Avaliação da sintomatologia depressiva de mulheres no climatério com a escala de rastreamento populacional para depressão CES-D

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes,Rita de Cássia Leite
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Rozenthal,Marcia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082008000400008
Resumo: INTRODUÇÃO: O objetivo deste estudo foi avaliar a sintomatologia depressiva em mulheres climatéricas com a escala de depressão CES-D (Center for Epidemiological Studies Depression Scale), do National Institute of Mental Health (EUA). MÉTODO: Estudo transversal com 151 mulheres entre 40 e 65 anos de idade, usuárias de serviço de ginecologia geral em unidade de atenção básica à saúde no Rio de Janeiro. Aplicou-se a escala CES-D e um questionário estruturado para a obtenção de dados sociodemográficos, clínicos e ginecológicos. O nível de corte > 15 pontos na CES-D foi considerado como indicativo de quadro depressivo. RESULTADOS: A média de pontuação da amostra foi de 9,2 pontos (desvio padrão = 9,0). Os itens mais pontuados da escala foram relativos à insônia, tristeza e desânimo. Não houve associação significativa entre os escores e o período climatérico, características sociodemográficas, clínicas ou ginecológicas, exceto para as mulheres com presença de sintomas psíquicos, histórico depressivo pregresso e uso atual de antidepressivos (p = 0,000). Entre as 32 mulheres (21%) com pontuação > 15 na CES-D, 72% referiram episódio depressivo pregresso. Dentre as participantes sem histórico depressivo, as perimenopáusicas apresentaram escores > 15 com maior freqüência. CONCLUSÃO: Essa casuística, oriunda de serviço não-especializado em menopausa ou saúde mental, revelou baixas pontuações médias na escala de sintomas depressivos CES-D, e o item insônia foi o mais pontuado. O histórico de depressão foi fator de associação com a alta pontuação na escala, mas não a fase climatérica em que a mulher se encontrava. A maior freqüência de pontuação acima do nível de corte nas mulheres sem histórico depressivo pregresso que estavam na perimenopausa sugere a maior vulnerabilidade, nessa fase, a episódios depressivos novos.
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