A entomofilia do coqueiro em questão: avaliação do transporte de pólen por formigas e abelhas nas inflorescências
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Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Neotropical entomology (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-566X2004000600004 |
Resumo: | O coqueiro, Cocos nucifera L. (Arecaceae), é um importante cultivo do nordeste brasileiro. É uma planta principalmente anemófila, porém numerosos insetos visitam suas inflorescências, nas diversas fases do florescimento e formação dos frutos, podendo interferir no processo de polinização. Há carência de estudos para verificar e determinar a eficiência desses artrópodos como polinizadores. Em coqueiros cultivados perto do litoral da Bahia, avaliou-se a capacidade de diferentes himenópteros (formigas e abelhas) de transportarem pólen no corpo, a fim de verificar sua contribuição para a polinização. Observou-se transporte significativo de pólen pelos dois grupos de insetos, sendo as abelhas perfeitamente aptas para polinizar a planta. Entre estas, espécies dos gêneros Trigona e Plebeia tiveram maior capacidade de carreamento de pólen que Apis mellifera L., apesar de esta ser observada com maior freqüência. As formigas são capazes de carregar menor quantidade de pólen e contribuir só casualmente para a polinização. Espécies dos gêneros Ectatomma, Monomorium, Camponotus e Pseudomyrmex mostram melhor aptidão ao carreamento de pólen. Conclui-se que, devido a seu apterismo, algumas formigas podem atuar como polinizadores casuais somente em variedades de coqueiros autopolinizáveis, enquanto as abelhas estudadas podem ser consideradas boas polinizadoras do coqueiro. Sugere-se que abelhas nativas sejam preservadas para auxiliar na polinização, pelo menos em áreas onde a anemofilia do coqueiro é comprometida, como no caso de plantas isoladas ou espaçadas e em áreas isoladas do vento. |
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