Uma análise ética e jurídica das relações sexuais médico-paciente
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da SORBI |
Texto Completo: | http://www.sorbi.org.br/revista/index.php/revista_sorbi/article/view/25 |
Resumo: | Não obstante as normas e proibições presentes desde o juramento Hipocrático, o abuso sexual contra pacientes ainda é praticado por médicos. Observa-se um incremento nas ações judiciais movidas contra os profissionais da saúde, principalmente em países industrializados. É fato que o processo médico, muitas vezes relacionado ao tema aqui exposto, vem se proliferando no Brasil e em muitos outros países. O que se pode chamar de normal na relação entre médico e paciente? Na medida em que a relação médico-paciente torna-se mais horizontal e menos idealizada, as atitudes do médico passam a ser objeto de mais frequentes questionamentos. Inequívoco, entretanto, que condutas sexuais nesse relacionamento são potencialmente nocivas ao paciente e ao próprio médico, destrutivas em relação ao trabalho terapêutico e danosas à profissão em si. O estudo da Bioética, como base da formação profissional, deve ser priorizado na educação universitária e ministrado com fulcro em critérios epistemológicos contemporâneos, capazes de harmonizar o espírito do homem com as atuais inquietudes sociais. Ocorre que, muitas vezes, privilegia-se o ensino dos aspectos técnicos e científicos, em detrimento da difusão e do incentivo do conhecimento ético. A interação desta temática, que objetiva o estudo da conduta humana à luz dos valores morais, junto à formação dos médicos é primordial, pois de imediato pode evitar um dos fatores que produz uma conduta eticamente incorreta. Desta forma, certamente a frequência dos atos de violação à integridade humana será reduzida, permitindo e potencializando a expressão de sentimentos de humanização e de respeito entre as pessoas. |
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Uma análise ética e jurídica das relações sexuais médico-pacienteNão obstante as normas e proibições presentes desde o juramento Hipocrático, o abuso sexual contra pacientes ainda é praticado por médicos. Observa-se um incremento nas ações judiciais movidas contra os profissionais da saúde, principalmente em países industrializados. É fato que o processo médico, muitas vezes relacionado ao tema aqui exposto, vem se proliferando no Brasil e em muitos outros países. O que se pode chamar de normal na relação entre médico e paciente? Na medida em que a relação médico-paciente torna-se mais horizontal e menos idealizada, as atitudes do médico passam a ser objeto de mais frequentes questionamentos. Inequívoco, entretanto, que condutas sexuais nesse relacionamento são potencialmente nocivas ao paciente e ao próprio médico, destrutivas em relação ao trabalho terapêutico e danosas à profissão em si. O estudo da Bioética, como base da formação profissional, deve ser priorizado na educação universitária e ministrado com fulcro em critérios epistemológicos contemporâneos, capazes de harmonizar o espírito do homem com as atuais inquietudes sociais. Ocorre que, muitas vezes, privilegia-se o ensino dos aspectos técnicos e científicos, em detrimento da difusão e do incentivo do conhecimento ético. A interação desta temática, que objetiva o estudo da conduta humana à luz dos valores morais, junto à formação dos médicos é primordial, pois de imediato pode evitar um dos fatores que produz uma conduta eticamente incorreta. Desta forma, certamente a frequência dos atos de violação à integridade humana será reduzida, permitindo e potencializando a expressão de sentimentos de humanização e de respeito entre as pessoas.Revista da SORBIMachado, Patrícia Inglez de SouzaJahn, MarcelloGauer, Gabriel José ChittóMachado, Fernando Inglez de Souza2014-10-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www.sorbi.org.br/revista/index.php/revista_sorbi/article/view/2510.18308/2318-9983.2014v2n1.25Revista da SORBI; v. 2, n. 1 (2014)2318-998310.18308/2318-9983.2014v2n1reponame:Revista da SORBIinstname:Sociedade Rio-Grandense de Bioética (SORBI)instacron:SORBIporhttp://www.sorbi.org.br/revista/index.php/revista_sorbi/article/view/25/30info:eu-repo/semantics/openAccess2019-10-05T17:46:16Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/25Revistahttp://www.sorbi.org.br/revista/index.php/index/oai2318-99832318-9983opendoar:null2020-06-25 19:59:24.939Revista da SORBI - Sociedade Rio-Grandense de Bioética (SORBI)true |
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Não obstante as normas e proibições presentes desde o juramento Hipocrático, o abuso sexual contra pacientes ainda é praticado por médicos. Observa-se um incremento nas ações judiciais movidas contra os profissionais da saúde, principalmente em países industrializados. É fato que o processo médico, muitas vezes relacionado ao tema aqui exposto, vem se proliferando no Brasil e em muitos outros países. O que se pode chamar de normal na relação entre médico e paciente? Na medida em que a relação médico-paciente torna-se mais horizontal e menos idealizada, as atitudes do médico passam a ser objeto de mais frequentes questionamentos. Inequívoco, entretanto, que condutas sexuais nesse relacionamento são potencialmente nocivas ao paciente e ao próprio médico, destrutivas em relação ao trabalho terapêutico e danosas à profissão em si. O estudo da Bioética, como base da formação profissional, deve ser priorizado na educação universitária e ministrado com fulcro em critérios epistemológicos contemporâneos, capazes de harmonizar o espírito do homem com as atuais inquietudes sociais. Ocorre que, muitas vezes, privilegia-se o ensino dos aspectos técnicos e científicos, em detrimento da difusão e do incentivo do conhecimento ético. A interação desta temática, que objetiva o estudo da conduta humana à luz dos valores morais, junto à formação dos médicos é primordial, pois de imediato pode evitar um dos fatores que produz uma conduta eticamente incorreta. Desta forma, certamente a frequência dos atos de violação à integridade humana será reduzida, permitindo e potencializando a expressão de sentimentos de humanização e de respeito entre as pessoas. |
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