Dinâmica de uso de fontes de pólen por Melipona scutellaris Latreille (Hymenoptera: Apidae): uma análise comparativa com Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae), no Domínio Tropical Atlântico
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Neotropical entomology (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-566X2007000100005 |
Resumo: | O comportamento de forrageio generalista entre os meliponíneos é uma hipótese aceita, mas não testada, assim como a hipótese subsidiária de preferências florais no gênero Melipona. Aqui analisamos essas hipóteses, através de análises simultâneas e pareadas do uso de fontes de pólen por diferentes colônias de Melipona scutellaris Latreille, em diferentes localidades na área de distribuição desta espécie, no Domínio da Mata Atlântica, no nordeste do Brasil. Entre ago/04 e jan/05, amostras mensais de pólen foram coletadas à entrada de doze colônias de M. scutellaris. Em duas localidades, quatro colônias de M. scutellaris foram comparadas com quatro colônias de Apis mellifera L. As principais fontes de pólen para M. scutellaris foram flores das seguintes famílias vegetais, em ordem decrescente de importância: Myrtaceae, Mimosaceae, Anacardiaceae, Sapindaceae e Fabaceae. Fontes produtivas de pólen das famílias Asteraceae, Arecaceae e Rubiaceae foram intensamente exploradas por A. mellifera, mas praticamente descartadas por M. scutellaris. Freqüentemente, as duas espécies se sobrepuseram nas principais fontes de pólen, como as flores de Myrtaceae e Mimosaceae. Entretanto, raramente uma mesma fonte foi intensamente explorada por ambas. Em diferentes locais e períodos, as colônias de M. scutellaris apresentaram alta similaridade entre si no uso das fontes florais de pólen, formando agrupamentos (UPGMA) mais compactos e distintos de A. mellifera. Portanto, a escolha das fontes florais pelas colônias foi dependente da espécie. As comparações pareadas refutam a hipótese nula de forrageio aleatório pelas colônias e sustenta a hipótese subsidiária de seletividade de forrageio em M. scutellaris. |
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Dinâmica de uso de fontes de pólen por Melipona scutellaris Latreille (Hymenoptera: Apidae): uma análise comparativa com Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae), no Domínio Tropical AtlânticoCompetiçãoMata Atlânticanicho tróficoseletividadeO comportamento de forrageio generalista entre os meliponíneos é uma hipótese aceita, mas não testada, assim como a hipótese subsidiária de preferências florais no gênero Melipona. Aqui analisamos essas hipóteses, através de análises simultâneas e pareadas do uso de fontes de pólen por diferentes colônias de Melipona scutellaris Latreille, em diferentes localidades na área de distribuição desta espécie, no Domínio da Mata Atlântica, no nordeste do Brasil. Entre ago/04 e jan/05, amostras mensais de pólen foram coletadas à entrada de doze colônias de M. scutellaris. Em duas localidades, quatro colônias de M. scutellaris foram comparadas com quatro colônias de Apis mellifera L. As principais fontes de pólen para M. scutellaris foram flores das seguintes famílias vegetais, em ordem decrescente de importância: Myrtaceae, Mimosaceae, Anacardiaceae, Sapindaceae e Fabaceae. Fontes produtivas de pólen das famílias Asteraceae, Arecaceae e Rubiaceae foram intensamente exploradas por A. mellifera, mas praticamente descartadas por M. scutellaris. Freqüentemente, as duas espécies se sobrepuseram nas principais fontes de pólen, como as flores de Myrtaceae e Mimosaceae. Entretanto, raramente uma mesma fonte foi intensamente explorada por ambas. Em diferentes locais e períodos, as colônias de M. scutellaris apresentaram alta similaridade entre si no uso das fontes florais de pólen, formando agrupamentos (UPGMA) mais compactos e distintos de A. mellifera. Portanto, a escolha das fontes florais pelas colônias foi dependente da espécie. As comparações pareadas refutam a hipótese nula de forrageio aleatório pelas colônias e sustenta a hipótese subsidiária de seletividade de forrageio em M. scutellaris.Sociedade Entomológica do Brasil2007-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-566X2007000100005Neotropical Entomology v.36 n.1 2007reponame:Neotropical entomology (Online)instname:Sociedade Entomológica do Brasil (SEB)instacron:SEB10.1590/S1519-566X2007000100005info:eu-repo/semantics/openAccessRamalho,MauroSilva,Marília D. eCarvalho,Carlos A.L.por2007-03-30T00:00:00Zoai:scielo:S1519-566X2007000100005Revistahttp://www.scielo.br/neONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||editor@seb.org.br1678-80521519-566Xopendoar:2007-03-30T00:00Neotropical entomology (Online) - Sociedade Entomológica do Brasil (SEB)false |
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