Estrutura da comunidade de abelhas (Hymenoptera: Apoidea: Apiformis) de uma área na margem do domínio da caatinga (Itatim, BA)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aguiar,Cândida M.L.
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Zanella,Fernando C.V.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Neotropical entomology (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-566X2005000100003
Resumo: A realização de estudos padronizados das comunidades de abelhas tem permitido a abordagem comparativa entre vários ecossistemas e a investigação da existência de padrões na estruturação dessas comunidades na região Neotropical. Este estudo foi conduzido ao longo de um ano em Itatim, Nordeste do Brasil, no domínio semi-árido da caatinga. O objetivo do trabalho foi investigar a composição e as relações de abundância entre as espécies de abelhas, seus períodos de atividade de vôo, e compará-los aos de outras áreas estudadas anteriormente. As abelhas foram coletadas a cada 30 dias, entre setembro/1996 e novembro/1997, entre as 6:00h e as 18:00h, totalizando 180h de amostragem. As abelhas foram capturadas com rede entomológica, em flores ou em vôo. Foram coletados 1189 indivíduos, compreendendo 60 espécies. Apidae foi a família mais diversificada, com 37 espécies. Os gêneros com maior número de espécies foram Centris Fabricius, Megachile Latreille e Xylocopa Latreille. Como observado na maioria das áreas de caatinga anteriormente estudadas, Apis mellifera L. foi a espécie mais abundante, com elevada dominância, compreendendo 51% do número total de indivíduos capturados, e ocorreu ao longo do ano inteiro. As outras espécies predominantes foram muito menos abundantes, como: Dialictus opacus (Moure) (6,2%), Perditomorpha sp. (4,0%) e Trigona spinipes (Fabricius) (3,8%). Sugere-se que algumas características da comunidade devem-se à sua natureza ecotonal, como a ocorrência provavelmente marginal de algumas espécies na caatinga, e a extensão do período de atividades de Megachilidae, Halictidae e Colletidae, resultando em um número relativamente alto de espécies em atividade durante os quatro meses mais secos do ano.
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