para as concentrações de glicose, triglicerídeos e proteínas totais entre os tratamentos, porém obteve-se elevado nível de cortisol para os animais mantidos nos ambientes azul e marrom, quando submetidos à reflexão da própria imagem em espelho. Estes resultados mostraram que existe influência da cor do ambiente sobre o estresse social, em particular nas interações agonísticas entre coespecíficos e na concentração do hormônio cortisol. Concluiu-se que as cores verde e preta são recomendadas à manutenção da espécie, por amenizarem as interações agonísticas e o estresse, enquanto a marrom e azul devem ser evitadas por estimularem estas respostas.Sociedade Brasileira de Zootecnia2004-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982004000400002Revista Brasileira de Zootecnia v.33 n.4 2004reponame:Revista Brasileira de Zootecnia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Zootecnia (SBZ)instacron:SBZ10.1590/S1516-35982004000400002info:eu-repo/semantics/openAccessMerighe,Giovana Krempel FonsecaPereira-da-Silva,Elyara MariaNegrão,João AlbertoRibeiro,Sandrapor2004-11-17T00:00:00Zoai:scielo:S1516-35982004000400002Revistahttps://www.rbz.org.br/pt-br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||bz@sbz.org.br|| secretariarbz@sbz.org.br1806-92901516-3598opendoar:2004-11-17T00:00Revista Brasileira de Zootecnia (Online) - Sociedade Brasileira de Zootecnia (SBZ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Efeito da cor do ambiente sobre o estresse social em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) |
title |
Efeito da cor do ambiente sobre o estresse social em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) |
spellingShingle |
Efeito da cor do ambiente sobre o estresse social em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) Merighe,Giovana Krempel Fonseca agressividade comportamento cor do ambiente estresse social metabolismo Oreochromis niloticus |
title_short |
Efeito da cor do ambiente sobre o estresse social em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) |
title_full |
Efeito da cor do ambiente sobre o estresse social em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) |
title_fullStr |
Efeito da cor do ambiente sobre o estresse social em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) |
title_full_unstemmed |
Efeito da cor do ambiente sobre o estresse social em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) |
title_sort |
Efeito da cor do ambiente sobre o estresse social em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) |
author |
Merighe,Giovana Krempel Fonseca |
author_facet |
Merighe,Giovana Krempel Fonseca Pereira-da-Silva,Elyara Maria Negrão,João Alberto Ribeiro,Sandra |
author_role |
author |
author2 |
Pereira-da-Silva,Elyara Maria Negrão,João Alberto Ribeiro,Sandra |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Merighe,Giovana Krempel Fonseca Pereira-da-Silva,Elyara Maria Negrão,João Alberto Ribeiro,Sandra |
dc.subject.por.fl_str_mv |
agressividade comportamento cor do ambiente estresse social metabolismo Oreochromis niloticus |
topic |
agressividade comportamento cor do ambiente estresse social metabolismo Oreochromis niloticus |
description |
Estudaram-se as respostas comportamentais e fisiológicas de juvenis de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) submetidos a diferentes cores de ambientes e situações sociais. Os animais foram mantidos isolados em aquários recobertos com papel-cartão colorido, compondo cinco tratamentos (preto, verde, marrom, azul e branco).Utilizando-se filmagens semanais realizadas em etapas distintas e alternadas (isolamento e presença de um espelho), registraram-se os seguintes parâmetros: distribuição na coluna d'água, coloração, atividade locomotora, confrontos agonísticos, posição da nadadeira dorsal e postura. Para quantificação dos níveis plasmáticos de glicose, triglicerídeos, proteínas totais e cortisol, coletaram-se amostras de sangue após cada filmagem. As médias obtidas foram analisadas estatisticamente pelo método não-paramétrico de Kruskal-Wallis. Os peixes mantidos nos ambientes preto e verde apresentaram baixas freqüências de confrontos agonísticos, enquanto aqueles mantidos no ambiente branco, altas freqüências, porém com redução do padrão ameaça e não alterando sua locomoção. Animais submetidos às cores marrom e azul apresentaram as mais altas freqüências de comportamentos agonísticos e maior atividade locomotora. Os peixes permaneceram em todos os tratamentos com a coloração clara, ocupando, com maior freqüência, a região inferior da coluna d'água. Não foram observadas diferenças significativas para as concentrações de glicose, triglicerídeos e proteínas totais entre os tratamentos, porém obteve-se elevado nível de cortisol para os animais mantidos nos ambientes azul e marrom, quando submetidos à reflexão da própria imagem em espelho. Estes resultados mostraram que existe influência da cor do ambiente sobre o estresse social, em particular nas interações agonísticas entre coespecíficos e na concentração do hormônio cortisol. Concluiu-se que as cores verde e preta são recomendadas à manutenção da espécie, por amenizarem as interações agonísticas e o estresse, enquanto a marrom e azul devem ser evitadas por estimularem estas respostas. |
publishDate |
2004 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2004-08-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982004000400002 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982004000400002 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1516-35982004000400002 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Zootecnia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Zootecnia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Zootecnia v.33 n.4 2004 reponame:Revista Brasileira de Zootecnia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Zootecnia (SBZ) instacron:SBZ |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Zootecnia (SBZ) |
instacron_str |
SBZ |
institution |
SBZ |
reponame_str |
Revista Brasileira de Zootecnia (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Zootecnia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Zootecnia (Online) - Sociedade Brasileira de Zootecnia (SBZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
||bz@sbz.org.br|| secretariarbz@sbz.org.br |
_version_ |
1750318137358680064 |