Taxonomia e variação geográfica das espécies do gênero Alouatta Lacépède (Primates, Atelidae) no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Zoologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752006000100005 |
Resumo: | Neste estudo analisou-se a variação geográfica e não-geográfica de táxons de bugios, gênero Alouatta Lacépède, 1799, que ocorrem no Brasil, com o objetivo de esclarecer a taxonomia do grupo. Para a análise morfológica, examinou-se um total de 1.286 espécimes mantidos em cinco museus brasileiros e dois norte-americanos. O material consistiu basicamente de peles, crânios e ossos hióides; esqueletos e espécimes preservados em via úmida foram escassos. O estudo se baseou na análise qualitativa dos complexos morfológicos em adição a 18 morfométicos do crânio e osso hióide. Antes das decisões taxonômicas, elaborou-se um estudo de variação geográfica, sexual, ontogenética e individual. Reconheceu-se 10 espécies de Alouatta ocorrendo no Brasil, sendo a maioria definida por caracteres discretos, porém diagnósticos. São elas: Alouatta caraya (Humboldt, 1812), A. fusca (Geoffroy Saint-Hilaire, 1812), A. clamitans Cabrera, 1940, A. belzebul (Linnaeus, 1766), A. discolor (Spix, 1823), A. ululata Elliot, 1912; A. juara (Linnaeus, 1766), A. macconnelli (Humboldt, 1812), A. puruensis Lönnberg, 1941 e A. nigerrima Lönnberg, 1941. Alouatta macconnelli e A. clamitans mostraram notável variação geográfica na coloração da pelagem e algumas variáveis morfométricas (polimorfismo) o que dificultou as definições e limites dos táxons. Alouatta belzebul apresentou variação em mosaico na coloração da pelagem. Alouatta ululata e A. puruensis foram definidas pela presença de dicromatismo sexual na pelagem, mas este caráter pode ser um artefato e necessita estudos adicionais para corroborar sua validade. Sinonimizou-se Alouatta belzebul mexianae Hagmann, 1908 com A. discolor; e a validade de Alouatta seniculus amazonica Lönnberg 1941, não foi considerada. |
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Taxonomia e variação geográfica das espécies do gênero Alouatta Lacépède (Primates, Atelidae) no BrasilBugioespécies brasileirasmorfologiarevisão taxonômicavariaçãoNeste estudo analisou-se a variação geográfica e não-geográfica de táxons de bugios, gênero Alouatta Lacépède, 1799, que ocorrem no Brasil, com o objetivo de esclarecer a taxonomia do grupo. Para a análise morfológica, examinou-se um total de 1.286 espécimes mantidos em cinco museus brasileiros e dois norte-americanos. O material consistiu basicamente de peles, crânios e ossos hióides; esqueletos e espécimes preservados em via úmida foram escassos. O estudo se baseou na análise qualitativa dos complexos morfológicos em adição a 18 morfométicos do crânio e osso hióide. Antes das decisões taxonômicas, elaborou-se um estudo de variação geográfica, sexual, ontogenética e individual. Reconheceu-se 10 espécies de Alouatta ocorrendo no Brasil, sendo a maioria definida por caracteres discretos, porém diagnósticos. São elas: Alouatta caraya (Humboldt, 1812), A. fusca (Geoffroy Saint-Hilaire, 1812), A. clamitans Cabrera, 1940, A. belzebul (Linnaeus, 1766), A. discolor (Spix, 1823), A. ululata Elliot, 1912; A. juara (Linnaeus, 1766), A. macconnelli (Humboldt, 1812), A. puruensis Lönnberg, 1941 e A. nigerrima Lönnberg, 1941. Alouatta macconnelli e A. clamitans mostraram notável variação geográfica na coloração da pelagem e algumas variáveis morfométricas (polimorfismo) o que dificultou as definições e limites dos táxons. Alouatta belzebul apresentou variação em mosaico na coloração da pelagem. Alouatta ululata e A. puruensis foram definidas pela presença de dicromatismo sexual na pelagem, mas este caráter pode ser um artefato e necessita estudos adicionais para corroborar sua validade. Sinonimizou-se Alouatta belzebul mexianae Hagmann, 1908 com A. discolor; e a validade de Alouatta seniculus amazonica Lönnberg 1941, não foi considerada.Sociedade Brasileira de Zoologia2006-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752006000100005Revista Brasileira de Zoologia v.23 n.1 2006reponame:Revista Brasileira de Zoologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Zoologia (SBZ)instacron:SBZ10.1590/S0101-81752006000100005info:eu-repo/semantics/openAccessGregorin,Renatopor2006-05-15T00:00:00Zoai:scielo:S0101-81752006000100005Revistahttp://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/zooONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbz@bio.ufpr.br1806-969X0101-8175opendoar:2006-05-15T00:00Revista Brasileira de Zoologia (Online) - Sociedade Brasileira de Zoologia (SBZ)false |
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Neste estudo analisou-se a variação geográfica e não-geográfica de táxons de bugios, gênero Alouatta Lacépède, 1799, que ocorrem no Brasil, com o objetivo de esclarecer a taxonomia do grupo. Para a análise morfológica, examinou-se um total de 1.286 espécimes mantidos em cinco museus brasileiros e dois norte-americanos. O material consistiu basicamente de peles, crânios e ossos hióides; esqueletos e espécimes preservados em via úmida foram escassos. O estudo se baseou na análise qualitativa dos complexos morfológicos em adição a 18 morfométicos do crânio e osso hióide. Antes das decisões taxonômicas, elaborou-se um estudo de variação geográfica, sexual, ontogenética e individual. Reconheceu-se 10 espécies de Alouatta ocorrendo no Brasil, sendo a maioria definida por caracteres discretos, porém diagnósticos. São elas: Alouatta caraya (Humboldt, 1812), A. fusca (Geoffroy Saint-Hilaire, 1812), A. clamitans Cabrera, 1940, A. belzebul (Linnaeus, 1766), A. discolor (Spix, 1823), A. ululata Elliot, 1912; A. juara (Linnaeus, 1766), A. macconnelli (Humboldt, 1812), A. puruensis Lönnberg, 1941 e A. nigerrima Lönnberg, 1941. Alouatta macconnelli e A. clamitans mostraram notável variação geográfica na coloração da pelagem e algumas variáveis morfométricas (polimorfismo) o que dificultou as definições e limites dos táxons. Alouatta belzebul apresentou variação em mosaico na coloração da pelagem. Alouatta ululata e A. puruensis foram definidas pela presença de dicromatismo sexual na pelagem, mas este caráter pode ser um artefato e necessita estudos adicionais para corroborar sua validade. Sinonimizou-se Alouatta belzebul mexianae Hagmann, 1908 com A. discolor; e a validade de Alouatta seniculus amazonica Lönnberg 1941, não foi considerada. |
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