Doença mental, mulheres e transformação social: um perfil evolutivo institucional de 1931 a 2000

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gastal,Fábio Leite
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Leite,Sérgio Soares Olivé, Treptow,Erika Cristine, Marini,Stela Scaglioni, Noal,Maurício Vargas, Binz,Mario Arthur Rockenbach, Amaral,Milene Tombini do
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082006000300004
Resumo: INTRODUÇÃO: No século XX, as mulheres vivenciaram inúmeras transformações e alcançaram uma participação mais ativa na sociedade.O estudo visa descrever o perfil da clientela feminina, admitida em um serviço de internação psiquiátrica com as transformações históricas, sociais e demográficas.Oferece um retrato comparativo das condições epidemológicas existentes no decorrer da série histórica e os aspectos do meio da condição sociocultural das mulheres do estado. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo, longitudinal, tipo série histórica de dados, baseado na coleta de dados efetuada no serviço de arquivo médico e de estatísticas de um hospital. Foram analisadas as seguintes variáveis: idade, estado civil, cor, setor profissional, ocupação, classe social e diagnóstico psiquiátrico, todos padronizados conforme os critérios da Classificação Internacional de Doenças, edições 9 e 10. Para identificação dos casos, utilizaram-se todas as primeiras internações de mulheres. RESULTADOS: No decorrer de 70 anos, obteve-se um total de 9.629 indivíduos/casos. Observou-se o predomínio de mulheres na faixa etária de 26 a 45 anos (47,9%), brancas (91,3%), pertencentes ao subproletariado (86,8%), fora da população economicamente ativa (96,7%) e com diagnóstico de transtornos afetivos (28,6%) e psicoses esquizofrênicas (25,2%). Quanto ao estado civil, verificou-se maior presença de mulheres casadas (44,9%). Todavia, na década de 90, as mulheres solteiras representaram 54,4%, enquanto que as casadas perfizeram 39,7% das pacientes. CONCLUSÃO: Foram detectadas mudanças significativas nos motivos para admissão de mulheres nos últimos anos. Sugere-se que as variações tenham sido influenciadas pelos determinantes biológicos das doenças mentais graves e, também de maneira significativa, pelas pressões sociais advindas do novo papel da mulher na sociedade.
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