Diversidade de morcegos (Mammalia, Chiroptera) em remanescentes florestais do município de Fênix, noroeste do Paraná, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Zoologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752004000400032 |
Resumo: | A riqueza de espécies e a abundância relativa de morcegos foram avaliadas em três fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual localizados no município de Fênix, noroeste do Estado do Paraná, sul do Brasil. Entre julho de 2002 e junho de 2003 os morcegos foram amostrados com redes-de-neblina instaladas em quatro parcelas de 1 ha cada, representando diferentes graus de isolamento das subformações florestais: aluvial e submontana. Foram capturados 752 exemplares pertencentes a 14 espécies de duas famílias, Phyllostomidae (n = 10) e Vespertilionidae (n = 4). No que se refere a capturas com redes a área foi considerada bem inventariada (estimador ICE). Entretanto, se comparada a estudos similares em Floresta Estacional, a riqueza de espécies foi pouco expressiva, havendo a suspeita que tenham ocorrido perdas de espécies em níveis locais. Artibeus lituratus (Olfers, 1818) e Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) foram numericamente dominantes nos três remanescentes amostrados, seguidas por outros três frugívoros: A. fimbriatus Gray, 1838, A. jamaicensis Leach, 1821 e Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810). O índice de Shannon demonstrou diferenças sutis entre as parcelas amostrais e o índice de Sorensen apresentou alta similaridade entre a maioria delas. Já a análise de agrupamento revelou uma maior afinidade entre parcelas da mesma subformação, exibindo dois grupamentos distintos, um representado pela subformação aluvial e outro pela submontana, sugerindo particularidades no uso do hábitat pelos morcegos. Os resultados indicaram ainda que os remanescentes florestais aqui estudados, apesar de pequenos, abrigam uma parcela significativa das espécies de morcegos esperadas para o bioma e, por essa razão, são importantes para a conservação da diversidade biológica. |
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Diversidade de morcegos (Mammalia, Chiroptera) em remanescentes florestais do município de Fênix, noroeste do Paraná, BrasilConservação de morcegosFloresta Estacional Semidecidualfragmentação florestalPhyllostomidaeuso de hábitatA riqueza de espécies e a abundância relativa de morcegos foram avaliadas em três fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual localizados no município de Fênix, noroeste do Estado do Paraná, sul do Brasil. Entre julho de 2002 e junho de 2003 os morcegos foram amostrados com redes-de-neblina instaladas em quatro parcelas de 1 ha cada, representando diferentes graus de isolamento das subformações florestais: aluvial e submontana. Foram capturados 752 exemplares pertencentes a 14 espécies de duas famílias, Phyllostomidae (n = 10) e Vespertilionidae (n = 4). No que se refere a capturas com redes a área foi considerada bem inventariada (estimador ICE). Entretanto, se comparada a estudos similares em Floresta Estacional, a riqueza de espécies foi pouco expressiva, havendo a suspeita que tenham ocorrido perdas de espécies em níveis locais. Artibeus lituratus (Olfers, 1818) e Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) foram numericamente dominantes nos três remanescentes amostrados, seguidas por outros três frugívoros: A. fimbriatus Gray, 1838, A. jamaicensis Leach, 1821 e Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810). O índice de Shannon demonstrou diferenças sutis entre as parcelas amostrais e o índice de Sorensen apresentou alta similaridade entre a maioria delas. Já a análise de agrupamento revelou uma maior afinidade entre parcelas da mesma subformação, exibindo dois grupamentos distintos, um representado pela subformação aluvial e outro pela submontana, sugerindo particularidades no uso do hábitat pelos morcegos. Os resultados indicaram ainda que os remanescentes florestais aqui estudados, apesar de pequenos, abrigam uma parcela significativa das espécies de morcegos esperadas para o bioma e, por essa razão, são importantes para a conservação da diversidade biológica.Sociedade Brasileira de Zoologia2004-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752004000400032Revista Brasileira de Zoologia v.21 n.4 2004reponame:Revista Brasileira de Zoologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Zoologia (SBZ)instacron:SBZ10.1590/S0101-81752004000400032info:eu-repo/semantics/openAccessBianconi,Gledson VigianoMikich,Sandra BosPedro,Wagner Andrépor2006-04-27T00:00:00Zoai:scielo:S0101-81752004000400032Revistahttp://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/zooONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbz@bio.ufpr.br1806-969X0101-8175opendoar:2006-04-27T00:00Revista Brasileira de Zoologia (Online) - Sociedade Brasileira de Zoologia (SBZ)false |
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