Preditores de abandono de tratamento na psicoterapia psicanalítica de crianças

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gastaud,Marina Bento
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Nunes,Maria Lúcia Tiellet
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082009000100006
Resumo: INTRODUÇÃO: As altas taxas de abandono em psicoterapia e a lacuna na literatura sobre abandono de tratamento na psicoterapia de crianças justificam a realização de pesquisas com esse foco. A literatura aponta que algumas variáveis sociodemográficas e clínicas poderiam predizer o desfecho da psicoterapia. O presente estudo objetivou verificar preditores de abandono de tratamento na psicoterapia psicanalítica de crianças na amostra pesquisada. MÉTODO: Trata-se de um estudo documental, retrospectivo, com os prontuários de duas instituições de atendimento psicológico a crianças em Porto Alegre. RESULTADOS: Foram pesquisados prontuários de 2.106 crianças. Dessas, 200 tiveram alta e 793 abandonaram seus atendimentos. Os grupos foram comparados, e os resultados indicam que meninos apresentam mais risco de abandonar o tratamento; já crianças encaminhadas por neurologistas ou por psicólogos apresentam menos risco de abandono. Após o sexto mês de atendimento, o risco de abandono decai consideravelmente. DISCUSSÃO: Os resultados são discutidos à luz da literatura sobre gênero, abandono de tratamento e crianças em psicoterapia. Algumas hipóteses são levantadas para as associações e não-associações encontradas neste estudo. CONCLUSÕES: Conhecer preditores de abandono em psicoterapia possibilita aos terapeutas identificar precocemente pacientes pertencentes ao grupo de risco para abandono, oportunizando-lhes trabalhar preventivamente e mais diretamente aspectos de resistência e transferência negativa desses pacientes e seus familiares, principalmente nos primeiros 6 meses de tratamento. Criar técnicas de intervenção precoce com os pais de tais crianças e realizar tratamentos transdisciplinares também são saídas possíveis para evitar o abandono.
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