Avaliação das liberações inoculativas do parasitóide exótico Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead)(Hymenoptera: Braconidae) em pomar diversificado em Conceição do Almeida, BA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho,Romulo da S.
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Neotropical entomology (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-566X2005000500012
Resumo: A introdução de uma espécie exótica visando ao controle biológico levanta dúvidas em relação à sua eficiência e ao possível impacto que possa causar sobre espécies nativas. Avaliação prévia do complexo de parasitóides nativos no ecossistema é importante pois, uma vez realizada a liberação de um inimigo natural exótico, inicia-se um processo de colonização contínuo e sem retorno à condição original. Levantamentos de espécies de parasitóides nativos de moscas-das-frutas foram realizados na região do Recôncavo Baiano, município de Conceição do Almeida, BA, antes e após a liberação do parasitóide exótico Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead), com o objetivo de constatar a sua recaptura e estabelecimento. O levantamento prévio revelou as seguintes espécies nativas: Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck), Opius spp., Asobara anastrephae (Muesebeck) e Aganaspis pelleranoi (Brèthes). Após a liberação de D. longicaudata as espécies nativas obtidas no levantamento prévio foram mantidas. Observou-se ainda que, apesar de haver competição interespecífica na exploração do mesmo sítio de oviposição, não houve perda da biodiversidade após a liberação do parasitóide exótico. No entanto, observou-se alteração na freqüência das espécies nativas quando comparada com o período que antecedeu a liberação de D. longicaudata. Com relação ao estabelecimento definitivo do parasitóide exótico, cerca de 17 meses após a suspensão das liberações, foram recuperados espécimes em frutos de carambola, goiaba e umbu-cajá. Durante a safra dos anos de 2004 e 2005 foram realizadas novas coletas de frutos com a finalidade de confirmar o estabelecimento efetivo de D. longicaudata, não sendo obtido nessas amostras espécimes do parasitóide exótico.
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