A malacofauna bentônica das represas do médio rio Tietê (São Paulo, Brasil) e uma avaliação ecológica das espécies exóticas invasoras, Melanoides tuberculata (Müller) e Corbicula fluminea (Müller)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Suriani,Ana L.
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: França,Roberta S., Rocha,Odete
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Zoologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752007000100003
Resumo: Este trabalho analisa a composição de espécies, a densidade e a distribuição espacial e temporal da malacofauna bentônica em três represas do médio rio Tietê. As coletas foram realizadas em dois períodos climáticos, o chuvoso em novembro de 2002 e o seco em agosto de 2003, amostrando-se três porções em cada represa (superior, mediana e barragem) e seguindo uma varredura com seis pontos amostrais em cada transecto. Os dados limnológicos obtidos evidenciaram que as represas do médio rio Tietê encontram-se eutrofizadas com elevadas concentrações de nutrientes (totais e dissolvidos). Foram registradas oito espécies de moluscos sendo seis nativas e duas exóticas. Destas, a espécie dominante foi o molusco exótico e invasor Melanoides tuberculata (Müller, 1774), presente em todas as represas. A outra espécie exótica Corbicula fluminea (Müller, 1774), também esteve presente em todas as represas e em ambos os períodos de coleta (exceto na represa de Barra Bonita). Na represa de Barra Bonita só ocorreram as duas espécies exóticas, enquanto nas represas de Bariri e Ibitinga as espécies nativas Aylacostoma tenuilabris (Bernardi, 1856), Biomphalaria glabrata (Say, 1818), Biomphalaria intermedia (Paraense & Deslandes, 1962), Diplodon expansus (Küster, 1853), Physa cubensis (Pfeiffer, 1839) e Pomacea canaliculata (Lamarck, 1822) ocorreram em pelo menos um dos períodos amostrados. A ocupação generalizada de M. tuberculata e C. fluminea e as elevadas densidades destas espécies nas represas estudadas revelam o alto potencial invasor das mesmas e a provável competição com as espécies nativas.
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