Resumos premiados no VII CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS 2018

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Diani de Oliveira
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Silva, Bárbara Uritz da, Tramontini, Silvia Justo, Peruzzo, Anaelí Brandelli, Dantas, Hallana Laisa de Lima, Santos, Elizabeth Soares dos, Conceição, Adriana Martins da, Araújo, Joice Fragoso Oliveira de, Bastos, Maria Lysete de Assis, Todaro, Adriana Reis, Tangerino, Débora Juliana dos Anjos, Breder, Jéssica Da Silva Cunha, Lima, Maria Helena de Melo, Rosa, Paulo César Pires, Mastella6, Moisés Henrique, Chitolina1, Bruna, Cunha, Beatriz Sadigursky Nunes, Ribeiro, Euler Esteves, Duarte, Marta Medeiros Frescura, Pellenz, Neida Luiza Kaspary, Costa, Wendel Jose Teixeira, Hamade, Maially Moreira de Souza Eleto, Oliveira, *Nadielle de, Pontes, Mariana de Castro Pereira, Freitas, Tatiana Carvalho de, Bezerra, Ítalla Maria Pinheiro, Brito, Luciana Souza Lima, Cerqueira, Erika Anny Costa, Silva, Cleonara Sousa Gomes e, Xavier, Aline Silva Gomes, Passos, Silvia da Silva Santos, Silva, Cláudio Emanuel Campelo Gonçalves, Santo, Ana Luiza Almeida do Espírito, costa, Maycon Douglas Silva, FerreiraFerreira, Raclícia de Oliveira, Tavares, Bruno de Sousa Carvalho, LapiMardegan, Fernanda, Rodrigues, Bárbara, Camargo, Adriana Ribeiro, Lemos, Martina de Vasconcelos Oliveira, Mangueira, Andrelina Alves, Farias1, Marcela Barbosa de, Alves, Ótamis Ferreira, Pereira, Isadora Cristina Rodrigues de Amorim, Nobrega, Luiz Leonardo Louzada, Nascimento, Flávia Atanazio do, Benholiel, Claudia da Hora Silva, Andrade, Nathalia Freire, Costa, Renata Jardim da, Oliveira, Eliziete Costa De, Freitas, Mariane Roza Ricon De, Santos, Hellenn Cristina Nunes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Enfermagem Atual In Derme
Texto Completo: https://revistaenfermagematual.com/index.php/revista/article/view/450
Resumo: Relato de experiência referente à atuação da comissão de pele no controle de custos hospitalares com coberturas para feridas complexas Diani de Oliveira Machado1 * Bárbara Uritz da Silva2  * Silvia Justo Tramontini1 Anaelí Brandelli Peruzzo1   A qualificação da assistência hospitalar em relação ao cuidado dos pacientes com feridascomplexas é um desafio1 . A Comissão de Pele atua diante desta demanda e é composta por uma equipemultiprofissional cujas atividades principais englobam planejar, elaborar, implantar, atualizar rotinas eprotocolos de prevenção e cuidado as lesões de pele, testar e padronizar coberturas considerando omelhor custo-benefício, monitorar indicadores assistenciais de custos e cuidados, bem como realizareducação permanente1 . Objetivo: Relatar a experiência da Comissão de Pele em relação ao monitoramentodos custos com as coberturas carboximetilcelulose com prata e tela de poliamida com silicone nas unidadesde internação em um hospital geral de grande porte no município de Porto Alegre. Método: Relato deexperiência. Relato: O alto custo com coberturas para o tratamento de feridas motivou a Comissão de Pelea realizar o monitoramento da indicação de uso das coberturas de maior valor, sendo elas acarboximetilcelulose com prata e a tela de poliamida com silicone. Assim, as duas enfermeiras que atuamexclusivamente na Comissão de Pele iniciaram o monitoramento das avaliações das feridas realizadas porenfermeiros nas unidades de internação e das coberturas escolhidas para o tratamento destas lesões. Asinformações foram coletas no prontuário do paciente. Quando indicado o uso de um dos produtos citados,as enfermeiras da Comissão de Pele realizaram uma nova avaliação da ferida do paciente em conjunto como enfermeiro responsável pelo setor, oportunizando a escolha da cobertura com melhor custo-benefício. Aatividade iniciou no segundo semestre do ano de 2017. Resultados: No primeiro semestre de 2017 a médiado custo com carboximetilcelulose com prata foi de R$ 26.811,23 (±R$ 9.729,69) e da Tela de poliamidacom silicone R$ 25.055,90 (±R$ 5.526,72). No segundo semestre, após o início do monitoramento, os custosforam R$ 11.127,00 (±R$ 4.626,28) e R$ 8.630,76 (±R$ 3.803,39), respectivamente. Evidenciou-se umaredução significativa dos custos em aproximadamente 50%. Conclusão: A atuação da Comissão de Pele naassistência ao paciente em conjunto com o enfermeiro assistencial permite a qualificação do cuidadodevido à discussão do caso e a redução dos custos pelo uso de coberturas com melhor custo-benefício. Adiminuição de custos possibilita que os recursos sejam realocados diante das reais necessidades do setor. Atividade antimicrobiana de extratos de fungos endofíticos do Nordeste no tratamento de afecções: uma pesquisa experimental Hallana Laisa de Lima Dantas3 * Elizabeth Soares dos Santos1 * Adriana Martins da Conceição1 * Joice Fragoso Oliveira de Araújo1 * Maria Lysete de Assis Bastos1 * Adriana Reis Todaro1 ResumoIntrodução: É sabido que os vegetais, largamente encontrados no sertão nordestino, Catingueira(Caesalpinia pyramidalis) e Imburana (Commiphora leptophloeos) são utilizados pela população nativa paramanejar enfermidades como escoriações, candidíase oral, queimaduras, acne, dentre outros. Deste modo,é curioso investigar o comportamento terapêutico destas plantas, e desvendar se suas propriedades deação biológica provêm de fato do vegetal ou de fungos endofíticos associados em simbiose com asmesmas. Objetivo: O presente trabalho tem por finalidade avaliar in vitro à atividade antimicrobiana dosextratos de fungos endofíticos isolados de plantas da Caatinga. Metodologia: Trata-se de uma pesquisaexperimental in vitro realizada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em DesenvolvimentoTecnológico e Inovação, desenvolvida no Laboratório de Pesquisa de Tratamento deFeridas/ESENFAR/UFAL, referente ao ciclo 2017-2018. Os endofíticos analisados são oriundos de plantas daCaatinga, coletadas em Delmiro Couveia-AL, nos meses de agosto/2017 e janeiro/2018. Submetidos adeterminação da concentração inibitória mínima (CIM) frente as bactérias Staphylococcus aureus (ATCC25923), S. epidermidis (ATCC 14990) e Escherichia coli (ATCC 25922) conforme descrito pelo protocolo doClinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, 2012ab e CLSI, 2008). Resultados: Os extratos fúngicosoriuntos das plantas Catingueira e Imburana da Caatinga, apresentaram atividade antimicrobiana paraEscherichia coli (500 μg/mL;250 μg/mL), Staphylococcus aureus (500 μg/mL;500 μg/mL) e S. epidermidis(250 μg/mL;500 μg/mL). CONCLUSÃO: Os fungos endofíticos apresentaram atividade relevante para ocombate a microorganismos problemáticos para o manejo de feridas. O potencial bioativo destesorganismos fúngicos deve continuar a ser estudado, para um melhor dimensionamente de suas aplicaçõesna terapêutica de afecções.   Processo de cicatrização no uso tópico de emulsão de óleo de copaifera multijuga em lesões cutâneas de camundongos Débora Juliana dos Anjos Tangerino4 * Jéssica Da Silva Cunha Breder5  * Maria Helena de Melo Lima2 * Paulo César Pires Rosa1   ResumoIntrodução: O óleo de copaíba é extraído do interior do tronco das Copaibeiras, apresenta característicasaromáticas e atividades farmacológicas atribuídas aos compostos sesquiterpenicos. É utilizado para tratarinflamações, dermatites, em cicatrização de ferimentos, infecções do trato urinário e respiratório.Objetivo: determinar a composição química e avaliar o reparo tecidual das lesões cutâneas emcamundongos saudáveis frente ao uso emulsão contendo o óleo de copaíba. Métodos: O óleo de Copaiferamultijuga é cadastrado no SisGen no A72F740, foi analisado utilizando sistema de cromatografia a gásacoplada a espectrômetro de massas (GC-MS) o equipamento utilizado foi o Agilent (HP6890) com a colunaHP5MS 5MS (30 m de comprimento x 0,250 mm de diâmetro internox 0,25 um de espessura de filme)temperatura de injetor 260°C; modo Split (20:1); aquecimento de forno de 60°C até 250°C (3°C) com fluxoconstante de 1 mL/min; gás de arraste Hélio; temperatura da linha de transferência 270°C; a fonte deionização 230°C, temperatura do analisador quadrupolo 160°C; energia de ionização de 70 eV; corte desolvente de 3 minutos; modo de aquisição scan na faixa de 34-550 Da. Foi realizado estudo da atividadecicatrizante da emulsão contendo óleo de Copaifera multijuga em feridas. A ferida foi realizada com ummolde de 1cm2 na região dorsal de camundongos C57BL/6J. Os animais foram divididos em dois grupos,grupo placebo e grupo tratado. No grupo tratado foi utilizada uma emulsão contendo 10% de óleo-resinade copaíba. Os grupos foram subdivididos em 3 subgrupos de acordo com o tempo de tratamento: 3, 6 e 12dias. O processo de cicatrização foi acompanhado por meio de fotos. As imagens foram digitalizadas e aárea das feridas mensurada por meio da utilização do software Image J. 1.49 v. O fechamento foi expressoem porcentagem (%), calculada pela seguinte fórmula: [((área diária) x 100) / área inicial]. Estudo aprovadopela Comissão de Ética na Experimentação Animal, protocolo no 4593-1/2017. Resultados: na análise porCG-MS o óleo apresentou β-cariofileno com 83% em sua composição, seguido do α-Humulene com 11,49%.Não diferença significante na contração da ferida entre os grupos. Conclusão: Trabalhos associam àcicatrização e efeito anti-inflamatório a ação de β- cariofileno, no entanto nossos resultados preliminaresnão observamos diferença significante na contração da ferida com o tratamento. Sendo necessáriaavaliação histológica para avaliar o reparo tecidual.   Barbatimão (Stryphnodendron Adstringens (Mart.) Coville) Modula Marcadores Citofuncionais de Fibroblastos Humanos Senescentes Moisés Henrique Mastella6 * Bruna Chitolina1 * Beatriz Sadigursky Nunes Cunha1 * Euler Esteves Ribeiro7 * Marta Medeiros Frescura Duarte8 * Neida Luiza Kaspary Pellenz1   ResumoIntrodução: Os fibroblastos, principais células da pele, são responsáveis pela síntese de colágeno emanutenção da matriz extracelular. Com o envelhecimento, tais células reduzem sua capacidadeproliferativa e cicatricial. Alguns fatores potencializam essa perda, entre estes estão quadros deinflamação crônica e morte celular causado pelo excesso de danos ao DNA decorrente daineficiência da célula em eliminar xenobióticos. Assim, a busca por compostos naturais, como é ocaso do barbatimão (Stryhpnodendron adstringens (Mart.) Coville) utilizada para fins decicatrização na medicina popular, pode ter efeito promissor com potencial atividade moduladora.Objetivo: Avaliar in vitro o efeito do barbatimão em marcadores citofuncionais de fibroblastoshumanos senescentes. Métodos: Células da linhagem de fibroblastos humanos HFF-1 foramcultivadas em condições controladas e repicadas até atingirem morfologia senescente (± 50 dias)via observação citomorfológica por microscopia confocal. As células, foram expostas ao extrato debarbatimão nas concentrações de 0,49 mg/mL e 0,99 mg/mL. Após 72 horas de exposição, foramanalisados espectrofotometricamente os níveis das citocinas inflamatórias interleucina (IL) 1β, 6 e10, fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e interferon gama (INF-γ), além da taxa de danos ao DNAvia 8-hydroxy-2'-deoxyguanosine (8-OHdG) e marcadores apoptóticos, via caspases (Casp) 3 e 8.Resultados: Todos os resultados foram dose-dependentes, sendo o extrato do barbatimão capazde reduzir a expressão das citocinas inflamatórias e aumentar a antiinflamatória (IL-10) e diminuira expressão de marcadores apoptóticos e de dano ao DNA. Conclusões: Apesar das limitaçõesmetodológicas de estudos in vitro, nossos resultados indicam que o barbatimão pode ser ummodulador positivo da pele e seu uso poderia prevenir o surgimento de necrose, muitorelacionada ao aparecimento de lesões por pressão, um grande problema de saúde pública noBrasil, principalmente entre idosos acamados.   Prevalência do pé diabético no estado de minas gerais nos anos de 2008 a 2012  Wendel Jose Teixeira Costa9 * Maially Moreira de Souza Eleto Hamade1 *Nadielle de Oliveira Almeida1 * Mariana de Castro Pereira Pontes10 * Tatiana Carvalho de Freitas2 *  Ítalla Maria Pinheiro Bezerra2   ResumoIntrodução: Diabetes Mellitus (DM) decorre da falta e/ou da incapacidade da insulina exerceradequadamente suas funções no organismo. Dentre as complicações está síndrome do pé diabético (PD),que são ulcerações, infecções ou destruições da pele e dos tecidos profundos associados à neuropatia ouenfermidades arteriais periféricas nas extremidades inferiores. Objetivo: Descrever a prevalência do pédiabético, no estado de Minas Gerais no período de 2008 a 2012. Método: Estudo transversal comdelineamento de série temporal e utilização de dados secundários referentes à morbidade de indivíduosdiabéticos, cadastrados e acompanhados pelo Sistema HIPERDIA no período de 2008 a 2012. Resultados:Foram registrados 125.644 diabéticos sendo DM Tipo I n=6154 (4,9%); DM Tipo II n=14471 (11,5%) e DMcom hipertensão (Dc/HA) n=105019 (83,6%). Quanto ao PD observou-se maior prevalência no grupo Dc/HAn=4126 (39,3/1000Dc/HA), em tabagistas n=1234 (299/1000Dc/HA), com sobrepeso n= 2106(511/1000Dc/HA), bem como nos doentes renais crônicos n=1113 (270/1000Dc/HA). A análise por faixaetária demonstrou aumento progressivo a partir dos 45 anos em todos os tipos de DM. Conclusão: Aprevalência do PD demonstrou-se mais elevada em diabéticos com hipertensão arterial, tabagistas, obesose acima de 45 anos. Tais achados reforçam a afirmativa que a DM e o PD são importantes problemas desaúde pública e necessitam de políticas públicas e linhas de cuidado eficientes para sua prevenção efetiva,diagnóstico precoce e tratamento adequado. A equipe de enfermagem é parte ativa desse processo e deveestar preparada, principalmente para a execução de ações preventivas e implementação de tratamentoadequado, a fim de evitar complicações futuras como feridas de difícil tratamento e amputações evitáveis.   Cuidado multiprofissional à pessoa com úlcera venosa recidivante: um estudo de caso Luciana Souza Lima Brito11 * Erika Anny Costa Cerqueira12 * Cleonara Sousa Gomes e Silva2 *Aline Silva Gomes Xavier2 * Silvia da Silva Santos Passos2 * Cláudio Emanuel Campelo Gonçalves Silva1   ResumoIntrodução: As úlceras de perna secundárias à insuficiência venosa periférica possuem elevadaprevalência na população. Existem diversas explicações sobre a fisiopatologia, mas o principalfator envolvido é a reduzida difusão de nutrientes para os tecidos devido a elevada pressão nasveias e capilares. Geralmente estas lesões são dolorosas, altamente secretivas e podem serrecidivantes. Objetivo: Apresentar o cuidado multiprofissional a uma pessoa com úlcera venosarecidivante. Método: Pesquisa exploratória, do tipo estudo de caso de um homem com úlcera deperna decorrente de insuficiência venosa periférica, assistido em serviço público de referência nointerior da Bahia. Os dados foram coletados no prontuário em julho de 2018. Resultados: R.F.A, 68anos, etilista e tabagista, apresenta histórico de recidiva de úlcera de perna há 40 anos, sendo quea última ocorreu há um ano. Em fevereiro de 2018 iniciou tratamento com enfermeira,nutricionista, fisioterapeuta e médico clínico em serviço público especializado. Apresentava lesãocircular em membro inferior esquerdo, com necrose úmida de coloração marrom e amarela,exsudato serosaguinolenta em grande quantidade, odor fétido e queixa de dor intensa durantemanipulação. No decorrer do tratamento instituído pela enfermeira, foi realizado debridamentoinstrumental conservador, quando necessário, e utilizados solução spray de PHMB, creme debarreira e bota de Unna. Além disso, com a evolução da cicatrização, institui-se o uso deformulação de hidrogel com alginato de cálcio, fibra de alginato e malha impregnadas com prata.As intervenções da fisioterapeuta foram alongamento global, mobilização de cinturas pélvica eescapular, estimulação dos membros inferiores e exercício respiratório. A nutricionista, por suavez, prescreveu imunomoduladores e reeducação alimentar, orientando quanto a redução daingesta de carboidratos e aumento da ingesta hídrica e de proteínas. Com a progressão dotratamento, obteve-se cicatrização completa da lesão após quatro meses, sendo, após alta,orientado quanto a hidratação da pele, uso de meia compressiva, elevação de membros inferioresquando edemaciados, ingesta hídrica e redução do tabagismo e alcoolismo. Conclusão: Arealização de uma assistência multiprofissional, o uso das coberturas adequadas às alterações e àsfases da cicatrização, assim como a amenização da causa da lesão favorecem a cicatrização.   O uso do óleo de pentachletramacroloba no processo cicatricial em lesão por pressão: um relato de experiência Ana Luiza Almeida do Espírito Santo1 * Maycon Douglas Silva Costa1*Raclícia de Oliveira Ferreira1*Bruno de Sousa Carvalho Tavares1   ResumoIntrodução: Pacientes acamados em instituições hospitalares permanecendo longos períodos namesma posição muitas vezes desenvolvem lesões de pele, acarretando na geração de lesão porpressão, esses problemas, além de resultar maior custo financeiro, podem comprometer aindamais o quadro clínico do paciente e aumentar o risco de infecção e maior tempo de internação.Objetivo: Apresentar um relato de experiência, em cliente portador de lesão por pressão estágioIV, com tratamento diferencial pelo uso do óleo de Pentachletramacroloba viabilizando acicatrização até o fechamento da lesão. Método: Trata-se um relato de experiência realizado naunidade de terapia intensiva do hospital de Especialidade de Macapá. Respeitando-se os aspectosético-legais da Resolução 466/2012. Paciente sexo masculino, 33 anos, após sofrer um acidente automobilístico, diagnosticado com traumatismo raquimedular e crânio encefálico. Durante o pós-operatório, ficou acamado por 4 dias, sem mudança de decúbito necessária, acarretando no aparecimento de lesão por pressão localizada na região sacrococcígea. Iniciou-se o protocolo detratamento diferencial da ferida utilizando o óleo de Pentachletramacroloba. Resultados:Evidenciando melhora da ferida após aplicação do óleo que possui propriedades químicasfavoráveis à cicatrização com rápido crescimento de tecido de granulação, neovascularização,redução da exsudação, lubrificação, emoliente e epitelização. O fechamento da lesão concluiu-seem 40 semanas. Conclusão: Os resultados desse estudo evidenciaram a viabilidade clínica notratamento utilizando do óleo de Pentachletramacroloba em lesão por pressão. Aprendendo a necessidade do cuidado através da dor da amputação: uma lesão inicial de pé diabéticoFernanda LapiMardegan2 * Bárbara Rodrigues1 ResumoPaciente de 73 anos, diabético, com lesão inicial em pé diabético, sem acompanhamento,evoluindo para infecção e posterior amputação. O procedimento foi realizado em caráter deurgência e o médico não suturou o coto, o que gerou uma preocupação ainda maior ao paciente eaos familiares, principalmente pelo medo de reinfecção. Por indicação, a filha contratou osserviços de enfermagem especializada e através de coberturas tecnológicas e laserterapia de baixafrequência, em 7 meses conseguimos a epitelização total da lesão, sem nenhuma infecção egarantindo o conforto e a segurança ao paciente no atendimento domiciliar. Hoje o relato dopaciente é ter aprendido da pior forma: através da dor. Mas já faz podiatria desde então no outropé, adquiriu sapato adequado e luta pelo sonho de uma prótese.   O cuidado no descuido da atual saúde pública: um relato de experiência Adriana Ribeiro Camargo3   ResumoMulher, 49 anos, semianalfabeta, parda, caquexia, porém pele íntegra, diabetes tipo 2 nãocompensada, hipertensão não compensada, DPOC não tratada, ex tabagista (3 maços/dia) há 10 anos, esquizofrênica sem tratamento, com Pneumonia bilateral necessitando ventilação mecânica-VM- por 16 dias, 11 dias destes sem qualquer tipo de alimentação; fisioterapia ou drogas vasoativas somente antibioticoterapia venosa e Atracurio e Midazolan em unidade sem recursosintensivos. No 12o dia de VM, foi para CTI, onde iniciou cuidados intensivos adequados. Alta aenfermaria 18o dia e alta hospitalar com 22 dias com antibioticoterapia oral por 7 dias +Hipoglicemiante oral e encaminhamento para endocrinologista, pneumonologista e clínico geralem unidade básica de saúde. Condições alta hospitalar: caquexia exacerbada, perda muscularimportante; sem deambular; alternando obnubilação com falta de orientação alo psíquica esonolência; Diabetes e pressão arterial sem mensurar; Lesão por pressão -LP- apresentando-se 4odia de internação de categoria III glúteo D porção proximal ao sulco interglúteo com presençaesfacelos aderidos; bordos elevados tecido de granulação com aspecto infecioso drenandoexsudato purulento média a grande quantidade, prejudicado pela proximidade do ânus eutilização de fraldas. Iniciado adaptação emergencial de cuidados com soro fisiológico 0,009%-SF0,009%- + colagenase no interior e bordos Ácidos Graxos Essenciais –AGE– cobertura oclusivagazes e curativo diário, durando 4 dias. Após iniciado SF0,009% limpeza do excesso e finalizandocom Polihexametileno de Biguanida–PHMB– especificações do fabricante; realizado coberturacom fibra Alginato de Cálcio e Sódio e bordos AGE e cobertura secundária com gazes. Retirada acada 3 dias, sempre grande quantidade exsudato seropurolento misturado ao produto que sedecompõem em gel. Realizado desbridamento instrumental técnica Cover incompleta, paraviabilidade de penetração da cobertura no 7o dia. A fibra alginato utilizada por 7 trocasconsecutivas evoluindo para pouco tecido de esfacelo e bom tecido de granulação mantido comDersani com Alginato gel e bordos com Dersani gel. Evoluindo com 9 dias para AGE. Perfazendototal 61 dias para início da cicatrização/fechamento da lesão. Lembrando que o tratamento foirealizado sem demais aportes multidisciplinares, devido à dificuldade de acesso da paciente a redede atenção a saúde, sabendo-se não ser ideal acreditando assim a postergação dos resultados. Concepção da enfermagem frente à paciente com dermatite atópica infectada: relato de experiênciaMartina de Vasconcelos Oliveira Lemos4 * Pedro Henrique dos Santos1*Andrelina Alves Mangueira1Marcela Barbosa de Farias1 *Ótamis Ferreira Alves1* Isadora Cristina Rodrigues deAmorim Pereira1 ResumoLCSL, 22 anos, casada, parda, residente em um bairro que não possui saneamento básico,portadora de dermatite atópica infectada em ambas as mãos, encontrava-se no sétimo mês degestação, do terceiro filho. Compareceu a Unidade Saúde da Família - USF sendo encaminhadapela Enfermeira Obstétrica da maternidade do município onde reside para avaliação daEnfermeira Dermatológica da USF para avaliação uma vez que a mesma já encontrava-se háquarenta dias em tratamento com pomada a base de anti-inflamatório e antibiótico associados,prescrita por dermatologista, porém sem melhora do quadro e piorando ainda mais processoinfeccioso passando a impossibilitá-la de mexer os dedos das mãos, passando a surgir angustiarelacionada ao medo de não poder cuidar do seu filho. Na USF, foi iniciado curativo especial em30.05.18 higrogel com polihexametilenobiguanida com troca inicial em 24 horas já sendo possívelobservar uma melhora no aspecto da lesão, porém com presença de sangramento intenso naslesões sendo necessário associar ao hidrogel uso de alginato de cálcio para ação hemostáticasendo feita segunda troca com 48 horas e demais posteriores também com 48 horas epitelizaçãototal das lesões com 8 dias após início dos curativos especiais na USF. Na alta, cliente foi orientadaa usar toalhas macias e enxugar a pele com delicadeza, dar preferência a sabonetes líquidos einfantis, evitando sabonetes de glicerina que ressecam ainda mais a pele, hidratação constante dapele, evitar soluções irritantes como amaciantes, branqueadores e detergentes, não coçar a pele.   Relato de experiência da materialização da longitudinalidade do cuidado em uma unidade atenção primária a saúde na Secretaria Municipal de Saúde – RJ Luiz Leonardo Louzada Nobrega5 * Flávia Atanazio do Nascimento1* Claudia da Hora Silva Benholiel1   ResumoA úlcera venosa representa há décadas um importantíssimo problema de saúde em âmbitomundial, pois exerce um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas. Um dos fatoresdesencadeantes de maior prevalência é a insuficiência venosa. Descrição do caso: Usuária, 64anos, com úlcera venosa há 30 anos vem sendo acompanhada há dois meses, de forma sistêmica,hipertensa, diabética, cardiopata. Quanto ao processo evolutivo de cicatrização da lesão cutânea.Úlcera Venosa contendo pele periferida hidratada e com epitelização, borda irregular e comhiperceratose em região inferior. Lesão indolor, com odor fétido e exsudato seropurulento emgrande quantidade. Leito com tecido de granulação, apresentando argirose em regiões: superior einferior. TÉCNICA: Todo o tratamento teve por base científica o modelo TIME que engloba quatrocomponentes que sustentam a preparação do leito da ferida (gestão do tecido, controle dainflamação e infecção, gestão da exsudato, bordas (epitélio). Conduta: limpeza com sorofisiológico 0,9%. Aplicar por 10 a 15 min a solução de PHMB. Após colocar carvão ativado, gaze eocluir com atadura. Troca do curativo primário a cada 72 horas e o curativo secundário a cada 24horas. Discussão: Observou-se que o cuidado da pessoa com lesão é potente quando realizadopela equipe com a complementariedade dos saberes e quando a interação com a pessoa acontececom o fortalecimento do vínculo, fazendo sentido o cuidado tanto para o cuidador como para apessoa que é cuidada. Como resultado das intervenções temos tanto a melhora dos sinais esintomas no processo de cicatrização como a da auto-estima da usuária que nos encontros, com aequipe relata como esse vínculo e cuidado tem transformado sua vida, mesmo nesse período dequatro semanas. Conclusão: Concluímos que a instrumentalidade do conhecimento associado asingularidade da pessoa com lesão possibilita um cuidado adequado e assertivo. ODesenvolvimento de habilidades no manejo do Projeto Terapêutico Singular(PTS), a atitude daescuta qualificada, contribuindo para o envolvimento da pessoa com seu tratamento, associado asistematização da assistência em enfermagem são de vital importância no processo de cicatrizaçãoda lesão, impactando na adesão ao tratamento e na compreensão da equipe e da usuária de que épossível compartilhar o cuidado na APS.   Cuidado holístico ao paciente com pé diabético a progressão do cuidado de enfermagem: relato de experiência Nathalia Freire Andrade6  ResumoIntrodução: O pé diabético é um problema de saúde pública de alto custo, sendo causasfrequentes de internações hospitalares, diminuição da produtividade do indivíduo e gastoselevados com o tratamento clínico e medicamentoso. Objetivo: Relatar a experiência deacadêmicas de enfermagem no cuidado ao paciente com pé diabético. Método: descritivo,qualitativo do tipo relato de experiência, realizado por acadêmicas de enfermagem do 3o e 4osemestre da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza-CE, no período de outubro de 2017 amarço de 2018 em Maracanaú-CE a análise dos dados se deu por acompanhamento diário decampo das autoras. Resultados: F.A.U.L, 50 anos, sexo masculino, diabético, deambula comauxilio, apresentou-se na unidade hospitalar de rede privada, com amputação dos pododáctilos domembro inferior direito (MID) possuindo laceração na região plantar por lesão traumática. Regiãodorsal: Bordas irregulares, tecido de granulação, esfacelos e biofilme. Foi utilizado para assepsia SF0,9% + Clorexidina Degermante 2% em região perilesional. No leito da lesão SF 0,9%+soluçãoantisséptica de PHMB e cobertura com gaze simples e hidrogel, na região da lesão. Regiãoplantar:Com bordas irregulares, exsudato purulento em moderada quantidade, odor fétido,presença de tecido de granulação, esfacelos e biofilme. Foi utilizado para assepsia SF 0,9% +cloxidinadegermante 2% em região perilesional. Já no leito da lesão SF 0,9%+ solução antissépticade PHMB + debridamento instrumental, e a cobertura com gaze simples e Aquacel. Todotratamento durou 6 meses, o que tornou uma vivencia enriquecedora foi para além dascoberturas, foi o olhar que o paciente permeou na condução do tratamento fazendo acompreensão das orientações de enfermagem e acreditando na possibilidade de deambular semauxilio, apesar de ter sido desacreditado por outros profissionais após amputação. Conclui-se quea vivencia foi enriquecedora na formação acadêmica das participantes e mostrando que a relaçãointerpessoal com o paciente faz uma total diferença no tratamento e no cuidado do paciente compé diabético.   Uma pessoa ferida! Cuidado com a lesão do corpo e da alma  Renata Jardim da Costa7   ResumoIntrodução: Úlceras por pressão são lesões decorrentes de hipoxia celular levando à necrosetecidual. Geralmente, estão localizadas em áreas de proeminências ósseas e ocorrem quando apressão aplicada à pele por algum tempo é maior que a pressão capilar normal. Relato de caso:Paciente 63 anos, deu entrada num Hospital Estadual do Rio de Janeiro, após tentativa de suicídiocom ingestão de diversos medicamentos. Após uma depressão respiratória, foi entubada e ficouno CTI por 21 dias, onde adquiriu uma úlcera por pressão. Passou mais dez dias na enfermariaonde foi realizado o desbridamento da região necrosada. A alta aconteceu depois que a família secomprometeu em cuidar da lesão no domicílio. No dia 05 de outubro de 2107 iniciou-se oacompanhamento em domicilio, a família foi um fator importante no processo do cuidado, mesmonão possuindo uma renda alta se comprometeram em conseguir todo o material necessário para ocuidado através da compra ou mesmo de doações de amigos e parentes. O tratamento foirealizado com prontosan na limpeza do leito da ferida e a aplicação do safigel e a colocação daplaca de alginato, com trocas diárias nas duas primeiras semanas devido ao grande volume deexsudato. As trocas diminuíram para cada 48h nas semanas subsequentes, o cavilon foi usado aoredor da lesão para proteger a pele que estava íntegra. Com a diminuição do exsudato e com o fimdo foco de infecção o tratamento seguiu com o safigel até a sua total cicatrização. A famíliaacionou a Equipe de Saúde da Família para o cuidado da depressão da paciente e para ajudar nofornecimento do material para o curativo e na prescrição das medicações necessárias. Resultado:Em seis meses de cuidados a lesão cicatrizou, o uso do material adequado e da técnica assépticamesmo estando em domicílio foram de suma importância para o sucesso do tratamento.Juntamente com o tratamento da lesão, o cuidado integral realizado pelos profissionais da Clínicada família, o comprometimento de familiares e amigos e o encaminhamento ao especialista paracuidar da depressão fizeram com que a lesão da pele e a da alma fossem curadas, segundo relatoda própria paciente.   Pioderma Gangrenoso: atuação multidisciplinar com foco na cicatrização: relato de experiência  Eliziete Costa De Oliveira8 * Mariane Roza Ricon De Freitas1    ResumoIntrodução: O pioderma gangrenoso (PG) é uma dermatose crônica com características peculiarese etiologia desconhecida, muitas vezes de difícil diagnóstico. Manifesta-se através de lesõescutâneas ulceradas e dolorosas de evolução rápida e progressiva, mais comum em membrosinferiores. A terapia se baseia na imunossupressão e tratamento tópico. Torna-se fundamental aconduta médica, os cuidados intensivos de enfermagem, bem como a intervenção nutricionalindividualizada. Objetivo: destacar a importância da atuação multiprofissional no processocicatricial do Pioderma Gangrenoso e a reabilitação clínica da paciente. Método: relato deexperiência sobre a assistência à paciente ingressa no atendimento ambulatorial do ProgramaSaúde Integral Plasc. M.A.J.C, 75 anos, sexo feminino, parda. HAS, varizes em MMII e diverticulite.Diagnosticada em maio de 2018 com Pioderma Gangrenoso, acometendo a região posterior dapanturrilha direita e esquerda. Acolhida em consulta em agosto de 2018 pela Enfermeira eMédico, posteriormente pela nutricionista da equipe multidisciplinar. Acompanhamento realizadodurante todo o processo de cicatrização, com a realização de curativos diários pela enfermeira,com aporte farmacológico e clínico pelo médico, suporte nutricional pela nutricionista.Resultados: através do gerenciamento multidisciplinar, é possível evidenciar o êxito narecuperação e reabilitação da paciente, Mensurações: 06/08/18 Panturrilha esquerda (6,5x5,5cm),Direita (7,5x5,5cm) em 10/09/18 Esquerda (4x4cm), Direita (5,5x4,5cm). Em 35 dias de tratamentohouve redução de 45,1% em média em ambas as lesões. Conclusão: o estímulo à relaçãomultidisciplinar deve ser visto como uma parceira na resolubilidade das complicações da saúde,assim como essencial ponto para obter êxito no tratamento proposto, conhecendo aindividualidade da paciente atendida. Palavras chave: equipe multidisciplinar, piodermagangrenoso, gerenciamento de idosos, barbatimão.   Manejo de úlcera arterial com papaína pelo especialista: relato de experiência Hellenn Cristina Nunes Santos9 Introdução: Úlceras arteriais são consequência da insuficiência arterial, predominantemente pelaaterosclerose. O diagnóstico, tratamento e acompanhamento requer profissional especializado ecapacitado diante de sua complexidade. A papaína além de desbridante enzimático possuipropriedades bactericida e bacteriostática (gel 10%) e acelera o crescimento tecidual, atuando deforma seletiva. Objetivo: Relatar a evolução de uma úlcera arterial em tratamento com papaína.Método: Relato de experiência de caso único, em atendimento domiciliar. Levantamento dosdados após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, conforme resolução 466 de2012 do Conselho Nacional de Saúde, através de anamnese, exame físico e registro fotográfico.Resultados: I. G., 89 anos, sexo feminino, residente no Rio de Janeiro. Nega diabetes, hipertensãoe tabagismo. Possui cardiopatia, arritmia e insuficiência arterial. É anticoagulada e antiagregadaplena. Realizou quatro abordagens para dilatação de artéria femoral esquerda, a última com balãofarmacológico. Primeira consulta em 25/11/17: úlcera arterial em maléolo medial esquerdo,medindo 5,0 cm x 5,0 cm, leito 100% de esfacelo, bordas regulares e pouco maceradas, moderadasecreção serosa, pele perilesional com dermatite ocre, hipohidratada e sem sinais flogísticos. Pulsopedioso presente, preenchimento capilar lentificado, pele local fria e pálida. Dor presente, commelhora ao deixar membro pendente. Edema de membros inferiores. Prescrito curativo 12/12horas com papaína gel 10%, creme barreira perilesional e hidratação da pele com creme a base deácidos graxos essenciais. As reavaliações se deram a cada 15 dias em média. Em 07/05/18paciente apresentou úlcera 100% cicatrizada sendo a papaína a única cobertura durante operíodo. Conclusão: Observou-se o sucesso no tratamento da lesão com uso da papaína gel,mesmo diante da complexidade da úlcera e do histórico da paciente, evoluindo com redução e melhora de aspecto até a cicatrização, melhora da dor e da qualidade de vida da paciente. Conclui-se que a avaliação e prescrição de cuidados realizada de maneira individualizada por um especialista foi fundamental para o sucesso na condução do caso.
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spelling Resumos premiados no VII CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS 2018Relato de experiência referente à atuação da comissão de pele no controle de custos hospitalares com coberturas para feridas complexas Diani de Oliveira Machado1 * Bárbara Uritz da Silva2  * Silvia Justo Tramontini1 Anaelí Brandelli Peruzzo1   A qualificação da assistência hospitalar em relação ao cuidado dos pacientes com feridascomplexas é um desafio1 . A Comissão de Pele atua diante desta demanda e é composta por uma equipemultiprofissional cujas atividades principais englobam planejar, elaborar, implantar, atualizar rotinas eprotocolos de prevenção e cuidado as lesões de pele, testar e padronizar coberturas considerando omelhor custo-benefício, monitorar indicadores assistenciais de custos e cuidados, bem como realizareducação permanente1 . Objetivo: Relatar a experiência da Comissão de Pele em relação ao monitoramentodos custos com as coberturas carboximetilcelulose com prata e tela de poliamida com silicone nas unidadesde internação em um hospital geral de grande porte no município de Porto Alegre. Método: Relato deexperiência. Relato: O alto custo com coberturas para o tratamento de feridas motivou a Comissão de Pelea realizar o monitoramento da indicação de uso das coberturas de maior valor, sendo elas acarboximetilcelulose com prata e a tela de poliamida com silicone. Assim, as duas enfermeiras que atuamexclusivamente na Comissão de Pele iniciaram o monitoramento das avaliações das feridas realizadas porenfermeiros nas unidades de internação e das coberturas escolhidas para o tratamento destas lesões. Asinformações foram coletas no prontuário do paciente. Quando indicado o uso de um dos produtos citados,as enfermeiras da Comissão de Pele realizaram uma nova avaliação da ferida do paciente em conjunto como enfermeiro responsável pelo setor, oportunizando a escolha da cobertura com melhor custo-benefício. Aatividade iniciou no segundo semestre do ano de 2017. Resultados: No primeiro semestre de 2017 a médiado custo com carboximetilcelulose com prata foi de R$ 26.811,23 (±R$ 9.729,69) e da Tela de poliamidacom silicone R$ 25.055,90 (±R$ 5.526,72). No segundo semestre, após o início do monitoramento, os custosforam R$ 11.127,00 (±R$ 4.626,28) e R$ 8.630,76 (±R$ 3.803,39), respectivamente. Evidenciou-se umaredução significativa dos custos em aproximadamente 50%. Conclusão: A atuação da Comissão de Pele naassistência ao paciente em conjunto com o enfermeiro assistencial permite a qualificação do cuidadodevido à discussão do caso e a redução dos custos pelo uso de coberturas com melhor custo-benefício. Adiminuição de custos possibilita que os recursos sejam realocados diante das reais necessidades do setor. Atividade antimicrobiana de extratos de fungos endofíticos do Nordeste no tratamento de afecções: uma pesquisa experimental Hallana Laisa de Lima Dantas3 * Elizabeth Soares dos Santos1 * Adriana Martins da Conceição1 * Joice Fragoso Oliveira de Araújo1 * Maria Lysete de Assis Bastos1 * Adriana Reis Todaro1 ResumoIntrodução: É sabido que os vegetais, largamente encontrados no sertão nordestino, Catingueira(Caesalpinia pyramidalis) e Imburana (Commiphora leptophloeos) são utilizados pela população nativa paramanejar enfermidades como escoriações, candidíase oral, queimaduras, acne, dentre outros. Deste modo,é curioso investigar o comportamento terapêutico destas plantas, e desvendar se suas propriedades deação biológica provêm de fato do vegetal ou de fungos endofíticos associados em simbiose com asmesmas. Objetivo: O presente trabalho tem por finalidade avaliar in vitro à atividade antimicrobiana dosextratos de fungos endofíticos isolados de plantas da Caatinga. Metodologia: Trata-se de uma pesquisaexperimental in vitro realizada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em DesenvolvimentoTecnológico e Inovação, desenvolvida no Laboratório de Pesquisa de Tratamento deFeridas/ESENFAR/UFAL, referente ao ciclo 2017-2018. Os endofíticos analisados são oriundos de plantas daCaatinga, coletadas em Delmiro Couveia-AL, nos meses de agosto/2017 e janeiro/2018. Submetidos adeterminação da concentração inibitória mínima (CIM) frente as bactérias Staphylococcus aureus (ATCC25923), S. epidermidis (ATCC 14990) e Escherichia coli (ATCC 25922) conforme descrito pelo protocolo doClinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, 2012ab e CLSI, 2008). Resultados: Os extratos fúngicosoriuntos das plantas Catingueira e Imburana da Caatinga, apresentaram atividade antimicrobiana paraEscherichia coli (500 μg/mL;250 μg/mL), Staphylococcus aureus (500 μg/mL;500 μg/mL) e S. epidermidis(250 μg/mL;500 μg/mL). CONCLUSÃO: Os fungos endofíticos apresentaram atividade relevante para ocombate a microorganismos problemáticos para o manejo de feridas. O potencial bioativo destesorganismos fúngicos deve continuar a ser estudado, para um melhor dimensionamente de suas aplicaçõesna terapêutica de afecções.   Processo de cicatrização no uso tópico de emulsão de óleo de copaifera multijuga em lesões cutâneas de camundongos Débora Juliana dos Anjos Tangerino4 * Jéssica Da Silva Cunha Breder5  * Maria Helena de Melo Lima2 * Paulo César Pires Rosa1   ResumoIntrodução: O óleo de copaíba é extraído do interior do tronco das Copaibeiras, apresenta característicasaromáticas e atividades farmacológicas atribuídas aos compostos sesquiterpenicos. É utilizado para tratarinflamações, dermatites, em cicatrização de ferimentos, infecções do trato urinário e respiratório.Objetivo: determinar a composição química e avaliar o reparo tecidual das lesões cutâneas emcamundongos saudáveis frente ao uso emulsão contendo o óleo de copaíba. Métodos: O óleo de Copaiferamultijuga é cadastrado no SisGen no A72F740, foi analisado utilizando sistema de cromatografia a gásacoplada a espectrômetro de massas (GC-MS) o equipamento utilizado foi o Agilent (HP6890) com a colunaHP5MS 5MS (30 m de comprimento x 0,250 mm de diâmetro internox 0,25 um de espessura de filme)temperatura de injetor 260°C; modo Split (20:1); aquecimento de forno de 60°C até 250°C (3°C) com fluxoconstante de 1 mL/min; gás de arraste Hélio; temperatura da linha de transferência 270°C; a fonte deionização 230°C, temperatura do analisador quadrupolo 160°C; energia de ionização de 70 eV; corte desolvente de 3 minutos; modo de aquisição scan na faixa de 34-550 Da. Foi realizado estudo da atividadecicatrizante da emulsão contendo óleo de Copaifera multijuga em feridas. A ferida foi realizada com ummolde de 1cm2 na região dorsal de camundongos C57BL/6J. Os animais foram divididos em dois grupos,grupo placebo e grupo tratado. No grupo tratado foi utilizada uma emulsão contendo 10% de óleo-resinade copaíba. Os grupos foram subdivididos em 3 subgrupos de acordo com o tempo de tratamento: 3, 6 e 12dias. O processo de cicatrização foi acompanhado por meio de fotos. As imagens foram digitalizadas e aárea das feridas mensurada por meio da utilização do software Image J. 1.49 v. O fechamento foi expressoem porcentagem (%), calculada pela seguinte fórmula: [((área diária) x 100) / área inicial]. Estudo aprovadopela Comissão de Ética na Experimentação Animal, protocolo no 4593-1/2017. Resultados: na análise porCG-MS o óleo apresentou β-cariofileno com 83% em sua composição, seguido do α-Humulene com 11,49%.Não diferença significante na contração da ferida entre os grupos. Conclusão: Trabalhos associam àcicatrização e efeito anti-inflamatório a ação de β- cariofileno, no entanto nossos resultados preliminaresnão observamos diferença significante na contração da ferida com o tratamento. Sendo necessáriaavaliação histológica para avaliar o reparo tecidual.   Barbatimão (Stryphnodendron Adstringens (Mart.) Coville) Modula Marcadores Citofuncionais de Fibroblastos Humanos Senescentes Moisés Henrique Mastella6 * Bruna Chitolina1 * Beatriz Sadigursky Nunes Cunha1 * Euler Esteves Ribeiro7 * Marta Medeiros Frescura Duarte8 * Neida Luiza Kaspary Pellenz1   ResumoIntrodução: Os fibroblastos, principais células da pele, são responsáveis pela síntese de colágeno emanutenção da matriz extracelular. Com o envelhecimento, tais células reduzem sua capacidadeproliferativa e cicatricial. Alguns fatores potencializam essa perda, entre estes estão quadros deinflamação crônica e morte celular causado pelo excesso de danos ao DNA decorrente daineficiência da célula em eliminar xenobióticos. Assim, a busca por compostos naturais, como é ocaso do barbatimão (Stryhpnodendron adstringens (Mart.) Coville) utilizada para fins decicatrização na medicina popular, pode ter efeito promissor com potencial atividade moduladora.Objetivo: Avaliar in vitro o efeito do barbatimão em marcadores citofuncionais de fibroblastoshumanos senescentes. Métodos: Células da linhagem de fibroblastos humanos HFF-1 foramcultivadas em condições controladas e repicadas até atingirem morfologia senescente (± 50 dias)via observação citomorfológica por microscopia confocal. As células, foram expostas ao extrato debarbatimão nas concentrações de 0,49 mg/mL e 0,99 mg/mL. Após 72 horas de exposição, foramanalisados espectrofotometricamente os níveis das citocinas inflamatórias interleucina (IL) 1β, 6 e10, fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e interferon gama (INF-γ), além da taxa de danos ao DNAvia 8-hydroxy-2'-deoxyguanosine (8-OHdG) e marcadores apoptóticos, via caspases (Casp) 3 e 8.Resultados: Todos os resultados foram dose-dependentes, sendo o extrato do barbatimão capazde reduzir a expressão das citocinas inflamatórias e aumentar a antiinflamatória (IL-10) e diminuira expressão de marcadores apoptóticos e de dano ao DNA. Conclusões: Apesar das limitaçõesmetodológicas de estudos in vitro, nossos resultados indicam que o barbatimão pode ser ummodulador positivo da pele e seu uso poderia prevenir o surgimento de necrose, muitorelacionada ao aparecimento de lesões por pressão, um grande problema de saúde pública noBrasil, principalmente entre idosos acamados.   Prevalência do pé diabético no estado de minas gerais nos anos de 2008 a 2012  Wendel Jose Teixeira Costa9 * Maially Moreira de Souza Eleto Hamade1 *Nadielle de Oliveira Almeida1 * Mariana de Castro Pereira Pontes10 * Tatiana Carvalho de Freitas2 *  Ítalla Maria Pinheiro Bezerra2   ResumoIntrodução: Diabetes Mellitus (DM) decorre da falta e/ou da incapacidade da insulina exerceradequadamente suas funções no organismo. Dentre as complicações está síndrome do pé diabético (PD),que são ulcerações, infecções ou destruições da pele e dos tecidos profundos associados à neuropatia ouenfermidades arteriais periféricas nas extremidades inferiores. Objetivo: Descrever a prevalência do pédiabético, no estado de Minas Gerais no período de 2008 a 2012. Método: Estudo transversal comdelineamento de série temporal e utilização de dados secundários referentes à morbidade de indivíduosdiabéticos, cadastrados e acompanhados pelo Sistema HIPERDIA no período de 2008 a 2012. Resultados:Foram registrados 125.644 diabéticos sendo DM Tipo I n=6154 (4,9%); DM Tipo II n=14471 (11,5%) e DMcom hipertensão (Dc/HA) n=105019 (83,6%). Quanto ao PD observou-se maior prevalência no grupo Dc/HAn=4126 (39,3/1000Dc/HA), em tabagistas n=1234 (299/1000Dc/HA), com sobrepeso n= 2106(511/1000Dc/HA), bem como nos doentes renais crônicos n=1113 (270/1000Dc/HA). A análise por faixaetária demonstrou aumento progressivo a partir dos 45 anos em todos os tipos de DM. Conclusão: Aprevalência do PD demonstrou-se mais elevada em diabéticos com hipertensão arterial, tabagistas, obesose acima de 45 anos. Tais achados reforçam a afirmativa que a DM e o PD são importantes problemas desaúde pública e necessitam de políticas públicas e linhas de cuidado eficientes para sua prevenção efetiva,diagnóstico precoce e tratamento adequado. A equipe de enfermagem é parte ativa desse processo e deveestar preparada, principalmente para a execução de ações preventivas e implementação de tratamentoadequado, a fim de evitar complicações futuras como feridas de difícil tratamento e amputações evitáveis.   Cuidado multiprofissional à pessoa com úlcera venosa recidivante: um estudo de caso Luciana Souza Lima Brito11 * Erika Anny Costa Cerqueira12 * Cleonara Sousa Gomes e Silva2 *Aline Silva Gomes Xavier2 * Silvia da Silva Santos Passos2 * Cláudio Emanuel Campelo Gonçalves Silva1   ResumoIntrodução: As úlceras de perna secundárias à insuficiência venosa periférica possuem elevadaprevalência na população. Existem diversas explicações sobre a fisiopatologia, mas o principalfator envolvido é a reduzida difusão de nutrientes para os tecidos devido a elevada pressão nasveias e capilares. Geralmente estas lesões são dolorosas, altamente secretivas e podem serrecidivantes. Objetivo: Apresentar o cuidado multiprofissional a uma pessoa com úlcera venosarecidivante. Método: Pesquisa exploratória, do tipo estudo de caso de um homem com úlcera deperna decorrente de insuficiência venosa periférica, assistido em serviço público de referência nointerior da Bahia. Os dados foram coletados no prontuário em julho de 2018. Resultados: R.F.A, 68anos, etilista e tabagista, apresenta histórico de recidiva de úlcera de perna há 40 anos, sendo quea última ocorreu há um ano. Em fevereiro de 2018 iniciou tratamento com enfermeira,nutricionista, fisioterapeuta e médico clínico em serviço público especializado. Apresentava lesãocircular em membro inferior esquerdo, com necrose úmida de coloração marrom e amarela,exsudato serosaguinolenta em grande quantidade, odor fétido e queixa de dor intensa durantemanipulação. No decorrer do tratamento instituído pela enfermeira, foi realizado debridamentoinstrumental conservador, quando necessário, e utilizados solução spray de PHMB, creme debarreira e bota de Unna. Além disso, com a evolução da cicatrização, institui-se o uso deformulação de hidrogel com alginato de cálcio, fibra de alginato e malha impregnadas com prata.As intervenções da fisioterapeuta foram alongamento global, mobilização de cinturas pélvica eescapular, estimulação dos membros inferiores e exercício respiratório. A nutricionista, por suavez, prescreveu imunomoduladores e reeducação alimentar, orientando quanto a redução daingesta de carboidratos e aumento da ingesta hídrica e de proteínas. Com a progressão dotratamento, obteve-se cicatrização completa da lesão após quatro meses, sendo, após alta,orientado quanto a hidratação da pele, uso de meia compressiva, elevação de membros inferioresquando edemaciados, ingesta hídrica e redução do tabagismo e alcoolismo. Conclusão: Arealização de uma assistência multiprofissional, o uso das coberturas adequadas às alterações e àsfases da cicatrização, assim como a amenização da causa da lesão favorecem a cicatrização.   O uso do óleo de pentachletramacroloba no processo cicatricial em lesão por pressão: um relato de experiência Ana Luiza Almeida do Espírito Santo1 * Maycon Douglas Silva Costa1*Raclícia de Oliveira Ferreira1*Bruno de Sousa Carvalho Tavares1   ResumoIntrodução: Pacientes acamados em instituições hospitalares permanecendo longos períodos namesma posição muitas vezes desenvolvem lesões de pele, acarretando na geração de lesão porpressão, esses problemas, além de resultar maior custo financeiro, podem comprometer aindamais o quadro clínico do paciente e aumentar o risco de infecção e maior tempo de internação.Objetivo: Apresentar um relato de experiência, em cliente portador de lesão por pressão estágioIV, com tratamento diferencial pelo uso do óleo de Pentachletramacroloba viabilizando acicatrização até o fechamento da lesão. Método: Trata-se um relato de experiência realizado naunidade de terapia intensiva do hospital de Especialidade de Macapá. Respeitando-se os aspectosético-legais da Resolução 466/2012. Paciente sexo masculino, 33 anos, após sofrer um acidente automobilístico, diagnosticado com traumatismo raquimedular e crânio encefálico. Durante o pós-operatório, ficou acamado por 4 dias, sem mudança de decúbito necessária, acarretando no aparecimento de lesão por pressão localizada na região sacrococcígea. Iniciou-se o protocolo detratamento diferencial da ferida utilizando o óleo de Pentachletramacroloba. Resultados:Evidenciando melhora da ferida após aplicação do óleo que possui propriedades químicasfavoráveis à cicatrização com rápido crescimento de tecido de granulação, neovascularização,redução da exsudação, lubrificação, emoliente e epitelização. O fechamento da lesão concluiu-seem 40 semanas. Conclusão: Os resultados desse estudo evidenciaram a viabilidade clínica notratamento utilizando do óleo de Pentachletramacroloba em lesão por pressão. Aprendendo a necessidade do cuidado através da dor da amputação: uma lesão inicial de pé diabéticoFernanda LapiMardegan2 * Bárbara Rodrigues1 ResumoPaciente de 73 anos, diabético, com lesão inicial em pé diabético, sem acompanhamento,evoluindo para infecção e posterior amputação. O procedimento foi realizado em caráter deurgência e o médico não suturou o coto, o que gerou uma preocupação ainda maior ao paciente eaos familiares, principalmente pelo medo de reinfecção. Por indicação, a filha contratou osserviços de enfermagem especializada e através de coberturas tecnológicas e laserterapia de baixafrequência, em 7 meses conseguimos a epitelização total da lesão, sem nenhuma infecção egarantindo o conforto e a segurança ao paciente no atendimento domiciliar. Hoje o relato dopaciente é ter aprendido da pior forma: através da dor. Mas já faz podiatria desde então no outropé, adquiriu sapato adequado e luta pelo sonho de uma prótese.   O cuidado no descuido da atual saúde pública: um relato de experiência Adriana Ribeiro Camargo3   ResumoMulher, 49 anos, semianalfabeta, parda, caquexia, porém pele íntegra, diabetes tipo 2 nãocompensada, hipertensão não compensada, DPOC não tratada, ex tabagista (3 maços/dia) há 10 anos, esquizofrênica sem tratamento, com Pneumonia bilateral necessitando ventilação mecânica-VM- por 16 dias, 11 dias destes sem qualquer tipo de alimentação; fisioterapia ou drogas vasoativas somente antibioticoterapia venosa e Atracurio e Midazolan em unidade sem recursosintensivos. No 12o dia de VM, foi para CTI, onde iniciou cuidados intensivos adequados. Alta aenfermaria 18o dia e alta hospitalar com 22 dias com antibioticoterapia oral por 7 dias +Hipoglicemiante oral e encaminhamento para endocrinologista, pneumonologista e clínico geralem unidade básica de saúde. Condições alta hospitalar: caquexia exacerbada, perda muscularimportante; sem deambular; alternando obnubilação com falta de orientação alo psíquica esonolência; Diabetes e pressão arterial sem mensurar; Lesão por pressão -LP- apresentando-se 4odia de internação de categoria III glúteo D porção proximal ao sulco interglúteo com presençaesfacelos aderidos; bordos elevados tecido de granulação com aspecto infecioso drenandoexsudato purulento média a grande quantidade, prejudicado pela proximidade do ânus eutilização de fraldas. Iniciado adaptação emergencial de cuidados com soro fisiológico 0,009%-SF0,009%- + colagenase no interior e bordos Ácidos Graxos Essenciais –AGE– cobertura oclusivagazes e curativo diário, durando 4 dias. Após iniciado SF0,009% limpeza do excesso e finalizandocom Polihexametileno de Biguanida–PHMB– especificações do fabricante; realizado coberturacom fibra Alginato de Cálcio e Sódio e bordos AGE e cobertura secundária com gazes. Retirada acada 3 dias, sempre grande quantidade exsudato seropurolento misturado ao produto que sedecompõem em gel. Realizado desbridamento instrumental técnica Cover incompleta, paraviabilidade de penetração da cobertura no 7o dia. A fibra alginato utilizada por 7 trocasconsecutivas evoluindo para pouco tecido de esfacelo e bom tecido de granulação mantido comDersani com Alginato gel e bordos com Dersani gel. Evoluindo com 9 dias para AGE. Perfazendototal 61 dias para início da cicatrização/fechamento da lesão. Lembrando que o tratamento foirealizado sem demais aportes multidisciplinares, devido à dificuldade de acesso da paciente a redede atenção a saúde, sabendo-se não ser ideal acreditando assim a postergação dos resultados. Concepção da enfermagem frente à paciente com dermatite atópica infectada: relato de experiênciaMartina de Vasconcelos Oliveira Lemos4 * Pedro Henrique dos Santos1*Andrelina Alves Mangueira1Marcela Barbosa de Farias1 *Ótamis Ferreira Alves1* Isadora Cristina Rodrigues deAmorim Pereira1 ResumoLCSL, 22 anos, casada, parda, residente em um bairro que não possui saneamento básico,portadora de dermatite atópica infectada em ambas as mãos, encontrava-se no sétimo mês degestação, do terceiro filho. Compareceu a Unidade Saúde da Família - USF sendo encaminhadapela Enfermeira Obstétrica da maternidade do município onde reside para avaliação daEnfermeira Dermatológica da USF para avaliação uma vez que a mesma já encontrava-se háquarenta dias em tratamento com pomada a base de anti-inflamatório e antibiótico associados,prescrita por dermatologista, porém sem melhora do quadro e piorando ainda mais processoinfeccioso passando a impossibilitá-la de mexer os dedos das mãos, passando a surgir angustiarelacionada ao medo de não poder cuidar do seu filho. Na USF, foi iniciado curativo especial em30.05.18 higrogel com polihexametilenobiguanida com troca inicial em 24 horas já sendo possívelobservar uma melhora no aspecto da lesão, porém com presença de sangramento intenso naslesões sendo necessário associar ao hidrogel uso de alginato de cálcio para ação hemostáticasendo feita segunda troca com 48 horas e demais posteriores também com 48 horas epitelizaçãototal das lesões com 8 dias após início dos curativos especiais na USF. Na alta, cliente foi orientadaa usar toalhas macias e enxugar a pele com delicadeza, dar preferência a sabonetes líquidos einfantis, evitando sabonetes de glicerina que ressecam ainda mais a pele, hidratação constante dapele, evitar soluções irritantes como amaciantes, branqueadores e detergentes, não coçar a pele.   Relato de experiência da materialização da longitudinalidade do cuidado em uma unidade atenção primária a saúde na Secretaria Municipal de Saúde – RJ Luiz Leonardo Louzada Nobrega5 * Flávia Atanazio do Nascimento1* Claudia da Hora Silva Benholiel1   ResumoA úlcera venosa representa há décadas um importantíssimo problema de saúde em âmbitomundial, pois exerce um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas. Um dos fatoresdesencadeantes de maior prevalência é a insuficiência venosa. Descrição do caso: Usuária, 64anos, com úlcera venosa há 30 anos vem sendo acompanhada há dois meses, de forma sistêmica,hipertensa, diabética, cardiopata. Quanto ao processo evolutivo de cicatrização da lesão cutânea.Úlcera Venosa contendo pele periferida hidratada e com epitelização, borda irregular e comhiperceratose em região inferior. Lesão indolor, com odor fétido e exsudato seropurulento emgrande quantidade. Leito com tecido de granulação, apresentando argirose em regiões: superior einferior. TÉCNICA: Todo o tratamento teve por base científica o modelo TIME que engloba quatrocomponentes que sustentam a preparação do leito da ferida (gestão do tecido, controle dainflamação e infecção, gestão da exsudato, bordas (epitélio). Conduta: limpeza com sorofisiológico 0,9%. Aplicar por 10 a 15 min a solução de PHMB. Após colocar carvão ativado, gaze eocluir com atadura. Troca do curativo primário a cada 72 horas e o curativo secundário a cada 24horas. Discussão: Observou-se que o cuidado da pessoa com lesão é potente quando realizadopela equipe com a complementariedade dos saberes e quando a interação com a pessoa acontececom o fortalecimento do vínculo, fazendo sentido o cuidado tanto para o cuidador como para apessoa que é cuidada. Como resultado das intervenções temos tanto a melhora dos sinais esintomas no processo de cicatrização como a da auto-estima da usuária que nos encontros, com aequipe relata como esse vínculo e cuidado tem transformado sua vida, mesmo nesse período dequatro semanas. Conclusão: Concluímos que a instrumentalidade do conhecimento associado asingularidade da pessoa com lesão possibilita um cuidado adequado e assertivo. ODesenvolvimento de habilidades no manejo do Projeto Terapêutico Singular(PTS), a atitude daescuta qualificada, contribuindo para o envolvimento da pessoa com seu tratamento, associado asistematização da assistência em enfermagem são de vital importância no processo de cicatrizaçãoda lesão, impactando na adesão ao tratamento e na compreensão da equipe e da usuária de que épossível compartilhar o cuidado na APS.   Cuidado holístico ao paciente com pé diabético a progressão do cuidado de enfermagem: relato de experiência Nathalia Freire Andrade6  ResumoIntrodução: O pé diabético é um problema de saúde pública de alto custo, sendo causasfrequentes de internações hospitalares, diminuição da produtividade do indivíduo e gastoselevados com o tratamento clínico e medicamentoso. Objetivo: Relatar a experiência deacadêmicas de enfermagem no cuidado ao paciente com pé diabético. Método: descritivo,qualitativo do tipo relato de experiência, realizado por acadêmicas de enfermagem do 3o e 4osemestre da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza-CE, no período de outubro de 2017 amarço de 2018 em Maracanaú-CE a análise dos dados se deu por acompanhamento diário decampo das autoras. Resultados: F.A.U.L, 50 anos, sexo masculino, diabético, deambula comauxilio, apresentou-se na unidade hospitalar de rede privada, com amputação dos pododáctilos domembro inferior direito (MID) possuindo laceração na região plantar por lesão traumática. Regiãodorsal: Bordas irregulares, tecido de granulação, esfacelos e biofilme. Foi utilizado para assepsia SF0,9% + Clorexidina Degermante 2% em região perilesional. No leito da lesão SF 0,9%+soluçãoantisséptica de PHMB e cobertura com gaze simples e hidrogel, na região da lesão. Regiãoplantar:Com bordas irregulares, exsudato purulento em moderada quantidade, odor fétido,presença de tecido de granulação, esfacelos e biofilme. Foi utilizado para assepsia SF 0,9% +cloxidinadegermante 2% em região perilesional. Já no leito da lesão SF 0,9%+ solução antissépticade PHMB + debridamento instrumental, e a cobertura com gaze simples e Aquacel. Todotratamento durou 6 meses, o que tornou uma vivencia enriquecedora foi para além dascoberturas, foi o olhar que o paciente permeou na condução do tratamento fazendo acompreensão das orientações de enfermagem e acreditando na possibilidade de deambular semauxilio, apesar de ter sido desacreditado por outros profissionais após amputação. Conclui-se quea vivencia foi enriquecedora na formação acadêmica das participantes e mostrando que a relaçãointerpessoal com o paciente faz uma total diferença no tratamento e no cuidado do paciente compé diabético.   Uma pessoa ferida! Cuidado com a lesão do corpo e da alma  Renata Jardim da Costa7   ResumoIntrodução: Úlceras por pressão são lesões decorrentes de hipoxia celular levando à necrosetecidual. Geralmente, estão localizadas em áreas de proeminências ósseas e ocorrem quando apressão aplicada à pele por algum tempo é maior que a pressão capilar normal. Relato de caso:Paciente 63 anos, deu entrada num Hospital Estadual do Rio de Janeiro, após tentativa de suicídiocom ingestão de diversos medicamentos. Após uma depressão respiratória, foi entubada e ficouno CTI por 21 dias, onde adquiriu uma úlcera por pressão. Passou mais dez dias na enfermariaonde foi realizado o desbridamento da região necrosada. A alta aconteceu depois que a família secomprometeu em cuidar da lesão no domicílio. No dia 05 de outubro de 2107 iniciou-se oacompanhamento em domicilio, a família foi um fator importante no processo do cuidado, mesmonão possuindo uma renda alta se comprometeram em conseguir todo o material necessário para ocuidado através da compra ou mesmo de doações de amigos e parentes. O tratamento foirealizado com prontosan na limpeza do leito da ferida e a aplicação do safigel e a colocação daplaca de alginato, com trocas diárias nas duas primeiras semanas devido ao grande volume deexsudato. As trocas diminuíram para cada 48h nas semanas subsequentes, o cavilon foi usado aoredor da lesão para proteger a pele que estava íntegra. Com a diminuição do exsudato e com o fimdo foco de infecção o tratamento seguiu com o safigel até a sua total cicatrização. A famíliaacionou a Equipe de Saúde da Família para o cuidado da depressão da paciente e para ajudar nofornecimento do material para o curativo e na prescrição das medicações necessárias. Resultado:Em seis meses de cuidados a lesão cicatrizou, o uso do material adequado e da técnica assépticamesmo estando em domicílio foram de suma importância para o sucesso do tratamento.Juntamente com o tratamento da lesão, o cuidado integral realizado pelos profissionais da Clínicada família, o comprometimento de familiares e amigos e o encaminhamento ao especialista paracuidar da depressão fizeram com que a lesão da pele e a da alma fossem curadas, segundo relatoda própria paciente.   Pioderma Gangrenoso: atuação multidisciplinar com foco na cicatrização: relato de experiência  Eliziete Costa De Oliveira8 * Mariane Roza Ricon De Freitas1    ResumoIntrodução: O pioderma gangrenoso (PG) é uma dermatose crônica com características peculiarese etiologia desconhecida, muitas vezes de difícil diagnóstico. Manifesta-se através de lesõescutâneas ulceradas e dolorosas de evolução rápida e progressiva, mais comum em membrosinferiores. A terapia se baseia na imunossupressão e tratamento tópico. Torna-se fundamental aconduta médica, os cuidados intensivos de enfermagem, bem como a intervenção nutricionalindividualizada. Objetivo: destacar a importância da atuação multiprofissional no processocicatricial do Pioderma Gangrenoso e a reabilitação clínica da paciente. Método: relato deexperiência sobre a assistência à paciente ingressa no atendimento ambulatorial do ProgramaSaúde Integral Plasc. M.A.J.C, 75 anos, sexo feminino, parda. HAS, varizes em MMII e diverticulite.Diagnosticada em maio de 2018 com Pioderma Gangrenoso, acometendo a região posterior dapanturrilha direita e esquerda. Acolhida em consulta em agosto de 2018 pela Enfermeira eMédico, posteriormente pela nutricionista da equipe multidisciplinar. Acompanhamento realizadodurante todo o processo de cicatrização, com a realização de curativos diários pela enfermeira,com aporte farmacológico e clínico pelo médico, suporte nutricional pela nutricionista.Resultados: através do gerenciamento multidisciplinar, é possível evidenciar o êxito narecuperação e reabilitação da paciente, Mensurações: 06/08/18 Panturrilha esquerda (6,5x5,5cm),Direita (7,5x5,5cm) em 10/09/18 Esquerda (4x4cm), Direita (5,5x4,5cm). Em 35 dias de tratamentohouve redução de 45,1% em média em ambas as lesões. Conclusão: o estímulo à relaçãomultidisciplinar deve ser visto como uma parceira na resolubilidade das complicações da saúde,assim como essencial ponto para obter êxito no tratamento proposto, conhecendo aindividualidade da paciente atendida. Palavras chave: equipe multidisciplinar, piodermagangrenoso, gerenciamento de idosos, barbatimão.   Manejo de úlcera arterial com papaína pelo especialista: relato de experiência Hellenn Cristina Nunes Santos9 Introdução: Úlceras arteriais são consequência da insuficiência arterial, predominantemente pelaaterosclerose. O diagnóstico, tratamento e acompanhamento requer profissional especializado ecapacitado diante de sua complexidade. A papaína além de desbridante enzimático possuipropriedades bactericida e bacteriostática (gel 10%) e acelera o crescimento tecidual, atuando deforma seletiva. Objetivo: Relatar a evolução de uma úlcera arterial em tratamento com papaína.Método: Relato de experiência de caso único, em atendimento domiciliar. Levantamento dosdados após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, conforme resolução 466 de2012 do Conselho Nacional de Saúde, através de anamnese, exame físico e registro fotográfico.Resultados: I. G., 89 anos, sexo feminino, residente no Rio de Janeiro. Nega diabetes, hipertensãoe tabagismo. Possui cardiopatia, arritmia e insuficiência arterial. É anticoagulada e antiagregadaplena. Realizou quatro abordagens para dilatação de artéria femoral esquerda, a última com balãofarmacológico. Primeira consulta em 25/11/17: úlcera arterial em maléolo medial esquerdo,medindo 5,0 cm x 5,0 cm, leito 100% de esfacelo, bordas regulares e pouco maceradas, moderadasecreção serosa, pele perilesional com dermatite ocre, hipohidratada e sem sinais flogísticos. Pulsopedioso presente, preenchimento capilar lentificado, pele local fria e pálida. Dor presente, commelhora ao deixar membro pendente. Edema de membros inferiores. Prescrito curativo 12/12horas com papaína gel 10%, creme barreira perilesional e hidratação da pele com creme a base deácidos graxos essenciais. As reavaliações se deram a cada 15 dias em média. Em 07/05/18paciente apresentou úlcera 100% cicatrizada sendo a papaína a única cobertura durante operíodo. Conclusão: Observou-se o sucesso no tratamento da lesão com uso da papaína gel,mesmo diante da complexidade da úlcera e do histórico da paciente, evoluindo com redução e melhora de aspecto até a cicatrização, melhora da dor e da qualidade de vida da paciente. Conclui-se que a avaliação e prescrição de cuidados realizada de maneira individualizada por um especialista foi fundamental para o sucesso na condução do caso.SOBENFeE2019-07-09info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaenfermagematual.com/index.php/revista/article/view/45010.31011/reaid-2019-v.88-n.26-art.450Journal Enfermagem Atual In Derme; Vol. 88 No. 26 (2019): EDIÇÃO Abr-Maio-JunRevista Enfermagem Atual In Derme; v. 88 n. 26 (2019): EDIÇÃO Abr-Maio-Jun2447-2034reponame:Revista Enfermagem Atual In Dermeinstname:Sociedade Brasileira de Enfermagem em Feridas e Estética (SOBENFeE)instacron:SOBENFeEporhttps://revistaenfermagematual.com/index.php/revista/article/view/450/33810.31011/reaid-2019-v.88-n.26-art.450-ID.338-file.%fMachado, Diani de OliveiraSilva, Bárbara Uritz daTramontini, Silvia JustoPeruzzo, Anaelí BrandelliDantas, Hallana Laisa de LimaSantos, Elizabeth Soares dosConceição, Adriana Martins daAraújo, Joice Fragoso Oliveira deBastos, Maria Lysete de AssisTodaro, Adriana ReisTangerino, Débora Juliana dos AnjosBreder, Jéssica Da Silva CunhaLima, Maria Helena de MeloRosa, Paulo César PiresMastella6, Moisés HenriqueChitolina1, BrunaCunha, Beatriz Sadigursky NunesRibeiro, Euler EstevesDuarte, Marta Medeiros FrescuraPellenz, Neida Luiza KasparyCosta, Wendel Jose TeixeiraHamade, Maially Moreira de Souza EletoOliveira, *Nadielle dePontes, Mariana de Castro PereiraFreitas, Tatiana Carvalho deBezerra, Ítalla Maria PinheiroBrito, Luciana Souza LimaCerqueira, Erika Anny CostaSilva, Cleonara Sousa Gomes eXavier, Aline Silva GomesPassos, Silvia da Silva SantosSilva, Cláudio Emanuel Campelo GonçalvesSanto, Ana Luiza Almeida do Espíritocosta, Maycon Douglas SilvaFerreiraFerreira, Raclícia de OliveiraTavares, Bruno de Sousa CarvalhoLapiMardegan, FernandaRodrigues, BárbaraCamargo, Adriana RibeiroLemos, Martina de Vasconcelos OliveiraMangueira, Andrelina AlvesFarias1, Marcela Barbosa deAlves, Ótamis FerreiraPereira, Isadora Cristina Rodrigues de AmorimNobrega, Luiz Leonardo LouzadaNascimento, Flávia Atanazio doBenholiel, Claudia da Hora SilvaAndrade, Nathalia FreireCosta, Renata Jardim daOliveira, Eliziete Costa DeFreitas, Mariane Roza Ricon DeSantos, Hellenn Cristina Nunesinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-08-31T23:03:32Zoai:revistae_ojs.revistaenfermagematual.a2hosted.com:article/450Revistahttps://revistaenfermagematual.com/index.php/revista/indexONGhttps://revistaenfermagematual.com/index.php/revista/oaikatia.simoes@gmail.com || contato@revistaenfermagematual.com.br2447-20342447-2034opendoar:2021-08-31T23:03:32Revista Enfermagem Atual In Derme - Sociedade Brasileira de Enfermagem em Feridas e Estética (SOBENFeE)false
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description Relato de experiência referente à atuação da comissão de pele no controle de custos hospitalares com coberturas para feridas complexas Diani de Oliveira Machado1 * Bárbara Uritz da Silva2  * Silvia Justo Tramontini1 Anaelí Brandelli Peruzzo1   A qualificação da assistência hospitalar em relação ao cuidado dos pacientes com feridascomplexas é um desafio1 . A Comissão de Pele atua diante desta demanda e é composta por uma equipemultiprofissional cujas atividades principais englobam planejar, elaborar, implantar, atualizar rotinas eprotocolos de prevenção e cuidado as lesões de pele, testar e padronizar coberturas considerando omelhor custo-benefício, monitorar indicadores assistenciais de custos e cuidados, bem como realizareducação permanente1 . Objetivo: Relatar a experiência da Comissão de Pele em relação ao monitoramentodos custos com as coberturas carboximetilcelulose com prata e tela de poliamida com silicone nas unidadesde internação em um hospital geral de grande porte no município de Porto Alegre. Método: Relato deexperiência. Relato: O alto custo com coberturas para o tratamento de feridas motivou a Comissão de Pelea realizar o monitoramento da indicação de uso das coberturas de maior valor, sendo elas acarboximetilcelulose com prata e a tela de poliamida com silicone. Assim, as duas enfermeiras que atuamexclusivamente na Comissão de Pele iniciaram o monitoramento das avaliações das feridas realizadas porenfermeiros nas unidades de internação e das coberturas escolhidas para o tratamento destas lesões. Asinformações foram coletas no prontuário do paciente. Quando indicado o uso de um dos produtos citados,as enfermeiras da Comissão de Pele realizaram uma nova avaliação da ferida do paciente em conjunto como enfermeiro responsável pelo setor, oportunizando a escolha da cobertura com melhor custo-benefício. Aatividade iniciou no segundo semestre do ano de 2017. Resultados: No primeiro semestre de 2017 a médiado custo com carboximetilcelulose com prata foi de R$ 26.811,23 (±R$ 9.729,69) e da Tela de poliamidacom silicone R$ 25.055,90 (±R$ 5.526,72). No segundo semestre, após o início do monitoramento, os custosforam R$ 11.127,00 (±R$ 4.626,28) e R$ 8.630,76 (±R$ 3.803,39), respectivamente. Evidenciou-se umaredução significativa dos custos em aproximadamente 50%. Conclusão: A atuação da Comissão de Pele naassistência ao paciente em conjunto com o enfermeiro assistencial permite a qualificação do cuidadodevido à discussão do caso e a redução dos custos pelo uso de coberturas com melhor custo-benefício. Adiminuição de custos possibilita que os recursos sejam realocados diante das reais necessidades do setor. Atividade antimicrobiana de extratos de fungos endofíticos do Nordeste no tratamento de afecções: uma pesquisa experimental Hallana Laisa de Lima Dantas3 * Elizabeth Soares dos Santos1 * Adriana Martins da Conceição1 * Joice Fragoso Oliveira de Araújo1 * Maria Lysete de Assis Bastos1 * Adriana Reis Todaro1 ResumoIntrodução: É sabido que os vegetais, largamente encontrados no sertão nordestino, Catingueira(Caesalpinia pyramidalis) e Imburana (Commiphora leptophloeos) são utilizados pela população nativa paramanejar enfermidades como escoriações, candidíase oral, queimaduras, acne, dentre outros. Deste modo,é curioso investigar o comportamento terapêutico destas plantas, e desvendar se suas propriedades deação biológica provêm de fato do vegetal ou de fungos endofíticos associados em simbiose com asmesmas. Objetivo: O presente trabalho tem por finalidade avaliar in vitro à atividade antimicrobiana dosextratos de fungos endofíticos isolados de plantas da Caatinga. Metodologia: Trata-se de uma pesquisaexperimental in vitro realizada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em DesenvolvimentoTecnológico e Inovação, desenvolvida no Laboratório de Pesquisa de Tratamento deFeridas/ESENFAR/UFAL, referente ao ciclo 2017-2018. Os endofíticos analisados são oriundos de plantas daCaatinga, coletadas em Delmiro Couveia-AL, nos meses de agosto/2017 e janeiro/2018. Submetidos adeterminação da concentração inibitória mínima (CIM) frente as bactérias Staphylococcus aureus (ATCC25923), S. epidermidis (ATCC 14990) e Escherichia coli (ATCC 25922) conforme descrito pelo protocolo doClinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, 2012ab e CLSI, 2008). Resultados: Os extratos fúngicosoriuntos das plantas Catingueira e Imburana da Caatinga, apresentaram atividade antimicrobiana paraEscherichia coli (500 μg/mL;250 μg/mL), Staphylococcus aureus (500 μg/mL;500 μg/mL) e S. epidermidis(250 μg/mL;500 μg/mL). CONCLUSÃO: Os fungos endofíticos apresentaram atividade relevante para ocombate a microorganismos problemáticos para o manejo de feridas. O potencial bioativo destesorganismos fúngicos deve continuar a ser estudado, para um melhor dimensionamente de suas aplicaçõesna terapêutica de afecções.   Processo de cicatrização no uso tópico de emulsão de óleo de copaifera multijuga em lesões cutâneas de camundongos Débora Juliana dos Anjos Tangerino4 * Jéssica Da Silva Cunha Breder5  * Maria Helena de Melo Lima2 * Paulo César Pires Rosa1   ResumoIntrodução: O óleo de copaíba é extraído do interior do tronco das Copaibeiras, apresenta característicasaromáticas e atividades farmacológicas atribuídas aos compostos sesquiterpenicos. É utilizado para tratarinflamações, dermatites, em cicatrização de ferimentos, infecções do trato urinário e respiratório.Objetivo: determinar a composição química e avaliar o reparo tecidual das lesões cutâneas emcamundongos saudáveis frente ao uso emulsão contendo o óleo de copaíba. Métodos: O óleo de Copaiferamultijuga é cadastrado no SisGen no A72F740, foi analisado utilizando sistema de cromatografia a gásacoplada a espectrômetro de massas (GC-MS) o equipamento utilizado foi o Agilent (HP6890) com a colunaHP5MS 5MS (30 m de comprimento x 0,250 mm de diâmetro internox 0,25 um de espessura de filme)temperatura de injetor 260°C; modo Split (20:1); aquecimento de forno de 60°C até 250°C (3°C) com fluxoconstante de 1 mL/min; gás de arraste Hélio; temperatura da linha de transferência 270°C; a fonte deionização 230°C, temperatura do analisador quadrupolo 160°C; energia de ionização de 70 eV; corte desolvente de 3 minutos; modo de aquisição scan na faixa de 34-550 Da. Foi realizado estudo da atividadecicatrizante da emulsão contendo óleo de Copaifera multijuga em feridas. A ferida foi realizada com ummolde de 1cm2 na região dorsal de camundongos C57BL/6J. Os animais foram divididos em dois grupos,grupo placebo e grupo tratado. No grupo tratado foi utilizada uma emulsão contendo 10% de óleo-resinade copaíba. Os grupos foram subdivididos em 3 subgrupos de acordo com o tempo de tratamento: 3, 6 e 12dias. O processo de cicatrização foi acompanhado por meio de fotos. As imagens foram digitalizadas e aárea das feridas mensurada por meio da utilização do software Image J. 1.49 v. O fechamento foi expressoem porcentagem (%), calculada pela seguinte fórmula: [((área diária) x 100) / área inicial]. Estudo aprovadopela Comissão de Ética na Experimentação Animal, protocolo no 4593-1/2017. Resultados: na análise porCG-MS o óleo apresentou β-cariofileno com 83% em sua composição, seguido do α-Humulene com 11,49%.Não diferença significante na contração da ferida entre os grupos. Conclusão: Trabalhos associam àcicatrização e efeito anti-inflamatório a ação de β- cariofileno, no entanto nossos resultados preliminaresnão observamos diferença significante na contração da ferida com o tratamento. Sendo necessáriaavaliação histológica para avaliar o reparo tecidual.   Barbatimão (Stryphnodendron Adstringens (Mart.) Coville) Modula Marcadores Citofuncionais de Fibroblastos Humanos Senescentes Moisés Henrique Mastella6 * Bruna Chitolina1 * Beatriz Sadigursky Nunes Cunha1 * Euler Esteves Ribeiro7 * Marta Medeiros Frescura Duarte8 * Neida Luiza Kaspary Pellenz1   ResumoIntrodução: Os fibroblastos, principais células da pele, são responsáveis pela síntese de colágeno emanutenção da matriz extracelular. Com o envelhecimento, tais células reduzem sua capacidadeproliferativa e cicatricial. Alguns fatores potencializam essa perda, entre estes estão quadros deinflamação crônica e morte celular causado pelo excesso de danos ao DNA decorrente daineficiência da célula em eliminar xenobióticos. Assim, a busca por compostos naturais, como é ocaso do barbatimão (Stryhpnodendron adstringens (Mart.) Coville) utilizada para fins decicatrização na medicina popular, pode ter efeito promissor com potencial atividade moduladora.Objetivo: Avaliar in vitro o efeito do barbatimão em marcadores citofuncionais de fibroblastoshumanos senescentes. Métodos: Células da linhagem de fibroblastos humanos HFF-1 foramcultivadas em condições controladas e repicadas até atingirem morfologia senescente (± 50 dias)via observação citomorfológica por microscopia confocal. As células, foram expostas ao extrato debarbatimão nas concentrações de 0,49 mg/mL e 0,99 mg/mL. Após 72 horas de exposição, foramanalisados espectrofotometricamente os níveis das citocinas inflamatórias interleucina (IL) 1β, 6 e10, fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e interferon gama (INF-γ), além da taxa de danos ao DNAvia 8-hydroxy-2'-deoxyguanosine (8-OHdG) e marcadores apoptóticos, via caspases (Casp) 3 e 8.Resultados: Todos os resultados foram dose-dependentes, sendo o extrato do barbatimão capazde reduzir a expressão das citocinas inflamatórias e aumentar a antiinflamatória (IL-10) e diminuira expressão de marcadores apoptóticos e de dano ao DNA. Conclusões: Apesar das limitaçõesmetodológicas de estudos in vitro, nossos resultados indicam que o barbatimão pode ser ummodulador positivo da pele e seu uso poderia prevenir o surgimento de necrose, muitorelacionada ao aparecimento de lesões por pressão, um grande problema de saúde pública noBrasil, principalmente entre idosos acamados.   Prevalência do pé diabético no estado de minas gerais nos anos de 2008 a 2012  Wendel Jose Teixeira Costa9 * Maially Moreira de Souza Eleto Hamade1 *Nadielle de Oliveira Almeida1 * Mariana de Castro Pereira Pontes10 * Tatiana Carvalho de Freitas2 *  Ítalla Maria Pinheiro Bezerra2   ResumoIntrodução: Diabetes Mellitus (DM) decorre da falta e/ou da incapacidade da insulina exerceradequadamente suas funções no organismo. Dentre as complicações está síndrome do pé diabético (PD),que são ulcerações, infecções ou destruições da pele e dos tecidos profundos associados à neuropatia ouenfermidades arteriais periféricas nas extremidades inferiores. Objetivo: Descrever a prevalência do pédiabético, no estado de Minas Gerais no período de 2008 a 2012. Método: Estudo transversal comdelineamento de série temporal e utilização de dados secundários referentes à morbidade de indivíduosdiabéticos, cadastrados e acompanhados pelo Sistema HIPERDIA no período de 2008 a 2012. Resultados:Foram registrados 125.644 diabéticos sendo DM Tipo I n=6154 (4,9%); DM Tipo II n=14471 (11,5%) e DMcom hipertensão (Dc/HA) n=105019 (83,6%). Quanto ao PD observou-se maior prevalência no grupo Dc/HAn=4126 (39,3/1000Dc/HA), em tabagistas n=1234 (299/1000Dc/HA), com sobrepeso n= 2106(511/1000Dc/HA), bem como nos doentes renais crônicos n=1113 (270/1000Dc/HA). A análise por faixaetária demonstrou aumento progressivo a partir dos 45 anos em todos os tipos de DM. Conclusão: Aprevalência do PD demonstrou-se mais elevada em diabéticos com hipertensão arterial, tabagistas, obesose acima de 45 anos. Tais achados reforçam a afirmativa que a DM e o PD são importantes problemas desaúde pública e necessitam de políticas públicas e linhas de cuidado eficientes para sua prevenção efetiva,diagnóstico precoce e tratamento adequado. A equipe de enfermagem é parte ativa desse processo e deveestar preparada, principalmente para a execução de ações preventivas e implementação de tratamentoadequado, a fim de evitar complicações futuras como feridas de difícil tratamento e amputações evitáveis.   Cuidado multiprofissional à pessoa com úlcera venosa recidivante: um estudo de caso Luciana Souza Lima Brito11 * Erika Anny Costa Cerqueira12 * Cleonara Sousa Gomes e Silva2 *Aline Silva Gomes Xavier2 * Silvia da Silva Santos Passos2 * Cláudio Emanuel Campelo Gonçalves Silva1   ResumoIntrodução: As úlceras de perna secundárias à insuficiência venosa periférica possuem elevadaprevalência na população. Existem diversas explicações sobre a fisiopatologia, mas o principalfator envolvido é a reduzida difusão de nutrientes para os tecidos devido a elevada pressão nasveias e capilares. Geralmente estas lesões são dolorosas, altamente secretivas e podem serrecidivantes. Objetivo: Apresentar o cuidado multiprofissional a uma pessoa com úlcera venosarecidivante. Método: Pesquisa exploratória, do tipo estudo de caso de um homem com úlcera deperna decorrente de insuficiência venosa periférica, assistido em serviço público de referência nointerior da Bahia. Os dados foram coletados no prontuário em julho de 2018. Resultados: R.F.A, 68anos, etilista e tabagista, apresenta histórico de recidiva de úlcera de perna há 40 anos, sendo quea última ocorreu há um ano. Em fevereiro de 2018 iniciou tratamento com enfermeira,nutricionista, fisioterapeuta e médico clínico em serviço público especializado. Apresentava lesãocircular em membro inferior esquerdo, com necrose úmida de coloração marrom e amarela,exsudato serosaguinolenta em grande quantidade, odor fétido e queixa de dor intensa durantemanipulação. No decorrer do tratamento instituído pela enfermeira, foi realizado debridamentoinstrumental conservador, quando necessário, e utilizados solução spray de PHMB, creme debarreira e bota de Unna. Além disso, com a evolução da cicatrização, institui-se o uso deformulação de hidrogel com alginato de cálcio, fibra de alginato e malha impregnadas com prata.As intervenções da fisioterapeuta foram alongamento global, mobilização de cinturas pélvica eescapular, estimulação dos membros inferiores e exercício respiratório. A nutricionista, por suavez, prescreveu imunomoduladores e reeducação alimentar, orientando quanto a redução daingesta de carboidratos e aumento da ingesta hídrica e de proteínas. Com a progressão dotratamento, obteve-se cicatrização completa da lesão após quatro meses, sendo, após alta,orientado quanto a hidratação da pele, uso de meia compressiva, elevação de membros inferioresquando edemaciados, ingesta hídrica e redução do tabagismo e alcoolismo. Conclusão: Arealização de uma assistência multiprofissional, o uso das coberturas adequadas às alterações e àsfases da cicatrização, assim como a amenização da causa da lesão favorecem a cicatrização.   O uso do óleo de pentachletramacroloba no processo cicatricial em lesão por pressão: um relato de experiência Ana Luiza Almeida do Espírito Santo1 * Maycon Douglas Silva Costa1*Raclícia de Oliveira Ferreira1*Bruno de Sousa Carvalho Tavares1   ResumoIntrodução: Pacientes acamados em instituições hospitalares permanecendo longos períodos namesma posição muitas vezes desenvolvem lesões de pele, acarretando na geração de lesão porpressão, esses problemas, além de resultar maior custo financeiro, podem comprometer aindamais o quadro clínico do paciente e aumentar o risco de infecção e maior tempo de internação.Objetivo: Apresentar um relato de experiência, em cliente portador de lesão por pressão estágioIV, com tratamento diferencial pelo uso do óleo de Pentachletramacroloba viabilizando acicatrização até o fechamento da lesão. Método: Trata-se um relato de experiência realizado naunidade de terapia intensiva do hospital de Especialidade de Macapá. Respeitando-se os aspectosético-legais da Resolução 466/2012. Paciente sexo masculino, 33 anos, após sofrer um acidente automobilístico, diagnosticado com traumatismo raquimedular e crânio encefálico. Durante o pós-operatório, ficou acamado por 4 dias, sem mudança de decúbito necessária, acarretando no aparecimento de lesão por pressão localizada na região sacrococcígea. Iniciou-se o protocolo detratamento diferencial da ferida utilizando o óleo de Pentachletramacroloba. Resultados:Evidenciando melhora da ferida após aplicação do óleo que possui propriedades químicasfavoráveis à cicatrização com rápido crescimento de tecido de granulação, neovascularização,redução da exsudação, lubrificação, emoliente e epitelização. O fechamento da lesão concluiu-seem 40 semanas. Conclusão: Os resultados desse estudo evidenciaram a viabilidade clínica notratamento utilizando do óleo de Pentachletramacroloba em lesão por pressão. Aprendendo a necessidade do cuidado através da dor da amputação: uma lesão inicial de pé diabéticoFernanda LapiMardegan2 * Bárbara Rodrigues1 ResumoPaciente de 73 anos, diabético, com lesão inicial em pé diabético, sem acompanhamento,evoluindo para infecção e posterior amputação. O procedimento foi realizado em caráter deurgência e o médico não suturou o coto, o que gerou uma preocupação ainda maior ao paciente eaos familiares, principalmente pelo medo de reinfecção. Por indicação, a filha contratou osserviços de enfermagem especializada e através de coberturas tecnológicas e laserterapia de baixafrequência, em 7 meses conseguimos a epitelização total da lesão, sem nenhuma infecção egarantindo o conforto e a segurança ao paciente no atendimento domiciliar. Hoje o relato dopaciente é ter aprendido da pior forma: através da dor. Mas já faz podiatria desde então no outropé, adquiriu sapato adequado e luta pelo sonho de uma prótese.   O cuidado no descuido da atual saúde pública: um relato de experiência Adriana Ribeiro Camargo3   ResumoMulher, 49 anos, semianalfabeta, parda, caquexia, porém pele íntegra, diabetes tipo 2 nãocompensada, hipertensão não compensada, DPOC não tratada, ex tabagista (3 maços/dia) há 10 anos, esquizofrênica sem tratamento, com Pneumonia bilateral necessitando ventilação mecânica-VM- por 16 dias, 11 dias destes sem qualquer tipo de alimentação; fisioterapia ou drogas vasoativas somente antibioticoterapia venosa e Atracurio e Midazolan em unidade sem recursosintensivos. No 12o dia de VM, foi para CTI, onde iniciou cuidados intensivos adequados. Alta aenfermaria 18o dia e alta hospitalar com 22 dias com antibioticoterapia oral por 7 dias +Hipoglicemiante oral e encaminhamento para endocrinologista, pneumonologista e clínico geralem unidade básica de saúde. Condições alta hospitalar: caquexia exacerbada, perda muscularimportante; sem deambular; alternando obnubilação com falta de orientação alo psíquica esonolência; Diabetes e pressão arterial sem mensurar; Lesão por pressão -LP- apresentando-se 4odia de internação de categoria III glúteo D porção proximal ao sulco interglúteo com presençaesfacelos aderidos; bordos elevados tecido de granulação com aspecto infecioso drenandoexsudato purulento média a grande quantidade, prejudicado pela proximidade do ânus eutilização de fraldas. Iniciado adaptação emergencial de cuidados com soro fisiológico 0,009%-SF0,009%- + colagenase no interior e bordos Ácidos Graxos Essenciais –AGE– cobertura oclusivagazes e curativo diário, durando 4 dias. Após iniciado SF0,009% limpeza do excesso e finalizandocom Polihexametileno de Biguanida–PHMB– especificações do fabricante; realizado coberturacom fibra Alginato de Cálcio e Sódio e bordos AGE e cobertura secundária com gazes. Retirada acada 3 dias, sempre grande quantidade exsudato seropurolento misturado ao produto que sedecompõem em gel. Realizado desbridamento instrumental técnica Cover incompleta, paraviabilidade de penetração da cobertura no 7o dia. A fibra alginato utilizada por 7 trocasconsecutivas evoluindo para pouco tecido de esfacelo e bom tecido de granulação mantido comDersani com Alginato gel e bordos com Dersani gel. Evoluindo com 9 dias para AGE. Perfazendototal 61 dias para início da cicatrização/fechamento da lesão. Lembrando que o tratamento foirealizado sem demais aportes multidisciplinares, devido à dificuldade de acesso da paciente a redede atenção a saúde, sabendo-se não ser ideal acreditando assim a postergação dos resultados. Concepção da enfermagem frente à paciente com dermatite atópica infectada: relato de experiênciaMartina de Vasconcelos Oliveira Lemos4 * Pedro Henrique dos Santos1*Andrelina Alves Mangueira1Marcela Barbosa de Farias1 *Ótamis Ferreira Alves1* Isadora Cristina Rodrigues deAmorim Pereira1 ResumoLCSL, 22 anos, casada, parda, residente em um bairro que não possui saneamento básico,portadora de dermatite atópica infectada em ambas as mãos, encontrava-se no sétimo mês degestação, do terceiro filho. Compareceu a Unidade Saúde da Família - USF sendo encaminhadapela Enfermeira Obstétrica da maternidade do município onde reside para avaliação daEnfermeira Dermatológica da USF para avaliação uma vez que a mesma já encontrava-se háquarenta dias em tratamento com pomada a base de anti-inflamatório e antibiótico associados,prescrita por dermatologista, porém sem melhora do quadro e piorando ainda mais processoinfeccioso passando a impossibilitá-la de mexer os dedos das mãos, passando a surgir angustiarelacionada ao medo de não poder cuidar do seu filho. Na USF, foi iniciado curativo especial em30.05.18 higrogel com polihexametilenobiguanida com troca inicial em 24 horas já sendo possívelobservar uma melhora no aspecto da lesão, porém com presença de sangramento intenso naslesões sendo necessário associar ao hidrogel uso de alginato de cálcio para ação hemostáticasendo feita segunda troca com 48 horas e demais posteriores também com 48 horas epitelizaçãototal das lesões com 8 dias após início dos curativos especiais na USF. Na alta, cliente foi orientadaa usar toalhas macias e enxugar a pele com delicadeza, dar preferência a sabonetes líquidos einfantis, evitando sabonetes de glicerina que ressecam ainda mais a pele, hidratação constante dapele, evitar soluções irritantes como amaciantes, branqueadores e detergentes, não coçar a pele.   Relato de experiência da materialização da longitudinalidade do cuidado em uma unidade atenção primária a saúde na Secretaria Municipal de Saúde – RJ Luiz Leonardo Louzada Nobrega5 * Flávia Atanazio do Nascimento1* Claudia da Hora Silva Benholiel1   ResumoA úlcera venosa representa há décadas um importantíssimo problema de saúde em âmbitomundial, pois exerce um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas. Um dos fatoresdesencadeantes de maior prevalência é a insuficiência venosa. Descrição do caso: Usuária, 64anos, com úlcera venosa há 30 anos vem sendo acompanhada há dois meses, de forma sistêmica,hipertensa, diabética, cardiopata. Quanto ao processo evolutivo de cicatrização da lesão cutânea.Úlcera Venosa contendo pele periferida hidratada e com epitelização, borda irregular e comhiperceratose em região inferior. Lesão indolor, com odor fétido e exsudato seropurulento emgrande quantidade. Leito com tecido de granulação, apresentando argirose em regiões: superior einferior. TÉCNICA: Todo o tratamento teve por base científica o modelo TIME que engloba quatrocomponentes que sustentam a preparação do leito da ferida (gestão do tecido, controle dainflamação e infecção, gestão da exsudato, bordas (epitélio). Conduta: limpeza com sorofisiológico 0,9%. Aplicar por 10 a 15 min a solução de PHMB. Após colocar carvão ativado, gaze eocluir com atadura. Troca do curativo primário a cada 72 horas e o curativo secundário a cada 24horas. Discussão: Observou-se que o cuidado da pessoa com lesão é potente quando realizadopela equipe com a complementariedade dos saberes e quando a interação com a pessoa acontececom o fortalecimento do vínculo, fazendo sentido o cuidado tanto para o cuidador como para apessoa que é cuidada. Como resultado das intervenções temos tanto a melhora dos sinais esintomas no processo de cicatrização como a da auto-estima da usuária que nos encontros, com aequipe relata como esse vínculo e cuidado tem transformado sua vida, mesmo nesse período dequatro semanas. Conclusão: Concluímos que a instrumentalidade do conhecimento associado asingularidade da pessoa com lesão possibilita um cuidado adequado e assertivo. ODesenvolvimento de habilidades no manejo do Projeto Terapêutico Singular(PTS), a atitude daescuta qualificada, contribuindo para o envolvimento da pessoa com seu tratamento, associado asistematização da assistência em enfermagem são de vital importância no processo de cicatrizaçãoda lesão, impactando na adesão ao tratamento e na compreensão da equipe e da usuária de que épossível compartilhar o cuidado na APS.   Cuidado holístico ao paciente com pé diabético a progressão do cuidado de enfermagem: relato de experiência Nathalia Freire Andrade6  ResumoIntrodução: O pé diabético é um problema de saúde pública de alto custo, sendo causasfrequentes de internações hospitalares, diminuição da produtividade do indivíduo e gastoselevados com o tratamento clínico e medicamentoso. Objetivo: Relatar a experiência deacadêmicas de enfermagem no cuidado ao paciente com pé diabético. Método: descritivo,qualitativo do tipo relato de experiência, realizado por acadêmicas de enfermagem do 3o e 4osemestre da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza-CE, no período de outubro de 2017 amarço de 2018 em Maracanaú-CE a análise dos dados se deu por acompanhamento diário decampo das autoras. Resultados: F.A.U.L, 50 anos, sexo masculino, diabético, deambula comauxilio, apresentou-se na unidade hospitalar de rede privada, com amputação dos pododáctilos domembro inferior direito (MID) possuindo laceração na região plantar por lesão traumática. Regiãodorsal: Bordas irregulares, tecido de granulação, esfacelos e biofilme. Foi utilizado para assepsia SF0,9% + Clorexidina Degermante 2% em região perilesional. No leito da lesão SF 0,9%+soluçãoantisséptica de PHMB e cobertura com gaze simples e hidrogel, na região da lesão. Regiãoplantar:Com bordas irregulares, exsudato purulento em moderada quantidade, odor fétido,presença de tecido de granulação, esfacelos e biofilme. Foi utilizado para assepsia SF 0,9% +cloxidinadegermante 2% em região perilesional. Já no leito da lesão SF 0,9%+ solução antissépticade PHMB + debridamento instrumental, e a cobertura com gaze simples e Aquacel. Todotratamento durou 6 meses, o que tornou uma vivencia enriquecedora foi para além dascoberturas, foi o olhar que o paciente permeou na condução do tratamento fazendo acompreensão das orientações de enfermagem e acreditando na possibilidade de deambular semauxilio, apesar de ter sido desacreditado por outros profissionais após amputação. Conclui-se quea vivencia foi enriquecedora na formação acadêmica das participantes e mostrando que a relaçãointerpessoal com o paciente faz uma total diferença no tratamento e no cuidado do paciente compé diabético.   Uma pessoa ferida! Cuidado com a lesão do corpo e da alma  Renata Jardim da Costa7   ResumoIntrodução: Úlceras por pressão são lesões decorrentes de hipoxia celular levando à necrosetecidual. Geralmente, estão localizadas em áreas de proeminências ósseas e ocorrem quando apressão aplicada à pele por algum tempo é maior que a pressão capilar normal. Relato de caso:Paciente 63 anos, deu entrada num Hospital Estadual do Rio de Janeiro, após tentativa de suicídiocom ingestão de diversos medicamentos. Após uma depressão respiratória, foi entubada e ficouno CTI por 21 dias, onde adquiriu uma úlcera por pressão. Passou mais dez dias na enfermariaonde foi realizado o desbridamento da região necrosada. A alta aconteceu depois que a família secomprometeu em cuidar da lesão no domicílio. No dia 05 de outubro de 2107 iniciou-se oacompanhamento em domicilio, a família foi um fator importante no processo do cuidado, mesmonão possuindo uma renda alta se comprometeram em conseguir todo o material necessário para ocuidado através da compra ou mesmo de doações de amigos e parentes. O tratamento foirealizado com prontosan na limpeza do leito da ferida e a aplicação do safigel e a colocação daplaca de alginato, com trocas diárias nas duas primeiras semanas devido ao grande volume deexsudato. As trocas diminuíram para cada 48h nas semanas subsequentes, o cavilon foi usado aoredor da lesão para proteger a pele que estava íntegra. Com a diminuição do exsudato e com o fimdo foco de infecção o tratamento seguiu com o safigel até a sua total cicatrização. A famíliaacionou a Equipe de Saúde da Família para o cuidado da depressão da paciente e para ajudar nofornecimento do material para o curativo e na prescrição das medicações necessárias. Resultado:Em seis meses de cuidados a lesão cicatrizou, o uso do material adequado e da técnica assépticamesmo estando em domicílio foram de suma importância para o sucesso do tratamento.Juntamente com o tratamento da lesão, o cuidado integral realizado pelos profissionais da Clínicada família, o comprometimento de familiares e amigos e o encaminhamento ao especialista paracuidar da depressão fizeram com que a lesão da pele e a da alma fossem curadas, segundo relatoda própria paciente.   Pioderma Gangrenoso: atuação multidisciplinar com foco na cicatrização: relato de experiência  Eliziete Costa De Oliveira8 * Mariane Roza Ricon De Freitas1    ResumoIntrodução: O pioderma gangrenoso (PG) é uma dermatose crônica com características peculiarese etiologia desconhecida, muitas vezes de difícil diagnóstico. Manifesta-se através de lesõescutâneas ulceradas e dolorosas de evolução rápida e progressiva, mais comum em membrosinferiores. A terapia se baseia na imunossupressão e tratamento tópico. Torna-se fundamental aconduta médica, os cuidados intensivos de enfermagem, bem como a intervenção nutricionalindividualizada. Objetivo: destacar a importância da atuação multiprofissional no processocicatricial do Pioderma Gangrenoso e a reabilitação clínica da paciente. Método: relato deexperiência sobre a assistência à paciente ingressa no atendimento ambulatorial do ProgramaSaúde Integral Plasc. M.A.J.C, 75 anos, sexo feminino, parda. HAS, varizes em MMII e diverticulite.Diagnosticada em maio de 2018 com Pioderma Gangrenoso, acometendo a região posterior dapanturrilha direita e esquerda. Acolhida em consulta em agosto de 2018 pela Enfermeira eMédico, posteriormente pela nutricionista da equipe multidisciplinar. Acompanhamento realizadodurante todo o processo de cicatrização, com a realização de curativos diários pela enfermeira,com aporte farmacológico e clínico pelo médico, suporte nutricional pela nutricionista.Resultados: através do gerenciamento multidisciplinar, é possível evidenciar o êxito narecuperação e reabilitação da paciente, Mensurações: 06/08/18 Panturrilha esquerda (6,5x5,5cm),Direita (7,5x5,5cm) em 10/09/18 Esquerda (4x4cm), Direita (5,5x4,5cm). Em 35 dias de tratamentohouve redução de 45,1% em média em ambas as lesões. Conclusão: o estímulo à relaçãomultidisciplinar deve ser visto como uma parceira na resolubilidade das complicações da saúde,assim como essencial ponto para obter êxito no tratamento proposto, conhecendo aindividualidade da paciente atendida. Palavras chave: equipe multidisciplinar, piodermagangrenoso, gerenciamento de idosos, barbatimão.   Manejo de úlcera arterial com papaína pelo especialista: relato de experiência Hellenn Cristina Nunes Santos9 Introdução: Úlceras arteriais são consequência da insuficiência arterial, predominantemente pelaaterosclerose. O diagnóstico, tratamento e acompanhamento requer profissional especializado ecapacitado diante de sua complexidade. A papaína além de desbridante enzimático possuipropriedades bactericida e bacteriostática (gel 10%) e acelera o crescimento tecidual, atuando deforma seletiva. Objetivo: Relatar a evolução de uma úlcera arterial em tratamento com papaína.Método: Relato de experiência de caso único, em atendimento domiciliar. Levantamento dosdados após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, conforme resolução 466 de2012 do Conselho Nacional de Saúde, através de anamnese, exame físico e registro fotográfico.Resultados: I. G., 89 anos, sexo feminino, residente no Rio de Janeiro. Nega diabetes, hipertensãoe tabagismo. Possui cardiopatia, arritmia e insuficiência arterial. É anticoagulada e antiagregadaplena. Realizou quatro abordagens para dilatação de artéria femoral esquerda, a última com balãofarmacológico. Primeira consulta em 25/11/17: úlcera arterial em maléolo medial esquerdo,medindo 5,0 cm x 5,0 cm, leito 100% de esfacelo, bordas regulares e pouco maceradas, moderadasecreção serosa, pele perilesional com dermatite ocre, hipohidratada e sem sinais flogísticos. Pulsopedioso presente, preenchimento capilar lentificado, pele local fria e pálida. Dor presente, commelhora ao deixar membro pendente. Edema de membros inferiores. Prescrito curativo 12/12horas com papaína gel 10%, creme barreira perilesional e hidratação da pele com creme a base deácidos graxos essenciais. As reavaliações se deram a cada 15 dias em média. Em 07/05/18paciente apresentou úlcera 100% cicatrizada sendo a papaína a única cobertura durante operíodo. Conclusão: Observou-se o sucesso no tratamento da lesão com uso da papaína gel,mesmo diante da complexidade da úlcera e do histórico da paciente, evoluindo com redução e melhora de aspecto até a cicatrização, melhora da dor e da qualidade de vida da paciente. Conclui-se que a avaliação e prescrição de cuidados realizada de maneira individualizada por um especialista foi fundamental para o sucesso na condução do caso.
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