Comportamento social do pirá-brasília, Simpsonichthys boitonei Carvalho (Cyprinodontiformes, Rivulidae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Zoologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752006000200010 |
Resumo: | O comportamento social do pirá-brasília, Simpsonichthys boitonei Carvalho, 1959, pode ser dividido em dois grupos: o reprodutivo e o agonístico. No comportamento reprodutivo observou-se que o macho corteja a fêmea quando ela se aproxima, através do estremecimento do corpo e mudança no padrão de colorido, de vermelho para azul escuro. O macho conduz a fêmea até o substrato, onde se enterram e realizam a desova após compressão lateral do corpo do macho sobre a fêmea. O ritual de desova repete-se várias vezes até que a fêmea se afaste. O comportamento agonístico é mais freqüente entre machos, mas pode ocorrer ocasionalmente entre machos e fêmeas e entre fêmeas. Os padrões comportamentais que caracterizam ameaça são: extensão das nadadeiras, abrir e fechar da nadadeira caudal, aumento dos movimentos das nadadeiras peitorais, expansão do opérculo e intensificação da coloração avermelhada. Após a exibição desses padrões pode ocorrer o ataque ou a fuga. Muitas vezes a fuga ocorre sem que haja ameaça ou ataque aparente, e sim pela simples presença do oponente. Os machos são territorialistas, defendendo o local de permanência - preferencialmente a região inferior da coluna da água - que ainda é utilizado para busca de alimento e para a reprodução. Ocorre dominância entre machos e entre fêmeas. Comportamentos elaborados de corte e territorialidade podem ser importantes para esses animais que vivem em poças temporárias, cujas características físicas e químicas podem ser pouco estáveis. |
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