Estratégias na suplementação de vacas leiteiras no semi-árido do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira,Marcelo de Andrade
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Silva,Fabiana Maria da, Bispo,Safira Valença, Azevedo,Marcílio de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Zootecnia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982009001300032
Resumo: A região semi-árida do Brasil prolonga-se por uma área de 928 km² abrangendo uma parte do norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, os sertões da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí e mais 45 municípios do sudeste do Maranhão. A população é predominantemente rural e a ocupação principal de sua força de trabalho é a agropecuária. A pecuária leiteira aparece como uma das poucas opções nas regiões semi-áridas, principalmente no nordeste do Brasil, onde a alimentação dos rebanhos fundamenta-se na utilização de forrageiras cultivadas e no uso da vegetação nativa, predominantemente a caatinga, aspecto que imprime características estacionais à produção nesta região. A escassez e irregularidade acentuada na distribuição de chuvas, tanto no tempo quanto no espaço, com a ocorrência de longos períodos de estiagem, praticamente, determina a obrigatoriedade de suplementação de vacas leiteiras nos sistemas de produções em regiões semi-áridas do Brasil.Desta forma, a suplementação tem se baseado na utilização de recursos forrageiros adaptados à seca, co- produtos e resíduos da agroindústria local e em alimentos concentrados. Algumas alternativas têm sido utilizadas pelos produtores na tentativa de reduzir custos sem perder produtividade nos períodos de estiagem. Para superar as adversidades alguns sistemas de produção têm sido propostos como o CBL (Caatinga-buffel-leucena) e o Sistema Glória. Além desses sistemas mencionados anteriormente, merecem destaque a utilização de co-produtos agroindustriais, restos de cultura, além de forrageiras nativas e adaptadas. Neste aspecto, a palma forrageira (Opuntia fícus indica- Mill) merece atenção especial pela sua grande adaptação, valor nutritivo e produtividade.
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